Do Blog do Parsifal
Erro e reparação
Cada vez mais a opinião pública patrulha o que deve e
 o que não deve ser dito. Principalmente quando quem diz é uma 
autoridade com capacidade de repercussão além da própria aldeia.  
Declarações
 polêmicas ajudam na formação de novos conceitos quando elas estabelecem
 discussões globais. Age com sabedoria quem as profere e, em seguida, 
percebendo o equívoco, humildemente se coloca em culpa, desculpando-se 
imediatamente.  
Esta foi a atitude do cardeal 
arcebispo sul-africano Wilfrid Napier, um dos eleitores do conclave, 
que, na semana passada, respondendo à indagações sobre pedofilia na 
Igreja Romana, cometeu a frase abaixo: 
À
 repercussão extremamente negativa da declaração, entendida como uma 
tentativa de justificar a pedofilia flagrada nas sacristias, Napier não 
se arremeteu à ortodoxia dos que se arvoram em donos da verdade: baixou a
 cabeça ao mundo e pediu, sem rodeios, as desculpas abaixo: 
Aplausos
 a Napier pela humildade de saber que errou. A pedofilia é um crime 
mesmo se praticado por pessoas doentes. Se o criminoso é uma autoridade 
religiosa o crime se torna mais grave, exigindo punição mais rigorosa, 
não só da Justiça, como da igreja a qual pertence quem o perpetrou. 
A Igreja que não faz isso, esta sim, está gravemente doente.    
 
 
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