terça-feira, 27 de setembro de 2011

Juiz aposentado de Almeirim volta ao cargo

 
O Liberal


Afastado das funções na Comarca de Almeirim e aposentado compulsoriamente em medida punitiva, volta ao cargo de juiz de direito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, o advogado Alan Meireles, que desempenhava suas funções profissionais no escritório do criminalista Jânio Siqueira. O retorno do advogado ao cargo de magistrado foi publicado no Diário da Justiça Eletrônico de ontem, depois de acórdão nesse sentido, com determinação do Superior Tribunal Federal.

Meireles havia sido afastado das funções de juiz de Almeirim, em 2008, e punido com aposentadoria compulsória por supostas irregularidades na administração da Comarca. Em sua defesa, Meireles recorreu ao STJ sob justificativa de que "é nula a instauração de processo administrativo disciplinar contra Magistrado sem a sua prévia notificação para se manifestar sobre os Termos da representação e da prova contra ele apresentada".

Os argumentos da defesa de Meireles foram aceitos pelos ministros que, deste modo, através da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, decidiu, "por unanimidade, dar provimento ao recurso ordinário em mandado de segurança, nos termos do voto do sr. Ministro Relator. Os srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho e Benedito Gonçalves votaram com o sr. Ministro Relator".

Pedido à PF quebra de sigilo fiscal de advogado

Por Paulo Bemerguy

Mais de dez conselheiros - entre efetivos e suplentes - da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará deverão protocolar ainda nesta terça-feira, na Polícia Federal, um pedido para que a delegada Lorena Costa investigue a origem dos R$ 301 mil usados pelo advogado Robério D'Oliveira para comprar um imóvel da própria OAB em Altamira.

A delegada é a mesma que já apura a falsificação da assinatura do vice-presidente da entidade, Evaldo Pinto. Até agora, apenas a advogada Cynthia Portilho, que confessou a falsificação, está indiciada.

Para que a investigação sobre a origem do dinheiro se efetive, os signatários pedem que a delegada adote providências no sentido de "obter ordem judicial autorizando a quebra do sigilo bancário do conselheiro Robério Abdon D'Oliveira", a fim de rastrear a origem do valor constante do cheque do Banco Itaú, emitido em 21 de junho deste ano e depositado no dia seguinte, na conta da OAB-PA junto ao Banco do Brasil.

"Comenta-se no meio forense que pessoas do próprio escritório do presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos - e outros escritórios de profissionais liberais que possuem relação profissional com referido presidente, que ele estava estabelecendo sociedade com o conselheiro beneficiário da fraude, Robério D´Oliveira, amigos de duas décadas. Nesse bojo, dizia-se (e ainda diz-se) que o dinheiro que lastreou o cheque depositado na conta da OAB teria origem de conta titularizada pelo próprio presidente da OAB, Jarbas Vasconcelos, ou da pessoa jurídica da qual é sócio, circunstância que deixa inequívoco que ele concorreu não apenas para o conluio sub-reptício, mas era seu beneficiário direto, seu financiador, com o fim de se apropriar do bem de entidade que é legalmente um serviço público federal de natureza especial, mantendo em erro a entidade, configurando com todo o colorido jurídico a figura do estelionato - restando, destarte, as fraudes, falsificações e ardis, meros crimes meios, porquanto obrigatória a aplicação do princípio da consunção", afirma o texto da representação feita à delegada da Polícia Federal. 
Os conselheiros que assinam o documento dizem aina que, na sessão do Conselho Seccional, no dia 16 de agosto passado, a conselheira dederal da OAB, Angela Salles, "verberou com extrema segurança acerca dessa imputação e exigiu que o conselheiro Robério D'Oliveira, beneficiário das fraudes, apresentasse seu extrato de conta corrente que poderia ser obtido ali mesmo pelos meios on-line, a fim de demonstrar que a pecúnia que deu provisão de fundos à conta pessoal do referido conselheiro não adveio de depósito da pessoa do presidente Jarbas Vasconcelos ou da sociedade civil de advocacia da qual é sócio. Não houve qualquer esboço de reação ou natural demonstração de indignação por parte dos imputados, muito menos qualquer iniciativa no sentido de esclarecer o Conselho sobre a origem dos recursos".

