domingo, 19 de junho de 2011

Belo Monte começa enfrentando resistência

Lúcio Flávio Pinto
Articulista de O Estado do Tapajós

O terceiro grande rio da Amazônia vai começar a ser desviado do seu curso natural para a construção de uma barragem de alta queda. Depois da hidrelétrica de Tucuruí, no Tocantins, e de Jirau e Santo Antônio, no Madeira, será a vez do Xingu receber a usina de Belo Monte. Somadas, elas terão um potencial de geração de energia equivalente a tudo o que está previsto para ser construído durante a vigência do novo Plano Decenal.
Se já estivessem funcionando, as quatro hidrelétricas amazônicas atenderiam a mais de um quarto do consumo nacional de energia (hoje, são 8%). E pelo menos mais cinco terão sua construção iniciada ainda nesta segunda década do século XXI. Assim, estará selada a “vocação” imposta à Amazônia, de ser província energética nacional?

Apesar de toda reação desencadeada no curso de cada um desses barramentos, o governo acabou consumando o seu propósito, de prosseguir na busca da exaustão da capacidade energética dos rios da Amazônia. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) concluiu o licenciamento de implantação de Belo Monte na semana passada. Ignorou as advertências do Ministério Público Federal, contrário à concessão da autorização para o início efetivo das obras civis da usina, com a formação da ensecadeira de terra, e as reclamações de várias ONGs a instâncias internacionais, como a OEA e a ONU.

O governo está certo de que este é o melhor caminho para manter o ritmo de desenvolvimento do Brasil e que grande parte da argumentação contrária deriva do interesse de competidores do país no mercado mundial. Eles não querem que o Brasil seja uma potência internacional, posição que lhe seria assegurada pela ampla disponibilidade de energia, em especial de fonte hídrica, mais limpa e mais barata. Acha que já houve debate suficiente. Não está mais disposto a sujeitar sua vontade categórica às suscetibilidades de uma controvérsia nacional.

A Câmara dos Deputados convocou na semana passada, em Brasília, uma audiência pública para debater a hidrelétrica. Todos os convidados compareceram, exceto os que não podiam faltar: o governo federal, responsável pela concessão da obra, e o consórcio Norte Engenharia, vencedor da concorrência para construir a usina. Sem as duas presenças, o encontro se frustrou.

Tem sido esta a regra. Sempre que julgam desfavorável a situação, os responsáveis pelo empreendimento evitam o confronto e escapam à controvérsia. A história do projeto de aproveitamento energético da bacia do Xingu, com um dos maiores potenciais de geração do país, tem sido de desvios e ziguezagues.

As pedras de maior volume no caminho da execução do projeto foram atiradas pelo Ministério Público Federal do Pará. Em 10 anos, o MPF ajuizou 1l ações contra a realização da obra. Ganhou a maioria das iniciativas em primeira instância, mas perdeu todos os recursos no Tribunal Regional Federal. O juiz federal singular se sensibiliza pelos argumentos apresentados, mas o relator na instância superior e o colegiado revogam as decisões proferidas.

Depois de tantos entreveros judiciais, a Norte Engenharia representou contra o mais destacado dos seus adversários dentre os procuradores da república baseados em Belém, Felício Pontes. O Conselho Nacional do Ministério Público está apreciando a alegação da empresa, de que o procurador não tem isenção de ânimo para continuar a defender o interesse público no contencioso.

As provas? O que ele escreve contra Belo Monte no seu blog (hereticamente acoplado ao portal do MPF, segundo o entendimento dos denunciantes, que têm, contudo, seu próprio blog no portal do governo) e o que declara à imprensa, sempre disposta a ouvi-lo e lhe reservar bons espaços. A Norte Energia quer convencer os pares do procurador que ele se tornou obsessivo no combate a Belo Monte, não importando os motivos que possa vir a apresentar.

