Karla Mendes
Correioweb
O mercado de aviação brasileiro obteve crescimento de 23,48% em abril na comparação com março, conforme dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A grande beneficiada foi a TAM, que depois de ver a Gol encostar com apenas 0,31 ponto percentual de diferença em março, voltou a abrir vantagem de 1,44 ponto percentual, alcançando 42,13% de participação no mercado, contra 40,69% da Gol.
Assim como em meses anteriores, as companhias de menor porte consolidaram posição no ranking nacional. A Webjet figura como a terceira maior companhia, com 5,89% de participação. A Azul aparece em quarto lugar (5,56%), seguida da Avianca — nova marca da OceanAir —, com 2,45%. A Trip ocupa a quinta posição, com 2,29% de participação. As companhias de menor porte já representam 17% do mercado. Ao fazer a contraposição dos números de abril com o mesmo mês de 2009, a Passaredo foi a companhia que obteve o maior crescimento: 152%. O segundo melhor índice foi alcançado pela Trip (126%), seguida da Webjet (96%) e da Azul (89%). Nesse intervalo, a Gol cresceu 29% e a TAM registrou expansão de 6%. De janeiro a abril, as companhias brasileiras acumularam alta de 32% na demanda, em relação ao mesmo período de 2009.
Na análise da Link Investimentos, os números expressivos de crescimento do mercado de aviação no Brasil em contraposição com o desempenho de 2009 é resultado da fraca base de comparação, já que o Brasil, assim como o resto do mundo, estava mergulhado na crise mundial. Pelo fato de abril estar inserido no período de baixa temporada, a corretora observa que a taxa de ocupação das aeronaves foi de 64,8%, o que representa um avanço de 1,8 ponto percentual em relação ao mesmo mês do ano passado.
O relatório da Link considera que o setor aéreo brasileiro está passando por um bom momento. A maior preocupação, segundo o relatório, é a infraestrutura aeroportuária, que se mostra insuficiente para atender à demanda em diversos terminais do país. Estudo divulgado pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, no início do ano, revelou que mutios aeroportos brasileiros estão com a capacidade esgotada e que os investimentos previstos para a ampliação dos terminais para a Copa do Mundo estão aquém das necessidades do mercado.
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