O valor da documentação


Lúcio Flávio Pinto

Escrevi este texto como prefácio ao livro de Ribamar Castro, “Atos dos Governadores” (192 páginas), lançado pela Imprensa Oficial na Feira Pan-Amazônica do Livro, juntamente com o belo álbum com a 2ª edição das canções de Waldemar Henrique (301 páginas), incluindo letras e partituras, num precioso trabalho de Vicente Salles, Felipe Andrade e Jorge Santos Sousa. Espero que a reprodução desse texto estimule a consulta ao documentário preparado por Ribamar, que passa a ser uma fonte indispensável de consulta sobre a história do Pará.

Quando retornei a Belém, na segunda metade dos anos 1970, um dos temas mais polêmicos na cidade era o processo de venda das terras da província mineral de Carajás à então estatal Companhia Vale do Rio Doce. O zum-zum-zum era intenso e os boatos se multiplicavam. Nada, entretanto, que pudesse passar da forma verbal para a escrita. Por um motivo simples: não havia provas sobre a alegada ilegalidade na transação.

Como obtê-las? Através do processo de venda, que o Iterpa (Instituto de Terras do Pará) enviara à Assembléia Legislativa para autorização. Um deputado estadual do próprio governo (posso agora revelar o nome: Osvaldo Melo) me conseguiu cópia integral do volumoso documento, certo de que era a melhor maneira de fazer a prova dos nove: submeter a matéria à imprensa. Embora divergíssemos, nos respeitávamos.

A primeira leitura das centenas de páginas não me permitiu seguir o fio da meada até a verdade. Mas uma segunda leitura, ainda mais atenta, revelou onde estava o “pulo do gato”. A Vale requereu 445 mil hectares, mas 30 mil hectares tiveram que ser excluídos por serem terra indígena dos Xikrin do Cateté. Só que não houve o desconto no valor. A diferença seria o “por fora”, que alguém “levaria”. Denunciei o fato, criou-se o escândalo e o governo federal acabou com a operação.

A censura à imprensa imposta pelo governo militar (1964-85), que se tornou implacável em relação ao mais influente dos grandes jornais brasileiros, O Estado de S. Paulo, onde trabalhei por 18 anos seguidos, me ensinou – sem querer, é claro – a descobrir, valorizar e dar bom uso às fontes oficiais. Os atos do poder institucional podem não revelar a verdade, mas constituem fatos de relevância e interesse. São, pelo menos, a “verdade oficial”. Se não podem ser considerados pontos de chegada, são preciosos pontos de partida.

Com a caça às versões e interpretações pela censura estatal, passei a me dedicar a balanços, relatórios, leis, decretos, portarias e toda a parafernália oficial ou institucional. O lugar por excelência para ter contato com elas é o Diário Oficial. O advogado Otávio Mendonça, outro dos meus parceiros de esgrima verbal, disse para seus pupilos e auxiliares de escritório que queria vê-los a ler o DO com a volúpia que eu dedicava a esse exercício. “Ele lê o 
Diário como se estivesse lendo a Comédia Humana”, de Balzac.

É verdade. Devo parte do que sei a essa leitura, quase sempre árida, mas invariavelmente frutuosa. E quando podemos ter acesso a uma ordenação dessa literatura, melhor ainda. É o que José Ribamar Castro nos proporciona com o segundo volume das súmulas dos atos dos governos estaduais. Sou daqueles que acompanha a resenha diária que ele faz na primeira página do Diário Oficial há vários anos.

Nesta segunda coletânea, estão as decisões de um dos períodos mais importantes da vida republicana brasileira, o “ciclo de Magalhães Barata”. 
Versão paraense do ciclo de Vargas” na história nacional. Quem ler as súmulas poderá acompanhar a trajetória descendente da República Nova dos tenentes de 1930. Ávidos por eliminar os “carcomidos” do período anterior no altar das reformas sociais e políticas, acabariam por trair os ideais de origem ou contaminá-los por seus impulsos autoritários e repressores, estabelecendo nova forma de tirania.