A empresa tem o direito de suscitar a suspeição de Felício Pontes por parcialidade, tendenciosidade ou interesse pessoal na causa. Mesmo que ele seja afastado, porém, é certo que seu substituto, do quadro do MPF no Pará, dará continuidade às demandas contra o projeto. Ele só prosseguirá se os recursos dos seus executores continuarem a ser acolhidos pelos tribunais.

Com a liberação do Ibama, finalmente, o rio Xingu começará a ser desviado do seu curso natural pela primeira grande intervenção humana no seu leito: a ensecadeira de terra. Não significará, entretanto, que a opinião pública estará convencida do acerto do projeto.

Depois de 35 anos de estudos e levantamentos de campo, pode-se perceber que a trajetória irregular de Belo Monte se deve tanto à resistência dos seus críticos e adversários quanto às inconsistências e inseguranças dos idealizadores da obra.

Quando não puderam evitar o debate público, imposto pela própria legislação ambiental, através das necessárias audiências públicas, que antecedem o licenciamento, eles recuaram em certos momentos e modificaram o desenho da hidrelétrica. Deram motivos, portanto, para o ceticismo, a desconfiança, a dúvida e a própria condenação ao projeto.

Na posição oposta, os “barragistas” e seus aliados desacreditam os adversários apontando-os como quintas colunas, defensores de interesses – ocultos e ilegítimos – de alienígenas, em especial de concorrentes do Brasil, e de serem “ecoloucos” ou, quando nada, poetas, visionários, pessoas completamente desligadas da realidade, desconhecedoras do que é construir uma grande usina de energia. Daí o tom arrogante e auto-suficiente dos engenheiros, como na representação contra o procurador federal paraense. Como o assunto é técnico demais, os engenheiros excluem do seu âmbito os não-iniciados na ciência da construção.

Abstraia-se toda a questão ecológica e etnológica. Admita-se, em princípio, que os “barragistas” têm razão: o represamento do Xingu não irá causar grandes danos ambientais (todos passíveis de prevenção ou reparação) e que o prejuízo às comunidades indígenas atingidas será mínimo, assim como à população de Altamira, a maior cidade da região, situada às proximidades das barragens. O balanço dos prós e contras de mais esse aproveitamento hidrelétrico seria, assim, superavitário. Logo, ele tem que ser executado. Para o bem de todos e felicidade geral da nação.

Mas funcionará mesmo? Esta pergunta, elementar, continua sem resposta. Na concepção original, Belo Monte, para ser viável, teria que contar com outros reservatórios a montante do rio. As três barragens previstas, anteriormente, inundando uma área cinco vezes superior à de Tucuruí, responsável pelo segundo maior lago artificial do Brasil, acumulariam água no inverno para suprir a usina durante o verão amazônico, quando a estiagem reduz o volume do Xingu em 30 vezes.

Sem essas bacias de acumulação rio acima e com a redução do lago da própria usina, Belo Monte não terá água suficiente para funcionar durante metade do ano. Por isso, sua potência firme (a energia disponível em média) será inferior a 40% da capacidade nominal, abaixo do ponto de viabilidade.

Para que o lago formado pela barragem de Belo Monte fosse o menor possível, foi necessário formar reservatórios nos dois canais artificiais de desvio de água para a casa de força, onde estarão as enormes turbinas de energia, 40 quilômetros rio abaixo, as maiores do mundo. A formação desses canais exigirá mais concreto do que o usado no Canal do Panamá, uma das maiores obras da engenharia mundial. Tais muralhas garantirão que não haverá vazamentos? É mais uma dúvida.

Uma – dentre tantas – que fizeram o orçamento de Belo Monte subir de 19 bilhões para 25 bilhões e, agora, 28 bilhões de reais, já chegando às estimativas mais pessimistas, de R$ 30 bilhões, que seus construtores diziam ser um absurdo. E sem contar mais uns 15 bilhões (ou 20?) na enorme linha de transmissão de energia, de três mil quilômetros, que não está incluída no cômputo da Norte Energia.

