quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Haitianos entram ilegalmente no Brasil rumo à Guiana Francesa

Da Redação de O Estado do Tapajós

O rio Amazonas e o Oeste do Pará têm sido a porta de entrada de haitianos que vão tentar a vida na Guiana Francesa e na Europa. Eles fogem do seu país de origem devido à situação econômica calamitosa e a difícil recuperação estrutural pós-terremoto que arruinou o país em 2010.

A movimentação já foi identificada pela Polícia Federal que investiga o caso, pois muitos deles estão entrando ilegalmente no país. Eles descem pelo rio Amazonas por meio das frágeis fronteiras do Amazonas.

Aqui, no Oeste paraense, eles se aproveitam da fragilidade momentânea que a Base Candiru oferece e, em embarcações, passam despercebidos. Seguem até o Amapá de onde entram na Guiana Francesa. Eles vão à busca de uma vida melhor. Alguns têm até um sonho mais ousado: conseguir nacionalidade francesa para ir morar na Europa.

Como a Base Candiru está desativada, a Operação Sentinela tenta suprir o mesmo trabalho, mas ainda há deficiência e falta de contingente.

Poucos conseguem entrar legalmente no Brasil. Eles conseguem entrar como refugiados, mas, às vezes, utilizam o visto de um para justificar a entrada de vários haitianos. A informação foi confirmada pela superintendência da Polícia Federal em Santarém.

"Identificamos esse movimento. Realmente, os haitianos estão entrando por Óbidos", disse o agente federal Uilses Tavares, relações públicas da Superintendência em Santarém.

Quem for pego entrando no Brasil de forma ilegal será mandado de volta ao seu país de origem. Até o momento, nenhum incidente foi registrado devido à entrada dos haitianos no país pelo rio Amazonas.

O agente confirmou que a fiscalização não é tão eficaz como era no tempo em que a Base Candiru estava ativada. Ele confirmou que o destino dos haitianos tem sido a Guiana Francesa. "Em busca de trabalho. Fogem do país deles que está bastante castigado". Ele também confirmou que muitos entram como refugiados. "Eles pedem visto de refugiados devido a atual situação do país deles", informou Tavares.

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