Ainda assim, a história avançou e as transformações se processaram, embora às vezes pondo em dúvida a visão de Heráclito sobre a mudança. A água que passa pela ponte parece, em alguns momentos, que não vem de nova fonte, mas é reciclada. Ou não exatamente assim, porque não é realizado o trabalho de recomposição da sua qualidade: é simplesmente devolvida ao seu curso anterior.

Para chegar a essa conclusão, entretanto, é preciso seguir o caminho das pedras, que é menos fácil, mas é a trilha da revelação, delimitada por fatos e não por versões, como neste precioso 2º volume da reconstituição da história oficial. Que venha logo o 3º tomo e quantos mais sejam necessários para fundir o passado ao presente, apontando o futuro no horizonte.

UFOPA inicia discussão sobre processo seletivo indígena

“Estamos hoje aqui buscando parceria com a universidade, devido às dificuldades que os alunos indígenas enfrentam para se manter na cidade”, afirmou o cacique da aldeia Muratuba, Hipólito Silva, representante dos povos Tupinambá da Resex Tapajós-Arapiuns, durante a abertura do Encontro Preparatório do Processo Seletivo Especial para Indígenas 2012, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), ocorrida na manhã desta segunda-feira, dia 26 de setembro, em Santarém (PA). 

 

Realizado no Amazônia Boulevard, pela Comissão de Elaboração do Processo Seletivo Indígena, o evento tem por objetivo planejar o processo seletivo e definir as diretrizes que nortearão a elaboração do edital de seleção, a partir do diálogo democrático com estudantes, lideranças e membros de comunidades indígenas. “Queremos sair daqui com uma solução para o processo seletivo indígena. Nós, do Tapajós-Arapiuns, também estamos aqui para lutar por uma escola diferenciada na nossa aldeia”, afirmou Hipólito Silva, que também é membro do Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns (CITA). “Queremos um posto de educação superior na nossa aldeia, com curso modular e intervalar, devido à dificuldade dos alunos se manterem na cidade”.

Para o pró-reitor de Ensino de Graduação da UFOPA, Prof. José Oliveira Aquino, o encontro com os representantes e lideranças indígenas é essencial para nortear a política educacional de ação afirmativa da universidade. “Com a contribuição das comunidades indígenas, estamos iniciando um processo inovador, não apenas de acesso à universidade, mas principalmente para a permanência dos alunos. A universidade precisa desse retorno da comunidade para sua construção democrática”, afirma Aquino. Com relação à reinvindicação de cursos de graduação nas aldeias, o pró-reitor explicou que a universidade já está analisando algumas possibilidades que serão discutidas nos próximos encontros. “Também queremos atuar dessa forma”.

Durante a abertura do encontro, a profa. Luciana Carvalho, da Comissão de Elaboração do Processo Seletivo Indígena, fez uma retrospectiva dos processos seletivos realizados nos anos de 2010 e 2011, ainda sob a tutela da Universidade Federal do Pará (UFPA). “Espero que tenhamos um número bem maior de indígenas inscritos e aprovados no processo seletivo de 2012”, afirmou a antropóloga durante os esclarecimentos à comunidade indígena. “Apesar dos atropelos, tivemos uma boa surpresa, pois metade dos alunos indígenas que ingressaram este ano na UFOPA conseguiram se classificar, em primeira opção, em institutos concorridos”.

Luciana Carvalho também explicou sobre a escolha das quatro temáticas que serão debatidas nos grupos de trabalho: Acesso e Permanência; Ensino Superior na UFOPA; Aldeia, Cidade e Universidade; Projeto e Pertencimento. “Os temas dos GTs refletem as dificuldades que enfrentamos no edital passado”.

Comissão - Constituída para atuar no planejamento, coordenação, atendimento, avaliação e seleção do processo seletivo indígena 2012, a Comissão de Elaboração do Processo Seletivo Indígena da UFOPA é composta pelos professores Myrian Sá Leitão Barbosa (presidente), Carla Ramos (vice-presidente), Luciana Gonçalves de Carvalho, Bruno Alberto Paracampo Miléo e Aguinaldo Rodrigues Gomes; e pelos técnicos administrativos Ângela Rocha dos Santos e Haroldo César Sousa de Andrade, da PROEN. 

