Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal
O Brasil já é um dos grandes redutos do tráfico internacional de cocaína. Como consumidor, como produtor e, principalmente, como ponto de passagem da droga vinda da Colômbia. É um esquema poderoso, que, dentro das fronteiras colombianas, conseguiu absorver os opostos: os grupos para-militares, de extrema direita, e as Farc, a maior organização guerrilheira do mundo, de extrema esquerda. Nesse circuito, os Estados Unidos deixaram a sutileza de lado e atuam diretamente. Sua agência de repressão à droga, o DEA, esteve por trás da prisão, no dia 16, efetuada pela Polícia Federal, de mais um dos grandes traficantes colombianos. Nestor Caro Chaparro estava se fixando no Rio de Janeiro para aumentar a movimentação de cocaína. Ele já fora responsável por mais de cinco toneladas enviadas para os EUA através do Brasil.
Sob o nome falso de Wilson Humberto Lopes Rodrigues, ele realizava as operações através de empresas de importação e exportação de fachada, registradas por fantasmas e laranjas. Algumas dessas empresas tinham sede na Amazônia, em Manaus e em Belém. O dinheiro do tráfico já circula há vários anos pela capital paraense. O volume parece estar aumentando.
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