quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Presa quadrilha que aplicava golpe da indenização judicial em todo o Brasil

Agência Pará:
Polícia Civil do Pará desarticula bando de golpistas que agia em todo Brasil Investigações coordenadas pela equipe da Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos (DRCT), da Polícia Civil do Pará, resultaram na prisão de uma quadrilha responsável por aplicar golpes em vítimas em todo Brasil. No total, sete pessoas - três homens e quatro mulheres - foram presas com mandados de prisão preventiva e foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão domiciliar, nesta quarta-feira, 31, na cidade de Praia Grande, litoral sul do Estado de São Paulo.

A operação “Montepio” foi coordenada pela delegada Beatriz Silveira, titular da DRCT, e contou com apoio da Polícia Civil paulista por meio de policiais civis do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e do Dipol (Departamento de Inteligência). A operação resultou nas apreensões de materiais utilizados para enganar as vítimas.

Os criminosos enviavam cartas às casas das pessoas com documentos fraudados para parecer correspondência oficial de órgãos públicos. Nas cartas, as pessoas eram informadas de que tinham quantias a receber na Justiça referentes a indenizações. Os envelopes ostentavam timbres de autarquias ou grandes escritórios de advocacia. A vítima acreditava na veracidade da indenização e acabava aceitando pagar taxas a título de custas do processo para liberação do dinheiro.

Os golpistas chegam a usar nomes de desembargadores para aplicar o golpe. A delegada Beatriz Silveira informa que o bando fez diversas vítimas em todo Brasil. Ainda não é possível mensurar o montante do golpe. O grupo era especializado em aplicar o chamado "Golpe do Montepio". As investigações duraram cerca de quatro meses, logo depois que pessoas ligadas ao Poder Judiciário do Pará receberam cartas com documentos timbrados informando das falsas indenizações.

Uma das vítimas de Belém chegou a depositar cerca de R$ 30 mil na conta bancária de “laranjas” utilizada pelos criminosos. Durante as investigações, a Polícia Civil do Pará verificou que a prática criminosa era cometida a partir de um imóvel usado como escritório de advocacia, sediado em Praia Grande (SP). Do local, partiam as ligações dos golpistas que se passavam por advogados.

Ao receber as cartas enviadas, as vítimas eram orientadas no documento a entrar em contato com dois números telefônicos, com DDD do Estado de São Paulo. Nos telefonemas, as pessoas conversavam com os golpistas que se passavam por advogados, de nomes falsos Ana Paula e Renato, responsáveis em acompanhar o processo para liberação das indenizações. 

Os falsos advogados informavam às vítimas que haviam lhes enviado correspondência com ofício informando que a pessoa teria direito a receber um pecúlio em espécie a título de seguro.
A quantia deveria ser depositada em uma conta corrente de um banco particular. As quantias extorquidas de vítimas em todo Brasil chegam a variar de R$ 75 mil a R$ 280 mil. As vítimas depositavam o valor solicitado pelos golpistas, que desapareciam e não eram mais encontrados. A Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos do Pará passou a investigar as atividades da quadrilha e, a partir das provas, obteve na Justiça do Pará as decretações das prisões do envolvidos no crime.

Entre os presos estão Hélio Aparecido Teixeira de Campos, que se passa pelo suposto advogado Renato; Bruna Fernanda Xavier, que se identifica como Patrícia; Rosana Alves Pereira, que se identifica como Ana Laura; uma mulher de prenome Luciana, que se identifica como doutora Maria Helena, e um homem conhecido como Júnior, responsável pela obtenção das contas bancárias

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