“A criação dessa comissão é uma experiência inovadora. A nossa meta não é apenas o processo seletivo, mas também o acompanhamento do aluno indígena dentro da instituição”, explica o pró-reitor de Ensino da UFOPA, Prof. José Oliveira Aquino. 

O Encontro Preparatório do Processo Seletivo Especial para Indígenas 2012 continua amanhã, dia 27, com discussão e deliberação acerca das diretrizes para elaboração do Edital PSE Indígena 2012, pela manhã. À tarde, haverá a aprovação coletiva do documento que norteará a elaboração do Edital PSE Indígena 2012.(Por Maria Lúcia Morais)

Sem redução, professores recebem salários nesta sexta-feira


 Agência Pará:
 
“Não haverá nenhum tipo de prejuízo salarial aos professores e demais servidores da educação no Estado”, garantiu a secretária de Estado de Administração, Alice Viana, ao se referir à alegação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), de que haveria ocorrido redução salarial para alguns professores no contracheque do mês de setembro. Sem reduções, o pagamento dos servidores da educação está disponível a partir desta sexta-feira (30).

Segundo a titular da Sead, a especulação ocorreu com o processamento da folha prévia de pagamento, uma espécie de guia para a folha final. “Identificamos essa situação com cerca de 600 pessoas, mas que já foi corrigida. Identificar correções a serem feitas é natural, com a implantação de um Plano (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração- PCCR) para mais de 20 mil servidores. Se por ventura, qualquer servidor ainda identificar essa situação em seu pagamento, ao nos comunicar será imediatamente corrigido. Ninguém terá nenhum tipo de redução”, reiterou Alice Viana.

Apesar da implantação do PCCR e do pagamento de 30% do valor do Piso Salarial Nacional da categoria, já no salário deste mês, a paralisação dos professores da rede estadual de ensino começou nesta terça-feira (27), resultando na paralisação das aulas em cerca de 15% das 379 escolas da Região Metropolitana de Belém. A principal solicitação da categoria é o pagamento integral do Piso Nacional dos Docentes, no valor de R$ 1.187,97, transformado em Lei em julho de 2008.

Imagens do acidente com o helicoptero do IBAMA, ocorrido ontem à tarde em Itaituba

Imagens cedidas pela TV Tapajoara



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Boto mergulha no plenário da Assembléia Legislativa do Pará

Foto; Elias Santos

Por ocasião da sessão alusiva ao dia mundial do turismo, realizada hoje de manhã, pela Assembléia Legislativa do Pará, o grupo coreográfico do Boto Tucuxi,  bicampeão do festival dos botos do Çairé de Alter do Chão, fez uma apresentação aos deputados e convidados.

Helicóptero do Ibama cai e deixa um ferido em Itaituba

Jota Parente
Um Helicóptero do IBAMA caiu às 15 horas de hoje no bairro da Paz, em Itaituba.
 
O aparelho caiu entre o templo da Igreja Assembléia de Deus e uma residência. Uma pá chegou a atingir o templo e outra a residência. Ninguém se encontrava no local.
 
Dois pilotos e um mecânico ocupavam o helicoptero. Apenas o mecânico foi conduzido por uma ambulância do SAMU para o Hospital Municipal, machucado. Os dois pilotos saíram ilesos do acidente.
 
Tudo indica que houve muita perícia do piloto que conduzia o aparelho, pela localização em que a queda aconteceu. Os danos materiais foram grandes, pois o helicóptero ficou bastante danificado.

E a luz se foi...mais uma vez

Os vereadores de Santarém discutiam, hoje de manhã, uma maneira de enquadrar a Celpa por causa dos constantes desligamentos de energia na cidade quando faltou luz no plenário de Câmara, cancelando a sessão.

Segurança na mineração


A Mineração Rio do Norte (MRN) aparece no ranking de segurança no trabalho das mineradoras como uma das empresas mais seguras do Brasil. 

O levantamento é da pesquisa anual realizada pela revista Minérios & Minerales. 

