quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Os plebiscitos

Lúcio Flávio Pinto

Meio século atrás o povo brasileiro foi convocado a votar num dos maiores e mais polêmicos plebiscitos da história nacional. Era para decidir se o país voltava ao regime presidencialista ou se ficava sob o parlamentarismo. 

O novo regime foi introduzido às pressas em 1961 para promover a conciliação com os que, principalmente militares, não queriam que o vice-presidente constitucional, o petebista João Goulart, assumisse a presidência no lugar do (neo)udenista Jânio Quadros, que renunciara ao cargo. 

Maciçamente o povo votou, em dezembro de 1962, contra o parlamentarismo, retomando o ciclo de crises que redundaria na deposição de Jango, menos de um ano e meio depois. 

Agora, o povo paraense experimenta algo inédito: votar para definir a fisionomia do Estado.

2 comentários:

Doralice Araújo disse...

Esclarecimento importante, Lúcio Flávio. Alegro-me com o tom da informação, felizmente, sem as costumeiras ironias que tenho lido sobre a questão. Tomara que o seu exemplo aproxime mais o brasileiro de todas as regiões ao tema da divisão do território paraense.


Encontro grande dificuldade para bem apontar textos destituídos do ranço preconceituoso do distanciamento geográfico, assim como do assenhoramento irônico do tema, sem a devida análise apartidária. O leitor merece melhor amparo. Grata pela contribuição; será repassada aos que leem o meu NaMiradoLeitor.

Anônimo disse...

Sinceramente,vcs erraram ao não mostrarem as mazelas de seus municipio algo como em Itaituba,onde 96.000 habitantes tem água encanada em apenas 0,3%(IBGE)das casas e mesmo assim não tratada,nenhuma casa tem esgoto(só fossa séptica)nenhum Km de asfalto,só médicos clínicos gerais,sem especialidades,a energia mais cara do Pará,etc,etc.Universidade,Senai,Sesi,só em Santarém,e é para as 27 cidades do Oeste-PA.O SIM-77 É UMA NECESSIDADE,NÃO UM CAPRICHO.Somos 1.200.000 habitantes querendo a mudança,pareenses nativos ou por adoção, e não apenas uns gatos pingados como dizem na propaganda xenófobe e segregacionista