Durante o seminário de Direito Ambiental, realizado mo final do mês de junho, em Santarém, o técnico do Ministério Público do Pará, engenheiro Dilaelson Tapajós, afirmou que se forem construídas sete usinas no rio Tapajós, conforme está planejado pela Eletronorte, poderá ocorrer a alteração da cor das areias das praias de Santarém devido à invasão da água barrenta do rio Amazonas sobre as águas azuis do rio Tapajós.
De acordo com a promotora ambiental do Ministério Público Estadual, Lilian Braga, a construção das usinas de Belo Monte e da bacia do Tapajós, precisa ser planejada e fomentada. "Sabe-se que é uma obra muito desejada pelo país. Então deve ser analisada para não prejudicar o que temos de melhor, que é a nossa natureza, ou seja, precisa ser respeitado", explicou.
Ela enfatiza que atividade econômica, é um processo que precisa ser seguido. "Esse processo o Ministério Público Estadual e Federal, tem buscado atenção. Há uma necessidade de respeitar as atividades econômicas, que devem ser sustentáveis. As comunidades que estão em torno desses projetos serão atingidas de alguma forma, por isso é necessário uma avaliação para ter um convívio adequado", definiu.
Lilian Braga completa que qualquer projeto que atinja direta e indiretamente uma comunidade, bioma, manancial hídrico, deve ser planejado, conforme prevê a legislação quanto a licenciamento ambiental e toda sua forma de instalação. "Deve ser visto o relacionamento com a comunidade, qual atividade sustentável a ser proposta e a avaliação dos danos que serão causados, e o que pode ser minimizado", explicou à promotora. E completa: que tem se identificado muitos projetos na região, trabalhados de maneira inadequada, encontrando vários danos causados.
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