sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Moradores do bairro do Maracanão se negam a pagar IPTU

Aritana Aguiar
Free lancer


No mês de junho moradores do bairro do Maracanã, na periferia de Santarém, informaram a O Estado do Tapajós que, enquanto a prefeitura não consertasse várias ruas que estão intrafegáveis - além da iluminação pública-, não pagariam o IPTU. Quase no fim do mês de setembro, a situação dos moradores é a mesma. "Desde a reportagem ninguém da prefeitura veio em nosso bairro para sequer ver a situação. Apenas na parte da rua Marupá, que fizeram o conserto dos postes, mas o restante continua um descaso", desabafou a moradora do bairro, Lúcia Araújo. E garante que se manterão firme na decisão de não pagamento do IPTU.
"Há buracos que tem aumentado em grande proporção. É necessário inserirmos lixo para evitar que aumente os buracos", explicou o morador George Pires Coelho. E pondera: "pagamos o IPTU para melhoria de ruas e não temos esse retorno. Estamos em uma situação caótica".
Dona Lúcia, reclama com a necessidade de ir até a Avenida Fernando Guilhon para pegar ônibus devido à intrafegabilidade das ruas, correndo risco até para um machucado como a torção do pé. "Ás vezes vejo filha de uma vizinha usando salto. Não sei como conseguem no estado dessas ruas, e pior que é necessário por que o trabalho delas exige", afirmou.
Os moradores questionam quanto a um barro que foi inserido em 2004, em época eleitoral. "No dia que eles colocaram a rua ficou excelente, mas no dia seguinte teve uma chuva tão forte que levou tudo. Isso é trabalho mal feito, ficou pior do que era", garantiu George. Que relata a necessidade de enviar documentos para CDU solicitando a instalação de iluminação pública por correr risco de vida, já que trabalha na Policia Militar.
Um mês após a denúncia através do jornal, a moradora Lúcia que mora na Rua Marupá, informa que todas as lâmpadas, que ficam no perímetro que reside estão funcionando. "Certo dia ao chegar em casa, vi que estavam consertando os portes", lembrou. Ela que todos os dias vai à feira, antes de amanhecer, desabafa que ficava com muito medo de ser assaltada ou coisa pior, mesmo assim o perigo é constante já que maior parte das ruas necessitam de iluminação pública.
O morador da Rua Jacarandá, Vicente Gerônimo, afirma não aguentar mais a situação. "Há um poste de luz que funciona pela parte do dia e ao chegar da noite apaga. A rua fica completamente escura, não conseguimos enxergar nada", afirmou. Sente-se um pouco tranquilo por o local não ser tão perigoso, mas, com a escuridão receia que os bandidos passem a agir no local.
Outro morador desabafa. "Pagamos um absurdo para termos iluminação pública e vivemos no escuro". E completa: "Uma serie de tributos são pagos por nós, e que retorno nos temos?".
No final da Rua Jacarandá, onde trabalha Vicente, ele informa que uma forte choque, levou todo o "pincho", da avenida Fernando Guilhon, para o buraco que fica bem no final da rua.
Quanto à trafegabilidade na rua, praticamente impossível, por haver uma cratera no final, carros não conseguem passar. É necessário que façam um desvio. "Antes o caminhão ao vir no mercado fazer entrega, até passava próximo, agora está impossível é preciso fazer um retorno na Rua Anani", explicou Vicente Gerônimo.

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