segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Colegas de parquet, promotores selaram a sorte de Maria do Carmo

Espertamente, tentando se fazer de vítima, a prefeita Maria do Carmo tenta jogar nas costas da oposição o seu infortúnio de terem sido anulados pelo TSE os votos conquistados por ela nas eleições deste ano.
Mas nada além de jus esperniandis.
Quem realmente colocou a cama para Maria deitar foram seus colegas de parquet, começando pelo procurador federal Ubiratan Cazzetta, autor do recurso especial 33.174, peça jurídica que foi aprecidada pelos ministros da mais alta corte eleitoral do Brasil e cuja decisão provocou esse terremoto político do qual Maria é um sobrevivente chamuscada.
Cazzetta, em seu recurso, afirmou com todas as letras que Maria se utilizava do cargo de promotora como 'porto seguro' diante a um eventual insucesso. Se ganhasse, tudo bem. Se viesse a perder, como ocorrreu na eleição para o governo do estado contra Jatene, em 2002, estava de volta ao parquet, mesmo que já tivesse engatilhada outra licença em direção à extinta ADA.
Mas o promotores, colegas de ofício da prefeita, foram mais longe. No TSE, o vice-procurador eleitoral foi no mesmo tom de Cazzetta. Em seu parecer, Marco Antônio disse com todas as letras que Maria não tinha condições de elegibilidade por esta não ter se afastado definitivamente do Ministério Público Estadual seis meses antes das eleições.
Pensam que a lista de colegas de parquet de Maria chamados a opinar sobre o seu caso se esgota aí?
Ledo engano.
Veio outro, este investido na função de ministro do STF, com assento no TSE, e jogou a pá de cal nas pretensões de Maria se reeleger, pelo menos até o presente momento. Ele tem nome e sobrenome: Joaquim Barbosa.
Este outro colega de parquet de Maria votou contra ela no julgamento do TSE. E Barbosa, ministro do STF indicado por Lula, é da cota do Ministério Público Federal.
Se houve injustiça como diz Maria, a conta deve ser debitada para cima de seus colegas de parquet, por mero exercício de ficção, já que os procuradores que atuaram neste processo estão acima de qualquer suspeita.

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