sexta-feira, 1 de abril de 2011

Projeto de criação de frangos ajuda a ressocializar detenos em Santarém

Alailson Muniz
Da Redação


A nova direção da Penitenciária Agrícola Silvio Hall de Moura, em Santarém, retomou o projeto de criação de frangos que ajuda a ressocilizar detentos. Nesta quarta-feira, 23, chegou à Casa Penal o primeiro lote com 12 mil aves. O projeto estava parado há dois anos.

"Achamos que é um projeto importante pra Santarém. Já trabalhamos com ele uma vez e quando chegamos aqui ele estava parado. Reativamos para o bem dos detentos que vão trabalhar nele. Será uma fórmula há mais para trabalharmos a ressocialização desses detentos", explica o coronel Walter Santos, diretor geral da penitenciária.

O projeto consiste na criação de pintos e engorda para o abate. Os animais recebem cuidados de detentos que, além de receberem uma remuneração pelo serviço, eles têm suas penas reduzidas. Inicialmente, quatro internos vão trabalhar no projeto. Depois da engorda, quando estão no ponto de serem abatidos, os frangos são comprados pela empresa Avis Pará. A empresa também é responsável pela comercialização dos animais. Os animais são criados dentro de galpões que estão dentro da penitenciária.

"Os detentos que vão trabalhar no projeto recebem salário e para cada três dias trabalhados, eles têm um dia reduzido de sua pena. Ressocializa-se e fica menos tempo dentro da cadeia. Bom para todos", justifica o diretor.

O dinheiro adquirido com a venda das aves banca o salário dos detentos, mantém outros projetos e parte é repassada a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC) que é parceira da Penitenciária no projeto.

O diretor coronel Walter Santos explica que uma parte da remuneração dos presos é depositada em uma poupança. Os beneficiários só têm acesso após o cumprimento da pena. "Esse dinheiro é para que eles continuem suas vidas após deixarem o sistema penal. Também é uma ferramenta para a ressocialização deles", argumenta o coronel.

O coronel Walter Santos informa ainda que pretende reativar também os projetos de piscicultura que existiam antes dentro da penitenciária. Ele diz que será mais um instrumento que pode ser usado na ressocilização de mais detentos. Os tanques ainda existem, mas foram esvaziados. O diretor prevê que será um desafio maior, pois o projeto exige grandes esforços financeiros. "Vamos ter de reconstruir os tanques, limpá-los e conseguir os alevinos. Exigirá um esforço maior", finalizou.

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