A MRN empresa aparece entre as três primeiras. Cerca de 60 minas brasileiras participaram da pesquisa.(Fonte: Ascom MRN)

A pergunta da semana


Enviada pelo leitor Antenor Giovaninni:
Por que uma grande empresa da área de construção e que estava praticamente acertada que iria montar uma fábrica de cimento em Santarém, gerando cerca de 500 empregos diretos, já nos descontos , resolveu não mais investir em nossa cidade, optando por Manaus?

Alguém saberia dizer os reais motivos?

Capa da edição impressa de 24 de setembro de O Estado do Tapajós

Paissandu vence e já é líder do grupo E


Do Blog do Gerson Nogueira




Com um gol de Rafael Oliveira aos 42 minutos do segundo tempo, o Paissandu derrotou o América (RN) na tarde deste domingo, no estádio da Curuzu. Foi a estreia do Papão na segunda fase da Série C e o resultado coloca o representante paraense isolado em primeiro lugar na chave E. O jogo teve maior posse de bola do Paissandu ao longo dos dois tempos, mas com pontadas perigosas do visitante, que esteve perto de abrir o marcador em pelo menos três oportunidades. Do lado do Paissandu, o ataque abusou de perder gols no primeiro tempo, com Rafael, Josiel e Juliano disparando em cima do goleiro Fabiano. Os mesmos problemas de articulação dos tempos de Roberto Fernandes voltaram a assombrar a equipe, principalmente porque Sandro foi figura apagada na organização de jogadas. Daniel compensava com uma excelente atuação, tanto nos desarmes quanto na reposição de bola.
Como o meio-de-campo não rendia, Edson Gaúcho o começo da etapa final para fazer as substituições de Luciano Henrique por Tiago Potiguar, Sandro por Robinho e Josiel por Héliton. Como sempre ocorre nessas situações, o Paissandu melhorou e ganhou em velocidade, passando a buscar mais jogadas de linha de fundo. Em dois lances antes do gol, Héliton cruzou bolas rasantes que a defesa do América tirou com dificuldades.



Acontece que o tempo foi passando, o adversário ameaçando nos contra-ataques - Max desperdiçou duas grandes chances – e o desespero foi tomando conta dos alvicelestes, que passaram a arriscar chutes de longe, sem maior perigo. O gol salvador veio através de um cruzamento à meia altura de Sidny para o interior da área potiguar. O zagueiro falhou ao tentar rebater e Rafael Oliveira ficou livre para estufar as redes.

Aos 44 minutos, um último susto: Max errou o cabeceio na pequena área em cruzamento alto feito por André. (Foto 1: CEZAR MAGALHÃES; foto 2: MÁRIO QUADROS/Bola)

Prefeitura de Santarém descumpre convênio firmado com o governo do estado do Pará

Máquinas pesadas, que compõe uma patrulha mecanizada, fruto de convênio firmado pelo governo do estado do Pará com a Prefeitura de Santarém, e  que foram destinadas para atuar na zona rural do município(planalto) na recuperação e abertura de ramais e manutenção de rodovias, estão sendo usadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) para os trabalhos na zona urbana. 
 
Segundo o vereador Henderson Pinto até o momento a patrulha mecanizada não foi usada para a recuperação sequer de um metro de ramal no município., embora o termo de cessão seja muito claro. A cláusula segunda, diz que "as máquinas serão utilizadas na recuperação de estradas, visando o melhoramento do acesso e desenvolvimento do escoamento da produção agrícola do município".
“No parágrafo segundo, dessa mesma cláusula, diz o seguinte: que a contra partida do município nessa cessão, seria também contribuir na recuperação das rodovias estaduais, dentro do limite territorial de Santarém e também em Mojui dos Campos, trata-se das nossas PAs, que não são pavimentadas”, observa o vereador.
 
