Equipe da Paratur apresentou o VI Workshop Prodetur na Floresta Nacional do Tapajós
Foto: Benigna Soares – GECV Paratur
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Populações
indígenas Mundurucu que habitam na Floresta Nacional do Tapajós (Flona)
receberam, quarta-feira, dia 27, a equipe executora do
Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), executado no
Pará pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur), com apoio da
Secretaria de Estado de Turismo do Pará (Setur). O objetivo da visita,
que envolveu as comunidades Marituba, Bragança e Taquara, foi a
apresentação do workshop Prodetur, que visa apresentar as matrizes
operacional e de investimentos do Prodetur no Tapajós. O programa,
ligado ao Ministério do Turismo, pré investimentos a partir deste ano de
U$ 44 milhões de dólares nas regiões turísticos de Belém, Marajó e
Tapajós, com investimentos do BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento com contrapartida do Governo do Estado.
Márcia
Bastos, coordenadora do Prodetur Pará, informou às famílias das três
comunidades que o objetivo do Governo do Estado é apresentar através do
workshop, que também vem ocorrendo no Marajó e em Belém, que através
do Prodetur e de investimentos do Governo do Estado estão sendo feitos
inventários e mapeamento cultural de diversas comunidades indígenas,
quilombolas e de ribeirinhos visando elaboração de roteiros turísticos
de vivência comunitária, de ecoturismo e de turismo cultural.
Família indígena Mundurucu da comunidade de Bragança
Foto: Benigna Soares – GECV Paratur
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“Já iniciamos o
inventário turístico aqui no Tapajós, em parceria com o Museu Paraense
Emílio Goeldi. No próximo ano começaremos cursos de qualificação
profissional para as comunidades”. Informou Márcia à comunidade de
Marituba, no município de Belterra. Márcia explica que as ações do
Prodetur são extensivas aos municípios de Santarém (comunidades de
Alter-do-Chão, Aritapera e Cururnã, entre outras) e aldeias da etnia Way
Way, em Oriximiná, além de áreas quilombolas, no Tapajós.
“A gente
espera que os turistas venham ver esse meio ambiente que temos senão,
mais tarde nossos filhos não vão ver essa lindeza de floresta que nós
temos aqui”. Disse o cacique da comunidade de Marituba, Fortunato
Delgado Rocha Mundurucu. Ele vê com bons olhos a entrada de turistas na
Flona, onde segundo Fábio Carvalho, coordenador do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (CMBIO), ligado ao Ministério do
Meio Ambiente (MMA), já ocorre a visitação de cerca de 10 mil turistas
por ano. Ele explica que os visitantes só entram na Flona com
autorização e pagando uma taxa de cinco reais e cinqüenta centavos,
somando uma receita para a União de R$ 55 mil ao ano com a visitação.
Mas
a presença do Governo do Estado, por meio da Paratur e da Setur, quer
ir além desses dados. “Nossa meta, com o mapeamento cultural, os
investimentos em qualificação das comunidades, o inventário também vão
nos permitir avançar na estruturação dos roteiros, com a compreensão da
atividade turística como fator de desenvolvimento econômico, de geração
de trabalho, renda e qualidade de vida para essas famílias”, afirma o
secretário de Turismo do Estado do Pará, Adenauer Góes.(Texto: Benigna Soares)
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