A Secretaria de Cultura de Santarém promoveu a primeira reunião do ano com os participantes da Feira da Cultura Popular, no dia 26 de abril, para definir a programação deste ano. Na ocasião, a secretária de cultura, Jarle Aguiar, questionada pela reportagem do jornal O Estado do Tapajós, falou sobre a descaracterização do artesanato na feira. Produtos peculiares de outras regiões do Brasil, como o crochê e o pano bordado, há alguns anos são comercializados no evento, que é destinado a promover os artigos e alimentos de comunidades situadas nos arredores de Santarém.
Para Jarle Aguiar, não há como fazer um controle que evite a venda desses produtos, sendo eles, fabricados pela própria comunidade. O que foi feito, segundo a secretária, é a capacitação dos artesãos. Em parceria com o SEBRAE, algumas oficinas ocorreram no ano passado, com o propósito de manter o apelo regional na produção dos artesanatos e qualificar o artesão local. Porém, a secretária acredita que nem todos levam isso em consideração. "Nós entendemos que é preciso priorizar o artesanato local, mas se alguns membros da comunidade entendem que aquilo é artesanato, nós não podemos excluí-los", destaca.
Para Ivete Sardinha, participante da feira há dez anos, a mudança dessas características regionais, quanto ao artesanato, não faz diferença. "Aprendemos nas oficinas que tudo que é feito a mão é considerado artesanato. Para a feira, eu só produzo artesanato local, mas não vejo problema se venderem outras coisas" afirma. Ivete acredita que o maior problema da feira não é o artesanato, e sim a divulgação. "É um evento muito grande, mas que precisa ser mais divulgado, tanto em Santarém, quanto nos municípios próximos", declarou.
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