quarta-feira, 4 de abril de 2012

Por que o asfalto dura pouco em Santarém


Da Reportgem de O Estado do Tapajós 
 
A ausência de drenagem da água pluvial e servida é o principal motivo para a rápida deterioração do asfalto  em Santarém. 
 
Segundo o engenheiro civil Roberto Branco não há problema de fazer um recapeamento asfáltico em período chuvoso, pelo fato do produto ser impermeável, mas de nada adianta se não houver drenagem, que em pouco tempo poderá deteriorar tudo novamente.

 
Depois que a prefeitura municipal de Santarém iniciou o recapeamento da Avenida Mendonça Furtado a população tem questionado sobre o serviço estar sendo feito no período de chuvas.
 
O engenheiro não vê problema algum do serviço ser feito nessa época do ano. Porém, ele ressalta que quando estiver chovendo os trabalhos devem ser interrompidos. "O que eu acho prejudicial é fazer um asfalto em ruas sem sistema de drenagem eficiente. Fazer uma rua e não cuidar das poças de água, isso sim é um problema", esclarece Branco, acrescentando que não há um comprometimento na qualidade do asfalto por ser um produto impermeável. Mas, o ideal seria que na base do asfalto fosse colocada uma brita. Daria mais resistência à massa asfáltica. 
 
O problema de acordo com o engenheiro é que pelo fato da brita ser um produto caro e dificilmente encontrado na região, então a piçarra é compactada e jogado o asfalto por cima. A brita até poderia ser misturada no asfalto, mesmo assim teria um custo elevado.
 
Ainda segundo o engenheiro, o mínimo de asfalto colocado nas vias públicas deve ser de 3 cm. No caso de Santarém, por mais que seja acrescido mais em sua espessura, os problemas de subsolo causariam a deterioração em menor espaço de tempo.
 
Roberto Branco também alerta que, mesmo havendo a brita é necessário todo um sistema de esgoto, o que para o governo municipal representaria um custo altíssimo. "O nosso grande problema é fazer asfalto sem a devida infraestrutura. Botar o asfalto fica muito bonito, só que pouco durável”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sr Editor
O melhor exemplo do que menciona com propriedade e conhecimento o sr Roberto Branco, é a recém asfaltada Av Turiano Meira sentido cidade-bairro, logo após a Av Ismael Araújo onde a transversal não possui nenhuma caixa de recolhimento da água. que em descida atravessa a Turiano fazendo com que o intenso tráfego,a deteriore aos poucos,já esfarelando o asfalto. Em pouco tempo haverá formação de pequenos buracos. O que difere da rua de baixo (Curuá-Una) que não foi feito nenhuma recapagem e a água que continua em descida a atravessa e está deixando não pequenos buracos mas crateras que obriga qualquer veiculo entrar de lado em marcha muito lenta evitando o pior. Canos ou manilhas para abosrver essa gua e jogá-la pelo menos do outro lado,´definitivamente é um trabalho que não é realizado.

Antenor Pereira Giovannini