quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Redivisão do Pará: O debate continua (3)


Jota Ninos fez um comentário sobre sua postagem de  Paulo Cidmil, intitulada "Debate: Redivisão do Pará":

Concordo que é preciso haver o debate, mas acho que o momento é de campanha pelo SIM no plebiscito. Vivemos o momento único da possibilidade de criar um novo estado através do voto. Se nem passarmos do plebiscito, que debate faremos?
Paulo, concordo que é preciso se questionar todos os atores sobre que projeto se tem para esse estado, mas não acredito que este seja o momento. Como você mesmo disse, após o plebiscito ainda temos um longo caminho a percorrer, pois ainda enfrentaremos uma luta no Congresso. E precisaremos da articulação de todos os políticos que possamos contar, tanto do Tapajós e, principalmente do Carajás.
Enquanto essa articulação estiver sendo feita em Brasília, caberá aos que aqui ficaram extasiados com o resultado favorável do plebiscito começar o debate, nas organizações populares, nos partidos.
Estaremos com uma eleição municipal pela frente, que poderá ser o reflexo da rearrumação das forças políticas, as que serão mantidas e as que porventura ascenderão.
A população, além de votar, terá que se preparar para um novo debate de propostas, e de pois disso, mais uma vez a sociedade civil (des)organizada terá que se preparar para discutir a Constituição que queremos, o Estado que queremos.
Como concatenar desenvolvimento e ambientalismo? Quais os desafios desse novos estado? Quem serão os líderes que surgirão na futura Assembleia Estadual Constituinte?
Por isso, acho que o momento não é de fazer esse debate, até porque o que temos pela frente é uma verdadeira guerra de ideias com quem é simplesmente contra a criação dos novos estados. Não temos tempo e nem dinheiro para isso. O plebiscito deve ser pedagógico no sentido de criar a alternativa do debate, com a realização de um sonho secular e que, infelizmente, nunca foi amplamente debatido pela sociedade.
Desde o período do Império foi uma aspiração elitista, e só começou a tomar uma forma de aspiração popular em 1994. Naquele ano elegemos uma grande bancada de deputados, mas após isso não houve nem por parte dos políticos e muito menos dos movimentos sociais, a tentativa de iniciar o necessário debate.
E passamos a viver da expectativa de aprovação de um projeto, que acabou caindo no nosso colo a partir da injunção de um senador de Roraima, e mais recentemente do apoio dos políticos do sul do Pará na Câmara Federal.
reafirmo: a hora é de animar todos a votarem no SIM. O debate virá depois.
E ai de nós que não o façamos...
Jota Ninos

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