Fica, pois, a pergunta seminal: Belo Monte é viável mesmo? Como certos críticos têm procurado demonstrar, há dúvidas de natureza puramente técnica quanto à viabilidade operacional e econômica da usina. O aproveitamento energético da bacia do Xingu talvez seja a mais demorada e acidentada das trajetórias já registradas nos anais da construção de barragens no Brasil, que é um dos países com maior tradição nesse tipo de engenharia em todo mundo.

Até hoje nenhuma pá de areia foi lançada sobre o leito do rio para fazer surgir aquela que devia se tornar a terceira maior hidrelétrica do planeta, apesar de centenas de milhões de reais já gastos e de centenas de milhares de folhas de papel escritas a respeito.

O Ibama havia dado apenas uma licença ambiental prévia, no ano passado. O passo seguinte seria a concessão da licença de instalação. Mas havia tanta polêmica e litígio judicial que foi necessário inovar no rito processual e inventar uma etapa intermediária, a licença de implantação parcial. O consórcio construtor, a Norte Energia, pôde montar o canteiro da obra, mas não executá-la. Desde o dia 1º já pode colocar mãos à obra, ainda que tenha sido novamente questionado pela 11ª ação do MPF.

O estranho é que, três décadas depois do início dos primeiros levantamentos de campo sobre o potencial hidrelétrico da bacia, o projeto ainda provoque tantos questionamentos – e seus críticos aleguem que a decisão de construir a usina até hoje não foi debatida com a sociedade. Continuaria a ser uma caixa preta – ou de pandora. Dela, tudo poderia sair. Sobretudo, surpresas desagradáveis.

Em 1989, quando o governo era dono do projeto e imaginava estar prestes a colocá-lo em prática, Tuíra, uma índia da tribo guerreira dos Kayapó, esfregou seu terçado no rosto do assustado engenheiro Muniz Lopes, diretor da Eletronorte, durante o I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu. A imagem – de grande impacto visual e denso significado simbólico – correu mundo.

Era a civilização autoritária e insensível que tentava impor seus dogmas materiais (o “desenvolvimento”) sobre os direitos de povos ancestrais, abusando do seu poder e tecnologia. Ressurgências do sentimento de culpa original dos colonizadores brancos em relação ao bom selvagem rousseauniano bloquearam a continuidade do empreendimento. Tuíra venceu com seu facão as pesadas máquinas da Eletronorte.

Dez anos depois o projeto retomou o seu recurso, remodelado. Não era mais a visão categórica e impositiva dos regimes militares (que haviam chegado ao fim quatro anos antes). Por ela, o Xingu receberia seis barragens para gerar 20 mil megawatts de energia, à custa de inundar uma área de 18 mil quilômetros quadrados, quatro vezes e meia mais do que o maior lago artificial do país, o reservatório da hidrelétrica de Sobradinho, no rio São Francisco.

Ao invés disso, uma única barragem, já no baixo curso do rio, um dos afluentes do monumental Amazonas. E o reservatório seria reduzido a menos de 10% da previsão inicial, ou 1.225 mil quilômetros quadrados. Na verdade, menos ainda: descontando-se a área que o próprio Xingu inunda durante metade do ano, seriam 516 km2, dos quais tão somente 228 km2 seriam no próprio leito do rio (os outros 134 km2 resultariam do alagamento ao longo dos canais, que desviarão a água do seu curso natural para a imensa casa de força da usina, 40 quilômetros abaixo.).

Cada megawatt gerado por Belo Monte inundaria apenas 0,005 km2 contra uma média nacional de 0,49 km2. Para poupar a floresta, a cidade de Altamira e as terras indígenas de alagamento, a usina teria o menor de todos os reservatórios possíveis.
Em conseqüência, não poderá armazenar água no inverno para usar no verão, quando as vazões do Xingu chegam a diminuir 30 vezes. O regime de funcionamento da hidrelétrica será de água corrente, a “fio d’água”, como dizem os barrageiros.

É o que explica a grande diferença entre o que ela pode gerar no máximo, usando suas 20 máquinas (11.233 megawatts), e sua potência média, de 4.571 MW, descontando os meses em que ficará parada ou produzindo pouco. A relação é inferior ao ponto de viabilidade desse tipo de empreendimento, que é de 50%. Daí tantas dúvidas sobre a rentabilidade do negócio.

