Do Blog do Parsifal
Quem esperava maiores revelações na entrevista de Jader Barbalho à Radio Tabajara ouviu que o PMDB aguarda a definição do quadro nacional para desenhar o quadro local.
Jader não descarta um duplo palanque no Pará, pois comunga da visão do presidente Lula de que as divergências regionais devem ser respeitadas.
Discorre sobre o tamanho e o desejo do PMDB no Pará: o partido tem o maior numero de prefeitos do Estado, por conseguinte, o desejo de uma candidatura própria é unanime.
Jader não se consagra como único candidato do PMDB ao governo e afirma que não é realidade a crença de que outro nome seria visto como uma candidatura inviável: "há outros nomes no partido que têm possibilidade de vitória.".
Lembra que o PMDB desde 2002 decide as eleições para governador e, por ter transito em todas as posições políticas do estado, sem estabelecer dialogo preconceituoso com ninguém, é o partido que tem maiores chances de angariar apoio em um segundo turno.
Credita o fato de o PMDB clamar pela sua candidatura, à contingência de que em todas as pesquisas realizadas, mesmo em o PMDB estando há 16 anos fora do poder, o seu nome aparece em primeiro lugar: isto é índice de que o povo paraense tem boa memória das suas administrações.
Diz que aliança com o PT, que deveria ser preferencial por conta da questão nacional, tem dificuldade em função da difícil convivência local durante estes três anos.
Afirma que o próprio PT tem problema com o governo: "há um grupo que controla o PT e outro que controla o governo".
Acusa que o grupo que controla o governo aparelhou a administração, jamais permitindo que o PMDB participasse do governo: o PMDB apenas matem cargos e empregos, o que não é conveniente para o partido.
Esta situação é desconfortável e causou quebra de confiança, o que é fundamental no relacionamento partidário: "se o governo se comporta assim quando precisa do PMDB para a reeleição imagina quando não precisar mais.".
Sobre a proposta de Ana Júlia para o PMDB, Jader afirmou que todas as propostas serão analisadas com o partido, pois não é somente o destino político dele que está em jogo, mas o destino de toda a agremiação.
Adiantou que não há disposição de discutir cargos neste momento: "cargos nada adiantaram nos três anos, agora faltando 6 meses, eles não interessam.".
Jader irá analisar o que é conveniente para o PMDB, pois, em uma relação, se alguém cede o que não lhe é conveniente, "já está perdendo".
Quanto a não precisar de apoio para se eleger senador, Jader veste-se de modéstia: "não sou pretensioso para dispensar o apoio de ninguém.".
Por fim, reafirma que quem quiser o apoio do PMDB terá que respeitar o seu tamanho. "Se o PMDB for respeitado poderá haver dialogo.".
Àqueles que apostam que o PMDB poderá ser pressionado por Lula para compor com o PT local, Jader avisa que "ninguém vai decidir pelo PMDB nem aqui e nem fora. O presidente Lula não vai decidir pelo PMDB do Pará.".
Sobre as conversa com o PSDB, Jader declara que tem conversado com todas as lideranças: "ninguém decide a eleição sozinho no Pará.".
Sobre ser a noiva ou o noivo nestas eleições, Jader diz que não tem postura preconceituosa com as noivas: ambos têm o mesmo valor no casamento.
E, sobre o assunto, encerra com uma piada:
Certa feita, em uma acalorada discussão na Câmara, um deputado gaúcho afirmou que no Rio Grande do Sul todos eram machos. Ao que, um deputado mineiro, que com o gaúcho se batia, retrucou: "pois em Minas Gerais metade é macho e metade e fêmea e todos se dão muito bem.".
Nenhum comentário:
Postar um comentário