quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Hospital Municipal não se responsabiliza por objetos de valor de servidores

Cilícia ferreira
Repórter


A segurança no Hospital Municipal de Saúde parece estar comprometida. Que o diga o Dr. Fábio Botelho, nefrologista do Hospital. Na manhã da quinta-feira (04), ele teve uma pasta com aparelhos médicos, livros, palm top, documentos e dinheiro, somando cerca de R$ 3.500,00 levados de dentro do consultório médico onde atendia. O médico registrou um boletim de ocorrência na delegacia de polícia para que o caso seja apurado.

O médico não quis entrar em detalhes, mas confirmou o fato. Confirmou que o caso aconteceu enquanto ele ia atender uma solicitação em ouro setor do hospital. Segundo ele, a ausência do consultório demorou cerca de 1 hora e meia, quando retornou a pasta tinha sumido.

Fábio disse que procurou a diretoria do hospital e posteriormente a polícia. Conforme informações do nefrologista, o hospital havia aberto sindicância para apurar o ocorrido. O médico disse que gostaria mesmo de ter os pertences de volta, não pelo dinheiro, mas por todas as informações médicas contidas na pasta furtada. Ele informou que todos os seus materiais são personalizados e, que por ventura alguém encontre jogado por algum lugar, que devolva o quanto antes.

O hospital não tem câmeras de segurança, apenas os porteiros fazem o controle da entrada de estranhos.

A direção do HMS foi procurada pelo jornal O Estado do Tapajós. A médica Marina Chainne, diretora do hospital, informou que foi aberto um processo administrativo em forma de sindicância para apurar o fato. Todos os funcionários da Hemodiálise e os que têm ligação com a hemodiálise serão investigados.

Segundo a diretora, há uma orientação para que não leve ao hospital nenhum objeto de valor porque a direção da unidade não se responsabiliza.

Marina confirmou que houve outro caso de sumiço de pertences, mas foi na recepção do hospital, ficando difícil a intervenção da direção no ocorrido.

A diretora informou que a segurança do Hospital Municipal está sendo mais intensificada. Segundo ela, a regulação da entrada está sendo maior. Dois porteiros fazem o controle da entrada de terceiros nas dependências do pronto socorro. Mas assumiu que não tem como registrar o nome de todos aqueles que entram no hospital que não seja paciente. "Não tem como registrar os nomes, até pelo ritmo do hospital", declarou a diretora.

Mas ressaltou que está havendo uma normatização em relação à entrada de terceiros na unidade, através de crachás que serão distribuídos: um para acompanhante do paciente, um para visitante e um para visitante religioso. Com os crachás será mais fácil identificar as pessoas que entram no Municipal, além da determinação de horário para cada visita.

Há suspeita de o caso ocorrido com o Dr. Fábio, ter sido cometido por profissionais de saúde que tem acesso livre dentro do hospital, principalmente, ao consultório médico onde ele atende.

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