A perda de faturamento por causa dessa opção (a alternativa seria formar o maior lago possível para elevar a potência firme, garantindo o lucro do negócio) será de 300 milhões de reais ao ano, 50% a mais do que a compensação que será paga anualmente aos municípios afetados pela obra, o maior valor de indenização de uma obra pública na Amazônia.

Aparentemente, estaria atendida a principal crítica aos empreendimentos hidrelétricos na Amazônia, que provocam grandes inundações, como em Tucuruí, no Tocantins, também no Pará (3.100 km2) e Balbina, no Uatumã, no Amazonas (2.430 km2). Minimizar o impacto ambiental no Xingu foi tão prioritário que pode ter comprometido a viabilidade econômica do projeto. Por que, então, a obra continua sob tiroteio tão intenso, dentro e fora do Brasil? É outra pergunta à espera da resposta satisfatória. Por isso, a novela prosseguirá.

Santarém se prepara para virar sede do Governo do Pará

Ações do Pro-Paz Cidadania atenderam mais de 4 mil pessoas em Santarém. Foto: Agência Pará


A programação do Governo do Estado para as comemorações do aniversário de 350 anos de Santarém já começou. Na manhã de ontem, uma megaoperação do Pró-Paz Cidadania se instalou na cidade oferecendo mais de 20 serviços para a população. Além de atividades tradicionais nesses eventos, como corte de cabelo e emissão de documentos, também são feitas consultas gratuitas com médicos oftalmologistas, cardiologistas, pediatras e clínico geral.

Santarém será a sede administrativa do Governo do Estado, nos próximos dias 20, 21 e 22. Educação, saúde, segurança pública, desenvolvimento socioeconômico, saneamento e turismo estão entre as áreas que receberão ações do governo durante esses três dias. Inaugurações, visitas e audiências estão no roteiro da programação itinerante de Simão Jatene. Serão cerca de 30 eventos, com a presença de 15 secretários de Estado.

Destacam-se a autorização para a reabertura das obras da Cosanpa, que permitirá mais de 6 mil novas ligações e beneficiará cerca de 60 mil pessoas. A ação é a concretização de um compromisso de campanha de Jatene, de finalizar diversas obras paradas do governo passado. O lançamento do projeto de um Centro Convenções, similar ao Hangar de Belém, idealizado para fomentar o turismo de negócios no município, é um dos eventos mais aguardados.

Jatene também entregará 15 máquinas de hemodiálise para o Hospital Regional de Santarém. Com a chegada das novas máquinas, a capacidade de atendimento do hospital será duplicada, beneficiando a população de Santarém e municípios vizinhos. A ação é também o cumprimento de meta estabelecida na Agenda Mínima do Governo, que prevê a instalação de 100 máquinas no Pará. Simão Jatene também irá anunciar a ampliação do estádio Colosso do Tapajós e manter audiência com empresários de Santarém e municípios próximos.

Confira no link abaixo a programação completa do governador em Santarém.

Fonte: Agência Pará

sábado, 18 de junho de 2011

80 mil pessoas presentes ao Mangueirão no Centenário da Assembléia de Deus

 
"O tempo de Daniel Berg, de Gunnar Vingren passou, agora é o meu, o seu, o nosso tempo de levar a igreja adiante". Ao usar essa linguagem forte em seu pronunciamento para um público de cerca de 80 mil pessoas no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, o pastor carioca Silas Lima Malafaia enfatizou a necessidade de cada membro da Assembleia de Deus fazer uma autocrítica sobre as conquistas e erros verificados na trajetória dessa igreja pentecostal, porque os 100 anos de fundação da AD, comemorados hoje, marcam a arrancada para uma nova etapa da igreja iniciada em Belém. 

