segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Personagens de trama de novela policial sentam no banco dos réus

Jota Ninos
Traição, emboscada, extorsão. Ingredientes de uma trama que quase acaba em morte de um comerciante, do bairro do Uruará, serão expostos num júri movimentado, previsto para a próxima quinta-feira, 17/02, podendo se estender até o dia seguinte. O caso ocorreu no dia 23/11/2008, quando os nacionais Antonio Nerivaldo de Brito Rabelo, vulgo "Valdo", e Ronaldo Rabelo da Silva, vulgo 'Novinho", teriam disparado vários tiros contra o comerciante Eroni Anjos da Rosa, proprietário da Mercearia Lena (Uruará), e fugido numa moto. Apenas um dos tiros atingiu o comerciante, mas este escapou com vida.

Dias depois de ser atingido, sem saber quem queria matá-lo, o comerciante foi procurado por um dos supostos assassinos que pediu dinheiro para lhe revelar o nome dos supostos mandantes. O comerciante marcou o encontro mostrando-se disposto a pagar a quantia, mas antes avisou a polícia que preparou uma emboscada. No encontro, foi revelado ao comerciante que quem encomendou sua morte foi sua própria esposa, Eronita de Souza, juntamente com seu suposto amante,  Dorival Siqueira de Sousa, representante de um distribuidora de cervejas, que tinha Eroni como um de seus clientes. Os dois contratados não teriam recebido os 3 mil reais prometidos pelo casal, por não terem concluído o "serviço" e resolveram extorquir o comerciante para não saírem no prejuízo. Acabaram presos em flagrante pelo crime de extorsão, mas também foram presos pela tentativa de homicídio.

O casal, acusado de tramar a morte do comerciante, também acabou preso. O quarteto foi pronunciado para responder pelo crime  de Tentativa de Homicídio Qualificado (art. 121, § 2º, I e IV, c/c art. 14, II, do CPB) perante o Júri Popular, mas os dois prováveis executores dos tiros entraram com recurso da sentença de pronúncia e só serão julgados após decisão do TJE. Já o provável casal de mandantes do crime irá a julgamento nesta quinta-feira.

A acusação deverá ser feita por dois promotores: Rodrigo Aquino Silva e Adleer Calderaro Sirotheau. A defesa terá três mulheres atuando: as advogadas Cleude Ferreira Paxiúba e Dhebora Araújo Mello (Eronita) e Noemi Coelho Athias (Dorival). O júri será presidido pelo juiz Gérson Marra Gomes.

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