sexta-feira, 18 de junho de 2010

Transporte de crianças: Cadeirinhas e assentos estão em falta em Santarém

No comércio santareno estão em falta cadeirinhas e assentos de elevação, exigência do Dentran para os motoristas que transportam crianças de até 7 anos de idade. Devido à falta do produto na maioria das lojas, a obrigatoriedade foi prorrogada para 1º de setembro. Em um levantamento realizado por O Estado do Tapajós comprovou-se que várias lojas de Santarém não possuem o produto em quantidade. Outro problema segundo os lojistas é a questão do preço, que varia de 210 a 700 reais.

"Fiz um pedido de 12 cadeiras, vieram somente cinco, rapidamente foram vendidas, as fábricas produziam pouco. Agora com a lei estão aumentando a quantidade para suprir o mercado", declarou o proprietário de duas lojas de artigos infantis, Wilson Valentim. Outra questão que ele afirma "é que muitos pais precisam comprar de três cadeiras de uma vez, por isso o valor sai alto e estão esperando baixar para compra, já que não esperavam ter esse gasto".

Em outra loja de artigos infantis, a gerente Maria do Rosário afirma ter uma lista de pais que estão esperando o bebê conforto chegar. "O que mais tem faltado, é o assento de elevação, muitos procuram somente este produto. Alguns pais querem comprar somente uma cadeira, que possa ser usado até os sete anos e meio, mas até essa fase é necessário no mínimo três tamanhos", explicou. Ela explica que existem quatro grupos: zero (até 13 quilos), um (9 até 18 kg),dois(15 até 25 kg) e três( 22 até 36 kg). Os dois primeiros grupos o cinto que prende a criança é da cadeira, os dois maiores o cinto utilizado é do carro.

Numa loja de produtos variados a procura de carrinhos e assentos é grande. A vendedora Ana Socorro afirma que se tivesse uma grande quantidade no estoque venderiam de 16 unidades por dia. "A procura é muito alta, mas não temos a quantidade suficiente, o gerente da loja tem questionado com as fábricas". Além disso, ainda reclamam do preço, e a procura pelo produto começou desde que foi informada a obrigatoriedade.

Os taxistas também estão querendo comprar os utensílios segundo a vendedora, mas os carros particulares (van), que transportam crianças para a escola, procuram as cadeiras. "O dono de uma van particular necessitava de oito, ele esta buscando preço, mas com a falta fica difícil negociar", relembrou, Wilson Valentim.

Durante a pesquisa, em uma das lojas da cidade uma mãe afirmou que está procurando, mas o problema se encontra no preço. "Meu filho já tem seis anos, é um gasto extra, apesar de ser para a segurança dele. Não esperávamos essa compra em nosso orçamento", explicou.

Mas Stefania Cabral, mãe de um bebê de um ano e dez meses, diz que desde o nascimento do filho sempre utilizou a cadeirinha. "Acho muito seguro, e vejo que é muito importante a prevenção, me sentiria muito culpada se acontecesse alguma coisa com ele, se estivesse na cadeirinha", explicou.

Em loja de acessórios para carros já estão providenciando as cadeiras, e outras no comércio, não têm certeza se venderá o esperado.

A partir do dia 1º de setembro veículo que transportar uma criança até sete anos e meio, sem o equipamento será multado no valor de R$ 191,54 e perderá sete pontos na carteira de motorista.

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