Malafaia fez questão de ir no ponto central da missão de cada membro da igreja pentecostal que é o de levar a palavra de Deus aos homens no mundo, por ser "o único meio de se evitar o pecado". "Este é um momento de privilégio e de responsabilidade para todos nós", observou o pastor, referindo-se à incumbência da "geração do Centenário" tem para com as futuras gerações de brasileiros. Além das arquibancadas no estádio, o espaço do gramado do Mangueirão foi utilizado para receber os fiéis, que aplaudiram muito a pregação da Silas Malafaia, ladeado pelo presidente da Assembleia de Deus, pastor Samuel Câmara, bem como exibição de artistas gospel, corais e outras atrações da noite de véspera da data do centenário, referente ao dia 18 de junho de 1911. 

Além de carreata pelas ruas de Belém hoje de manhã, a partir das 19 horas, no Mangueirão, haverá celebração com a presença de pastores de todo o País, incluindo o pastor Reinhard Bonnke. O governador Simão Jatene, o prefeito Duciomar Costa e o senador Fernando Flexa Ribeiro confirmaram presença. O arcebispo metropolitano de Belém, dom Alberto Taveira, foi convidado pelo comitê organizador do Centenário, e deverá comparecer à celebração de hoje.

Ao abrir a programação de ontem à noite, o pastor Samuel Câmara enfatizou a participação maciça das igrejas do Pará e de outros Estados nas comemorações. Câmara ressaltou a cobertura jornalística da Imprensa ao longo da semana sobre os eventos comemorativos dos 100 anos. "Interpretar o Hino Nacional nesta festa do Centenário é uma alegria ímpar porque é o meu país, é a minha igreja", afirmou, emocionada, a cantora soprano Alfa de Oliveira, com 21 anos de carreira. 

A participação feminina na festa do Centenário e no dia a dia da Assembleia de Deus foi ressaltada por Rebeca Câmara, mulher do pastor Samuel Câmara e responsável pela parte musical e coreográfica da celebração. "A Assembleia de Deus não ordena mulheres, mas as mulheres têm um papel muito importante nas ações da igreja, tanto que ontem (anteontem) uma mulher fez a pregação na abertura da celebração no Mangueirão, a irmã Helena Raquel, do Rio de Janeiro", afirmou.

Pregação lota o Centro de convenções - Mais de 22 mil pessoas participaram, ontem pela manhã, do culto de celebração e comemoração ao centenário da Assembleia de Deus, no Centro de Convenções da igreja, localizado na avenida Augusto Montenegro. A celebração foi dividida em duas partes com pregação do pastor Samuel Câmara, presidente da Assembleia de Deus. O centro ficou pequeno diante de tantos fiéis que foram louvar, adorar e agradecer a Deus. As pessoas eram de várias partes do Brasil. 

A aposentada Maria da Silva, 60 anos, está em Belém desde quinta-feira com os três filhos e o marido. Ela é do município Palmas, no Tocantins, e disse estar contente em comemorar o centenário com um culto especial celebrado pelo pastor Samuel. "Foram horas de viagem, mas chegamos bem e felizes. Sabendo que Deus sempre protegerá a todos", comentou.

O culto especial começou por volta das 8 horas, mas algumas pessoas chegaram cedo para não perder nenhum momento da pregação. A dona de casa Lurdes Monteiro chegou ao Centro de Convenções às 6 horas. Ela mora no distrito de Icoaraci e foi acompanhada das filhas e do genro. Lurdes faz parte da Assembleia de Deus há 18 anos. "A celebração do centenário é muito importante para todos que fazem parte da igreja. A minha vida e o meu jeito de enxergar o mundo mudou depois que conheci Jesus", contou. 