Henderson lamenta que o governo municipal não levando as máquinas para utilização na área rural, deixa o secretário municipal de agricultura de mãos atadas, por não ter como atender a demanda da recuperação dos ramais e o escoamento da produção fica prejudicado. O parlamentar define que somente o município de Mojui dos Campos tem um poder de produção na ordem de 80% e Santarém 20%. “Isso justifica que não tem por que as máquinas permanecerem na cidade, elas tem que ser destinada ao interior para cumprir a sua finalidade”, argumenta.(Fonte: Ascom/Câmara de Santarém)

domingo, 25 de setembro de 2011

A guerrilha dos coronéis do Pará


Lúcio Flávio Pinto
Articulista de O Estado do Tapajós

Uma boa biblioteca dá ao seu dono um grande prazer: ao revirar os livros ele se surpreende, se anima, descobre, revive. Tanto maior o prazer se ele surge de surpresa, de um livro que se possuía sem, todavia, havê-lo lido. E a leitura se revela proveitosa, útil ao leitor e a quem tiver acesso ao que ele leu. Com o propósito de partilhar os resultados da garimpagem pelos meus livros é que crio mais esta seção. Como as demais, sua continuidade dependerá das circunstâncias, mais do que da minha vontade. Espero que o distinto leitor aprecie o que irá ler.

Quem imaginaria que os novos centuriões do poder, depois de sepultarem o que restava do “baratismo” no Pará, através do golpe militar de 1964, logo entrariam em conflito? Ninguém. Mas a verdade é que, já em 1965, Jarbas Passarinho e Alacid Nunes começaram a se desavir. A imprensa nada registrou na época – nem durante os anos seguintes. Não surpreende: mesmo sem sofrer censura, que desabaria sobre alguns órgãos da grande imprensa nacional, sobretudo o Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, num primeiro momento, os jornais locais faziam o que seu mestre mandava.

Hoje se sabe que Passarinho, a maior liderança do regime no Estado, por ter ficado com o cargo de governador, não gostara de ver seu candidato à sucessão, o então prefeito de Belém, Alacid Nunes, em acertos de bastidores com um empresário, Ocyr Proença, que representava a estrutura anterior, tão “carcomida”, na visão dos novos turcos, quanto os da República Velha aos olhos dos “tenentes” de 1930 (alguns dos quais ainda sobreviviam em 1964).

O engenheiro Ocyr Proença comprou O Liberal, jornal de campanha de Magalhães Barata, só para fazer a campanha de Alacid. Além de ter negócios com os pessedistas, Ocyr era ligado a Gilberto Mestrinho, a maior liderança do Amazonas, que já estava cassado. Mestrinho era petebista e “janguista”, além de passar por saqueador dos cofres públicos (Márcio Souza se inspirou nele para criar o personagem “boto tucuxi”). Quando cobrado por Passarinho, o candidato se justificou: era necessário para propagar seu nome e arcar com as despesas de alimentação dos eleitores, o dinheiro “do boi”.

Ao que parece, a manada era tão grande que exigiu fundos expressivos. Nesta e em outras ocasiões, incrementando as divergências entre os dois maiores líderes políticos do novo regime. Elas acabaram por ultrapassar os limites da confidencialidade e foram se tornando públicas, à medida que cada grupo disputava com o outro a hegemonia do poder e a partilha do butim público. Terminaram por se enfrentar abertamente na eleição de 1982, abrindo espaço para o surgimento de uma liderança que os haveria de superar e até absorver: o coronel civil Jader Barbalho.

Essa era a história que se conhecia. O general Sylvio Frota, porém, conta outra no seu livro Ideais Traídos, escrito em 1980, mas só publicado 26 anos depois (Jorge Zahar Editor, 2006, 662 páginas). Frota diz que a ouviu, quando era comandante da 1ª Região Militar, do general Jurandir Bizarria Mamede, então chefe do Departamento de Provisão Geral do Exército.

