Até o final deste ano, o Pará deverá ser declarado área livre de febre
aftosa, junto com os Estados do Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e
Paraíba. Essa é a expectativa de Hildegardo Nunes, secretário de Estado
de Agricultura. Segundo ele, estudos da Agência de Defesa Agropecuária
(Adepará) mostram que o Pará não registra indícios de febre aftosa em
mais de 90% do seu território, configurando a área livre da doença pelos
critérios do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa).
Em dezembro, um relatório final sobre o quadro da aftosa no Brasil será
encaminhado à Organização Mundial de Saúde Animal, responsável pela
certificação internacional de ausência da doença.
Mais de 40 municípios das regiões sul e sudeste do Pará já não
apresentam casos da doença. Recentemente, o inquérito sorológico
realizado nas regiões Nordeste, Baixo Amazonas e Marajó não apontou a
presença do vírus causador da aftosa.
Hildergado Nunes ressaltou que, agora, o importante é manter os
resultados alcançados. “O maior desafio não é alcançar o status, e sim
mantê-lo. Portanto, as campanhas de educação sanitária e de mobilização e
conscientização dos produtores devem ser permanentes. Nós não podemos
diminuir os esforços. Os produtores, em nenhum momento, podem descumprir
as determinações, sob o risco de perdemos o andamento desse processo, o
que ocasionaria perda financeira”.
Barreira - O secretário destacou ainda que o Pará está
com o sistema de vigilância e monitoramento de barreia ativo, para
impedir a entrada de animais contaminados, principalmente oriundos dos
Estados do Amazonas, considerado área de médio risco, e do Amapá, ainda
área de alto risco para aftosa.
O estudo da Adepará mostra, também, que o Pará aperfeiçoou as
atividades de controle de trânsito, epidemiologia, controle de revendas e
funcionamento dos escritórios de defesa sanitária. O diretor geral da
Adepará, Mário Moreira, disse que era meta do governo estadual e dos
produtores rurais atingir o status de zona livre de febre aftosa há mais
de 15 anos.
A declaração e o reconhecimento internacional, ressaltou Mário Moreira,
melhora a exportação da carne vermelha, atrai novos frigoríficos para o
Estado e permite aos municípios investir em animais melhorados
geneticamente.
Texto: Pablo Almeida-Secom
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