Iasep reinaugura agência e oferece novos serviços em Santarém

O presidente do Iasep, Kleber Miranda, entrega na quarta-feira, dia 22, a agência do órgão em Santarém revitalizada e anuncia os novos serviços aos segurados do instituto, como cardiologia e odontologia

Serão oferecidos, também, exames de  ultrassom, raio-x, cirurgias e internações. Uma clínica irá oferecer os serviços especializados em ortopedia para os segurados do Plano.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Capa da edição impressa de 18 de junho de O Estado do Tapajós

Prodetur é tema de encontro entre o presidente da Paratur e representantes do BID


O presidente da Companhia Paraense de Turismo, Adenauer Góes, esteve reunido nesta quarta-feira, 15, com representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para tratar do Programa Nacional de Desenvolvimento  do Turismo (Prodetur), executado no Pará pela Paratur. O encontro ocorreu no início da manhã, na sede do BID em Brasília, com participação de Joseph Milewski, representante oficial da instituição.

Durante o encontro Adenauer expôs detalhes da execução do Prodetur Pará, que prevê investimentos nos pólos Marajó e Tapajós. Entre as ações, incluindo as obras que vêm sendo desenvolvidas nos municípios, destaque para o Workshop Prodetur – Projetos Prioritários para os Polos Belém, Tapajós e Marajó, que vem percorrendo as principais localidades dessas regiões desde o início do ano.

Entre as ações do Prodetur destacam-se a avaliação ambiental estratégica do Polo Tapajós, projetos de infraestrutura, fortalecimento da gestão de turismo e criação do Banco de Dados do Turismo no Pará.

Fomento - O Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo foi criado pelo governo federal com o objetivo de fomentar um dos setores que mais contribui, com geração de divisas, renda e emprego à população das regiões que apresentam esse potencial. Conta com recursos do Ministério do Turismo e tem projetos tanto em fase de execução quanto de aprovação, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID.

No Pará, dos seis pólos definidos pela política estadual de turismo, o Prodetur abrangerá três, nos seguintes municípios: Belém: Belém (região continental e insular - Mosqueiro, Caratateua/ Outeiro, Combu e Cotijuba); Tapajós: Santarém e Belterra; e Marajó: Soure, Salvaterra e Ponta de Pedras.

Os critérios para inserção desses municípios no Prodetur considerou o fluxo de turistas nacionais e internacionais já existente nessas cidades; o baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nas áreas insulares de Belém e no arquipélago do Marajó, e a indicação, pelo Ministério do Turismo, de Santarém e Belém como cidades indutoras da atividade turística no país (dos municípios brasileiros, apenas 65 cidades foram selecionadas pelo MTur).

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Pedido à justiça afastamento da diretoria do São Raimundo

Por Miguel Oliveira

Exclusivo. O advogado Jose Edibal Cabral ingressou hoje com ação de descumprimento de obrigação estatutária com pedido de liminar para o afastamento da diretoria do São Raimundo Esporte Clube.

O processo número 0011335-05.2011.814.0051 já está tramitando na 3a. Vara da Comarca de Santarém.

Cabral pede a concessão de liminar para que uma junta  governativa, presidida por ele, assuma o comando do clube até a convocação de novas eleições para a diretoria do Pantera.

Além de Edibal Cabral, fariam parte da junta governativa, se a liminar for concedida, Arnaldo Lopes, Herbert Farias, Rubens Miranda Chagas, Oti Silva Santos, Sando Lopes e Pedro Moreira de Souza.

Assista ao debate na GloboNews sobre a criação de novos estados


Para assistir, clique neste link: Novos estados

Edição em PDF de O Estado do Tapajós

O grande ausente

Lúcio Flávio Pinto

Durante vários dias Romulo Maiorana Jr. conclamou a população para participar da caminhada contra a corrupção, como líder do movimento pela moralidade pública. Acabou não indo. Melhor assim: não viu o fracasso da iniciativa, que lança um grave débito na conta da OAB.

Leia o artigo completo aqui.