Mamede lhe contou que, em certa ocasião, “fora procurado pelo governador do estado do Pará, coronel R1 [da reserva] Jarbas Passarinho, de quem era amigo, que estava indignado com o comportamento do prefeito de Belém, coronel [tenente-coronel] Alacid Nunes, candidato a substituí-lo no Executivo estadual. Não obstante estar apoiando sua candidatura, pretendia romper com Alacid, porque discordava de seu procedimento, por ser condenável e anti-revolucionário. O móvel da questão estava na circunstância moralmente desabonadora de o candidato, para solucionar o angustiante problema das despe3sas com a alimentação dos eleitores convencionais, no dia da votação, ter aceitado do Chefe do Serviço Nacional de Informações – general Golbery do Couto e Silva – quantia em dinheiro, remetida em cheque bancário”.
Mamede, que foi comandante militar da Amazônia e da 8ª Região Militar, em Belém, quis saber como Passarinho tivera acesso à informação. O governador lhe respondeu que foi através do próprio Alacid, “rejubilando-se por já ter contornado todos os obstáculos, mostrara-lhe o cheque, tendo-lhe feito ele, no mesmo instante, acre censura”, relata Sylvio Frota.

Mamede lhe relatou então as dificuldades que enfrentou “para evitar o rompimento público dos dois homens, o que só conseguiu mostrando quão pernicioso seria para uma revolução, ainda no nascedouro, um escândalo desta espécie. No entanto, ao que se informara, os dois cortaram relações”.

O ministro do Exército na gestão do general Geisel (1975/79) registrou o episódio porque, em 1975, o já então senador Passarinho foi escolhido para ser o orador oficial no Dia da Artilharia, que fora sua arma como militar, mas tivera seu nome vetado pelo próprio presidente Geisel e fora obrigado a se “desconvidar”. O presidente achava que a escolha de Passarinho iria projetá-lo e contribuir para sua pretensão de ser o líder do governo, o que desagradava a Geisel (mas a que acabou se submetendo, depois do acerto na política estadual).

Nessa ocasião, Passarinho visitou Frota em seu gabinete e confirmou a história relatada pelo general Mamede, inclusive que “cortara relações” com Alacid, o que, ao menos de público, não aconteceu naquele momento, 10 anos antes. O senador da Arena, o partido do governo federal no sistema bipartidário imposto (junto com o MDB, da oposição consentida), teve também que explicar o reatamento das relações com Alacid, que considerou “absolutamente político, sem qualquer outra conotação”.

Meses depois, relembra Frota, “vêm à tona da conjuntura interna as intrincadas sucessões estaduais; no estado do Pará apresentam-se candidatos a governador Passarinho e Alacid. Falava-se com certa insistência na indicação, pelo Governo Federal, do senador Jarbas Passarinho para aquele cargo”.

Prossegue o então ministro do Exército: “Pessoas privilegiadas – frequentadoras assíduas do Planalto –, contudo, mostravam-se céticas quanto a esta escolha. Murmuravam não ser do interesse nem do agrado do general Gustavo Moraes Rego Reis, Chefe da Casa Militar, oficial ligado à sociedade paraense, o nome do senador, enquanto o do outro candidato – Alacid Nunes – contava com a simpatia dos assessores do presidente Geisel, em particular do general Golbery do Couto e Silva”.

O general faz confusão de datas, que não são as maiores que perpetra no seu livro. Nele, continua a afirmar que o jornalista Vladimir Herzog se suicidou nos porões do DOI-Codi, em São Paulo, em 1975, onde estava preso e foi torturado. Já nessa época só a versão oficial do simulacro de inquérito sustentava essa história. Mas a referência no seu volumoso depoimento à (anti)história, estimula a pensar na trajetória dos dois líderes que dominaram a política do Pará entre 1964 e 1982.

Quando ambos ascenderam ao poder (estadual e municipal), em junho de 1964, Passarinho já era um nome nacional. O próprio Frota informa ter conhecido o então capitão “nas penosas lutas para expurgar do Clube Militar os oficiais ditos nacionalistas, que o estavam transformando numa base de propaganda marxista, durante o biênio de 1950-52, quando o presidia o general Newton Estilac Leal”.

Passarinho já era considerado grande orador, ativo na política nacional, mesmo estando na ativa do Exército. Além de funções militares, fora superintendente da Petrobrás e membro da comissão de planejamento da SPVEA, antecessora da Sudam. Escrevia artigos sobre política internacional em A Província do Pará. Alguns o tinham por “progressista”, inclusive marxistas.

