Do Blog do Parsifal
Em entrevista à Empresa Brasil Comunicação (EBC),
Mario Barreto, ex-agente do serviço secreto uruguaio, preso na
Penitenciária de Charqueada, RS, por contrabando de armas, volta a
afirmar que o ex-presidente João Goulart morreu por envenenamento
providenciado pela “Operação Condor”.
Oficialmente
Jango morreu, em 1976, devido a um ataque cardíaco, em Corrientes, na
Argentina. Em 2008 a “Folha de S. Paulo” publicou entrevista com Barreto
na qual ele afirmou que Jango foi envenenado por ordem de Sérgio
Fleury, então delegado do Dops. A autorização ao Dops teria partido do
então presidente Ernesto Geisel (1974-1979).
> Operação Condor vigiava "conspirações" de exilados
Há
sugestões insistentes de que a "Operação Condor" também foi responsável
pelo "acidente" que matou o ex-presidente Juscelino Kubitschek".
A “Operação Condor”
foi transnacional: as ditaduras da América do Sul se uniram para
combater os opositores que “tramavam” contra os regimes, desde o exílio,
em diversos países do cone.
> Inspiração em operações similares patrocinadas pela ex-URSS
A
ex-URSS operou dessa forma e o seu mais famoso “sucesso” foi o
assassinato de Leon Trotsky, um dos principais protagonistas da
revolução bolchevique. Trotsky caiu na desgraça da ditadura de Stalin e,
com vários outros líderes do bolchevismo, exilou-se no México, onde foi
assassinado por um agente stalinista em 1940.
> MPF não atendeu pedido da família de Jango para investigar
Em 2008, os parentes de Jango pediram uma investigação do caso, mas o MPF alegou que o processo estava prescrito.
O
caso deve ser investigado não com finalidade penal, mas histórica. A
“Comissão da Verdade”, instituída pela presidências da República para
tratar dos assuntos ligados ao regime ditatorial, deve dar atenção
especial à "Operação Condor”.
Obviamente muito
que se diz não passa de elucubração à moda das inúmeras teorias da
conspiração que grassam nos momentos de exceção, mas a “Operação Condor”
existiu e o Brasil precisa saber como, e o quê, ela operou.
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