Comandantes do oeste do Pará querem UPP em Santarém

Do Blog Saiba das Coisas

Na última segunda feira (13) , o comandante geral da PM do Estado do Pará, coronel Mário Alfredo de Sousa Solano , recebeu em seu gabinete os comandantes do CPR-I, coronel Eraldo Sarmanho Paulino e o Comandante da 12ª CIPM ,sediada na cidade de Oriximiná, o capitãoMarcelo Ribeiro Costa.
No encontro, foram tratados assuntos de interresse da segurança pública  da região , tais como: fortalecimento da filosofia de Policia Comunitária, PROERD( Programa Educacional de Resistencia a Drogas e Violencia ) e aquisição de novas viaturas para dar maior suporte às ações da Policia Militar.
Na oportunidade o nº 1 da PMPA, gravou em video uma mensagem que será exibida  aos 240(duzentos e quarenta) alunos do PROERD que se formarão nesta sexta feira (17) ,em Oriximiná.
Os dois comandantes também trataram da possibilidade da implantação da UPP ( Unidade Pró Paz) em Santarém , que será a primeira a ser estabelecida no interior do estado.

PMDB de Santarém terá compensações


Para tentar manter o PMDB na base aliada, o governo da prefeita Maria do Carmo vai oferecer ao PMDB duas secretarias municipais para compensar a perda da secretaria de saúde ocorrida com a saída do vice-prefeito José Antônio Rocha daquela pasta.

A secretaria de saúde, conforme antecipou O Estado do Tapajós, voltará a ser naco do PT. Os nomes apresentados pelo PMDB para o cargo foram rejeitados e por isso, para que não hava rompimento entre os dois partidos, além de já contar com a pasta de transportes, o PMDB seria contemplado com as secretarias de agricultura e segurança cidadã.

Mojuí ganhará posto da Adepará


O futuro município de Mojuí dos Campos, cuja eleição municipal já acontece no próximo ano, ganhará sua primeira representação de um órgão estadual: o posto da Adepará.

A instalação ocorrerá durante a visita de 3 dias que o governador Simão Jatene fará na próxima semana a Santarém.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dilma e Sarney recebem reivindicações de Simão Jatene

Agência Pará:

O Governador do Pará, Simão Jatene, esteve reunido nesta quarta-feira (15) com a Presidente Dilma Rousseff, em Brasília, integrando uma comitiva formada por todos os governadores dos Estados do Norte e Nordeste. Eles levaram uma carta com dez pontos que atendem interesses comuns para as duas regiões na proposta de reforma tributária no país, classificada como urgente pelos chefes dos executivos estaduais. A mesma proposta foi levada ao Presidente do Congresso, senador José Sarney, logo após a reunião no Palácio da Alvorada. A agenda de reuniões começou por volta das 9h.
Segundo Simão Jatene, Dilma e Sarney foram bastante receptivos às propostas, mas deixaram claro que os pontos serão ainda avaliados pelas equipes técnicas do Governo. Após as reuniões, Jatene adotou cautela na avaliação dos encontros. “Saio esperançoso. A conversa que tivemos com a presidenta Dilma foi muito franca, muito fraterna e republicana. A verdade é que estamos começando um movimento muito rico, que é ter a Amazônia e o Nordeste juntos neste debate. E está muito claro para nós de que não dá para avançar da forma como está. Se nada for feito, os Estados e o país serão prejudicados”, afirmou Jatene.

Entre as reivindicações dos governadores está a redução das alíquotas interestaduais a 0%, ou seja, que 100% do ICMS tenha recolhimento no seu destino. Esta é uma das principais reclamações dos Estados do Nordeste. “Só mexendo em várias equações que conseguiremos pactuar, podemos zerar a alíquota, mas o que vamos ganhar de compensação? Será na compensação da Lei Kandir, na revisão do indexador das dividas, por exemplo. São pontos que geram efeitos diferentes nos Estados e fazendo várias equações chegamos ao que pode ser positivo para todos”, destacou Jatene.

Um ponto fundamental ao Pará e que integra a lista das reivindicações dos governadores é a inclusão na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) dos valores a serem pagos aos Estados exportadores, caso do Pará. “Hoje é uma discussão de todos os anos e trata-se de um processo penoso”, disse Jatene.
 