Alacid, com credenciais bem inferiores, acabaria por derrotá-lo na política paraense. O que desequilibrou a escaramuça particular dos dois foi o fato de que Alacid integrava o grupo liderado pelo marechal Cordeiro de Farias, um dos raros tenentes dos anos 1920 que conseguiu chegar finalmente ao poder, usando a UDN e depois se desfazendo dela.

A maioria desses chefes militares se associou a grandes grupos econômicos. Golbery do Couto e Silva, por exemplo, à multinacional de produtos químicos Dow Chemical. Já Cordeiro era o numero dois do nordestino João Santos, dono do segundo maior fabricante de cimento do Brasil. Alacid Nunes foi o diretor do grupo João Santos em Belém no interregno do primeiro mandato como governador e o primeiro mandato de deputado federal. Nesse período a sede da empresa foi destruída por um incêndio, que queimou seus arquivos. Justamente quando se discutia a legalidade de incentivos fiscais que lhe foram concedidos pelo mesmo Alacid.

O grupo de Cordeiro subiu ao poder com o marechal Castro Branco, o primeiro do ciclo de presidentes militares do regime iniciado em 1964. Foi para o ostracismo com a ascensão do marechal Costa e Silva. Mas não Passarinho, que, pelo contrário, foi chamado ao novo ministério. Os “castelistas” passaram a tratá-lo por traidor. O acerto de contas veio com a presidência do general Ernesto Geisel. Passarinho foi superado por Alacid graças à interferência de Brasília (que, mudando outra vez de rumo, não foi suficiente para dar a vitória aos “jarbistas” na eleição de 1982).

O fim de ambos foi antecipado pelas alianças que precisaram estabelecer com o antigo desafeto. Primeiro, Jader Barbalho liquidou Alacid. Depois, Passarinho. E ainda continuou a ter boas relações com ambos. Um novo coronel se estabelecia no poder. Mais competente, nas artimanhas da política, do que os anteriores.

sábado, 24 de setembro de 2011

Miniempresa é inaugurada em Juruti para desenvolver talentos de jovens



Os jovens empreendedores de Juruti ganharam um lugar especial para desenvolver seus talentos. O município já faz parte do “Programa Empresários para o Futuro”, uma parceria entre a Alcoa, a entidade sem fins lucrativos Junior Achievement e empresários locais. Os estudantes de Juruti aprenderão a gerenciar uma miniempresa de cabides de alumínio. O Programa, que já tem cerca de 20 anos nas unidades da Alcoa, reúne funcionários em um trabalho voluntário de consultoria para os adolescentes que participam da miniempresa.

Em Juruti, foram selecionados 25 estudantes do Ensino Médio, com idade entre 14 e 17 anos, para aprender na prática noções de recursos humanos, produção, finanças e marketing. De acordo com a analista de Relações Comunitárias e coordenadora do Programa, Anne Dias, a miniempresa proporcionará aos jovens a experiência prática em economia e negócios na organização e operação da fábrica de cabides.

“São 12 alcoanos voluntários de várias áreas, chamados de conselheiros. Semanalmente os estudantes serão acompanhados por esses profissionais para aprenderem a lidar com uma organização empresarial. Os jovens irão gerenciar todo o processo produtivo, desde a fabricação dos cabides, passando pela administração e elaboração do plano de negócios para que o produto seja comercializado com sucesso”, explica a cordenadora.

A seleção para a primeira turma da miniempresa foi realizada nas escolas públicas Emanuel Salgado Vieira e Vereador Raimundo de Souza Coelho, priorizando adolescentes que demonstrassem interesse pelo assunto e tivessem perfil empreendedor. O engenheiro de Produção, Bruno Moreira, será conselheiro em sua área. Sua consultoria será sobre a linha de montagem dos cabides. “Como eu trabalho na área de qualidade da Alcoa, o ABS - sistema de negócios da Companhia, que visa melhorar a produtividade eliminando o desperdício,estarei ligado diretamente à aplicação de ferramentas que produzam qualidade aos cabides fabricados na miniempresa”, afirma.

A miniempresa está em funcionamento no Km 2 na Unidade da Alcoa em Juruti. A primeira turma segue no Programa até Dezembro deste ano. O próximo processo seletivo acontecerá em 2012.(Fonte: Ascom/Alcoa)