quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Santarém: órgãos 'cabide de emprego' consomem 11 milhões de reais por ano

Da redação

As quatro secretarias criadas no início do segundo mandato da prefeita Maria do Carmo e que pouco mostraram serviço no decorrer dos últimos quatro anos, têm um orçamento global de quase R$ 11 milhões ao ano para gastos com aluguel de imóveis, veículos, telefone, energia, material de expediente, combustível, entre outros.

O orçamento de 2012 da Secretaria Municipal de Organização Portuária (SEMOP) é de R$ 1.220.000,00. A criação da SEMOP que tem como titular o empresário Hilário Coimbra, indicado pelo PR, foi uma das mais criticadas, por que em termos práticos, nada foi executado pelo órgão. No terminal da Praça Tiradentes continua a mesma desorganização e as reclamações de proprietários de embarcações, estivadores e usuários são muitas, principalmente em relação às precárias condições de funcionamento do porto improvisado. Enquanto que, na Vila Arigó, se arrasta há anos a construção do terminal de cargas e passageiros.

A Secretaria Municipal de Produção Familiar (SEMPAF), que até meados do ano passado foi gerida pela sindicalista e atual vereadora Ivete Bastos (PT),  que transmorofou o írgão em seu feudo eleitoral, tem o maior orçamento entre as quatro criadas no segundo mandato da prefeita Maria do Carmo, em torno de R$ 6.660.000,00. A criação da SEMPAF, também foi alvo de críticas por parte dos produtores que achavam que o novo órgão daria impulso à produção familiar rural no município de Santarém, o que não ocorreu apesar do município dispor de 2 secretarias de 'agricultura', pois a SEMAB também foi mantida.
Entre as ações que a secretaria focou, está a produção de peixe em cativeiro (uma ação que já era desenvolvida pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento - SEMAB) e a introdução de produtos da agricultura familiar na merenda escolar.

A Secretaria Municipal de Habitação, que tem como titular o empresário Humberto Frazão (PTB), com um orçamento anual de R$ 660 milhões, se ocupou do aforamento de terrenos na área urbana do município e mais recentemente, dos cadastros do programa federal Minha Casa Minha Vida.

E por fim, a Secretaria Municipal de Segurança Cidadã (SEMSC), com o orçamento anual de R$ 2.750.000,00 dos quais R$ 1.120.000,00 são destinados às ações da Defesa Civil Municipal, se ocupou de acompanhar as ações da Defesa Civil nas áreas de risco da cidade durante o período chuvoso e em quatro anos, não conseguiu implantar a Guarda Municipal.
Além das quatro secretarias, no segundo mandato da prefeita Maria do Carmo foram criadas três coordenadorias municipais (Integração regional, Promoção Social e Orçamento Participativo).

A Coordenadoria da Integração Regional que é vinculada à Secretaria Municipal de Turismo (SEMTUR) tem um orçamento de R$ 320 mil/ano. Enquanto o Orçamento Participativo, vinculado à Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLAN),  tem um orçamento anual de R$ 240 mil.

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