Mapeamento por radar apontou que o município de Ulianópolis, no Pará, é dentre aqueles que figuram na lista dos 36 que mais desmatam, o que perdeu a maior parte de sua floresta - 76% - para dar espaço à pecuária. As informações são do jornal Folha de São Paulo, que teve acesso a um levantamento produzido pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) que desfaz dúvidas levantadas no início do ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação às taxas oficiais de desmatamento.
Essas imagens são ainda mais precisas que as dos satélites comumente utilizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (INPE) para medir a devastação da floresta. Elas já ajudam o Ibama a localizar criadores de gado em áreas desmatadas ilegalmente e que sofreram embargo da atividade econômica. A estimativa é que haja mais de 500 mil cabeças de gado em áreas desmatadas ilegalmente e que desrespeitaram o bloqueio de produção.
As tendências de desmatamento na Amazônia foram debatidas na semana passada em seminário realizado na capital federal. O Maranhão passou a integrar o grupo de estados que mais desmatam. Lá, a destruição está associada à produção de carvão vegetal. Os estados do Pará e Mato Grosso ainda lideram o ranking dos mais devastadores.
Os radares do Sipam rastrearam um território de cerca de 780 mil quilômetros quadrados entre os meses de março e outubro. Entre os 36 municípios da lista, sete já perderam mais da metade de suas florestas, embora a lei fixe o limite de desmatamento na região em 20% das propriedades. Dezenove dos municípios da lista estão em Mato Grosso. O governador local, Blairo Maggi (PR), foi quem mais contestou os dados do Inpe, quando o instituto apontou o aumento no ritmo do desmatamento na Amazônia.
(Fonte: Amazonia.org.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário