Até o próximo dia 22 de março, eleitores brasileiros de pelo menos 21 cidades do interior do país terão de voltar às urnas para escolher os novos prefeitos. Nesses municípios, os candidatos eleitos (com mais de 50% dos votos válidos) em 5 de outubro do ano passado tiveram suas candidaturas impugnadas e os votos anulados.
Quando mais da metade dos votos são anulados, a Justiça Eleitoral deve convocar nova votação. No caso das cidades em que o primeiro colocado não teve mais de 50% dos votos válidos, o segundo colocado é empossado como prefeito. Nos municípios onde está marcado novo pleito, os presidentes das câmaras de vereadores assumem a prefeitura provisoriamente.
Para Cláudio Weber Abramo, diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, episódios como o dos 21 municípios onde ocorrerão novas eleições até o final de março refletem a “extraordinária lentidão” da Justiça brasileira.
Em sua avaliação, os eleitores desconhecem que há candidaturas impugnáveis. “A informação chega muito poluída pelas defesas e ataques [da campanha eleitoral]. Não há órgãos de comunicação [locais] independentes o necessário”, lamenta Abramo.
“A população não tem informação suficiente sobre os candidatos, sobre o desempenho dos políticos de um modo geral. Como esperar que o eleitor vote bem se não tem informação?”, pergunta o diretor executivo da ONG Transparência Brasil.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário