sábado, 29 de novembro de 2008

PT e PMDB bucam a melhor justificar para romper

Paulo Bemerguy, de O Espaço Aberto:

O clima entre a governadora Ana Júlia Carepa e o PMDB, até ontem à noite, era de rompimento.
Ana Júlia chamou petistas e mandou que dessem o seguinte recado a quem interessar possa: o governo não aceita ninguém do PSDB na Mesa; e se o PMDB insistir no acordo que garante ao tucano Ítalo Mácola a 1ª vice-presidente da Casa, conforme o blog adiantou na tarde de sexta-feira passada, então o PMDB pode considerar-se, desde logo, adversário do governo.
Em três palavras: é o rompimento.
Qual a alegação de Ana Júlia para rejeitar qualquer tucano na Mesa?
A alegação é de que ela faz igualzinho ao PSDB, que também não dava cargo na Mesa a nenhum petista.
Esse é um argumento, mas não o grande, o essencial argumento.
O argumento básico, que Ana Júlia e ninguém do seu círculo reconhecerão, é o de que o PMDB e o PSDB estão se conduzindo, nessas articulações para compor a Mesa, de olho em 2010.
E se 2010 fosse hoje, 29 de novembro de 2008, é evidente que PMDB e PSDB já estariam juntos.
Como 2010 só é mesmo em 2010, tucanos capitaneados por Simão Jatene e peemedebistas sob a regência de Jader Barbalho piscam os olhinhos um para o outro, flertam e começam a sonhar em formar uma aliança para disputar com quem?
Com Ana Júlia, é claro.
A governadora já percebeu claramente que é esse é o jogo.
Aliás, não é apenas ela que percebeu.
Percebem dez entre dez, cem entre cem, 1 mil entre 1 mil, 1 milhão entre 1 milhão de pessoas que tenham um pingo, um mínimo, uma réstia de inteligência.
Sabe aquela história do só não vê quem não quer?
Pois é.
A governadora Ana Júlia vê o que está à sua frente.
Vê claramente.
Só não vê quem não quer.

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