Ensecadeira é uma pequena barragem provisória, comum em quase todos os empreendimentos hidrelétricos, que permite executar atividades de construção civil no leito do rio, sem que isso interrompa o fluxo das águas. A que se constrói em Belo Monte terá extensão de 500 metros, ou seja, cerca de 15% da medida total da barragem definitiva, calculada em 6,8 quilômetros. Ela é construída com o uso de terra e de rochas, sem a utilização de concreto ou outro material industrial.
Devido às características da região, com chuvas constantes nesta época do ano, é natural que uma pequena parte da terra seja carreada pelo rio nesta fase da construção da ensecadeira. Isto será eliminado, nos próximos dias, com a conclusão dessa ensecadeira.
O Diretor de Construção da Norte Energia, Antonio Kelson, garante que não há alteração no curso natural do rio. “Durante a fase de construção o Rio Xingu continuará tendo sua vazão preservada e, portanto, não haverá prejuízo para a navegação no local”, afirma.
A atividade no leito do Xingu está de acordo com as determinações da Licença de Instalação (LI), emitida pelo Ibama em junho do ano passado. As negociações junto aos moradores da comunidade São Pedro, mais próxima do local das obras, por exemplo, já foram encerradas. Aqueles que optaram pela relocação já sabem para onde serão remanejados e os que escolheram a carta de crédito já adquiram terras em outras localidades. A mudança de todas as famílias deve ser completada até o final deste mês.
A construção da ensecadeira iniciou-se apenas depois da revogação de liminar da Justiça Federal do Pará, que impedia intervenções nas margens do Rio Xingu. (Com informações da Assessoria de Imprensa da Norte Energia S.A.)
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