quarta-feira, 9 de junho de 2010

Servidores do Ibama continuam em greve em Santarém

Aritana Aguiar:

Mais de 70% dos servidores do IBAMA de Santarém permanecem em greve. "O Ministério do Meio Ambiente sugeriu que parássemos com a greve para retomar as negociações, mas a grande parte dos estados brasileiros não aceitou. O Pará ainda está decidindo se continua a greve", informou Mauricio Laxe, integrante do comando de greve do IBAMA-Santarém.

Na última terça-feira (08), o Ministério do Planejamento irá retomar as negociações. No momento os servidores do IBAMA estão cumprindo com os 30% de trabalhos obrigatórios, considerados essenciais.

Por determinação da justiça os grevistas estão trabalhando no setor de fiscalização. "Estamos fazendo a operação "Pente-fino" nas empresas madeireiras, aeroporto e Companhia Docas do Pará", afirmou.

Desde o dia 27 de maio, os fiscais dão continuidade à Operação "Arco de fogo", suspensa devido à greve. Foram apreendidos diversos carregamentos de madeira que estavam irregulares, principalmente madeira acondicionada em conteiners, da madeireira Porto Seco.

Durante a operação "Pente-fino", mais de 30 metros cúbicos de madeiras foram apreendidos. Dessa madeira, 12m³ estava com a licença vencida, uma parte foi retida por divergência quanto à quantidade, classificação do produto. No documento estava descrito como tábuas, mas foram encontrados sobras (pedaços). Em outras situações a madeira encontrada não era a mesma constatada na guia. "A Porto Seco foi notificado a não transportar essa madeira, até que o IBAMA termine a identificação, a empresa autuada será multada em 300 reais por metro cúbico", afirmou o agente Ambiental Federal do IBAMA de Santarém, Manoel Costa.

Devido à greve desde sete de abril, os grevistas estão atendendo a determinação judicial. Agora estão controlando os ônibus com destino a Flona do Tapajós, pois circulavam há mais de 20 anos sem nenhuma regularização. Todos os dias sairão ônibus em frente ao colégio Santa Clara, das 11 até 13 horas.

Das negociações não houve acordo quanto às melhorias de salarial e das condições de trabalho. A greve tem como objetivo buscar melhor reconhecimento na carreira de especialista em meio ambiente, e o salário para 2011 com recuperação das perdas salariais por culpa da inflação. "Faltam estrutura nos veículos, contato com as bases, máquina fotográfica, GPS, armamento precisamos implantar uma base de apoio nas unidades de conservação, e concursos públicos na parte administrativa, devido 50% das multas prescreverem por falta de pessoal", relatou Laxe.

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