Para Simão Jatene, é urgente a necessidade da União em atender as reivindicações para que se crie um modelo de desenvolvimento para as duas regiões. Hoje, os Estados praticam a chamada guerra fiscal para atrair empresas, gerando batalhas jurídicas após a concessão dos benefícios. “Cada vez mais os governadores estão convencidos de que a guerra fiscal bateu no teto. E isto mesmo que ela ainda possa ser entendida como um instrumento compensatório pela falta de uma política de desenvolvimento regional, e de certo modo até uma demonstração clara da falência do pacto federativo”, analisou Jatene.
 
Senado
Na reunião com o senador José Sarney, os governadores tiveram o apoio do presidente do Congresso para que sejam compartilhados entre os Estados de todo o país os royalties do Pré-Sal. “Eu já tenho opinião a respeito disso. Não se pode prejudicar o que já foi concedido, mas daqui para frente tem que ter uma distribuição mais racional. Temos que encontrar uma forma na qual a riqueza do pré-sal possa ser redistribuída por todo o país”, afirmou José Sarney.

O Governador Simão Jatene compartilha da mesma opinião. “É possível que através dos debates os governadores cheguem num consenso, numa proposta mais equilibrada que contemple todo mundo. Hoje os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo são contra a divisão igualitária. Mas é possível então dividir e não ter perda para os três estados produtores? Sim, é possível. O que não se pode é deixar patamares abaixo do que já foi alcançado pelos produtores. E isto pode ser feito”, destacou Jatene.

A proposta dos governadores é de que 40% dos recursos fiquem com a União e 60% com Estados e municípios. Assim, os produtores Rio de Janeiro e Espírito Santo não perderiam a média dos últimos cinco anos, de R$ 9 bilhões, e com o crescimento da produção de petróleo não perderiam receitas no futuro – apenas ganhariam menos. Os valores contabilizam o barril do petróleo a US$ 70.
 
Outras reivindicações que integram a pauta dos governadores da Amazônia e do Nordeste para a reforma tributária são: a convalidação dos benefícios fiscais existentes, na forma da legislação de cada Estado, até que aprovada uma reforma tributária ampla ou fatiada; adoção de uma política de desenvolvimento com tributos federais, de forma que empresas instaladas em localidades menos desenvolvidas, notadamente na Região Nordeste e Norte, sejam incentivadas com alíquotas reduzidas do IPI, IR, PIS e Cofins; modificação da tributação das operações interestaduais não presenciais, inclusive aquelas realizadas na modalidade de comércio eletrônico, destinadas ao consumidor final – pessoa física ou jurídica – igualando-se ao tratamento dado às operações entre contribuintes do imposto; normatização do Fundo de Participação dos Estados (FPE) imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em recente decisão que julgou inconstitucionais dispositivos da LC 62/89, de forma que não haja redução nas receitas hoje existentes, preservando-se a reserva de 85% historicamente destinada aos Estados menos desenvolvidos; alteração do atual indexador da dívida dos Estados, passando-se a adotar o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 2% ao ano.

Redivisão do Pará: População diretamente interessada

Carlos Emídio
Auditor Fiscal do Município de Santarém

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 18, parágrafo 3.º, determina que: “Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.”

A Lei 9.709/98, que regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 da Constituição Federal, no artigo 7.º, determina que:
“Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4o e 5o entende-se por população diretamente interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento; em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da população consultada.”

A primeira parte do referido artigo da lei citada obstruiu o desmembramento de Estados e Territórios, uma vez que, ao definir o que se entende por população diretamente interessada, inviabiliza o plebiscito, pois contraria as três etapas previstas no parágrafo retro:
Primeira Etapa: Consulta via plebiscito da população diretamente interessada;
Segunda Etapa: Consulta via oitiva da Assembléia Legislativa;
Terceira Etapa: Lei Complementar do Congresso Nacional, aprovando o desmembramento.

O artigo 7.º indica que o legislador ordinário, ao dizer o que se deve entender por população diretamente interessada diante do desmembramento, quis dirimir uma suposta controvérsia acerca do significado e alcance da consulta plebiscitária, inclusive, contrariando as jurisprudências do STF e do TSE, as quais já interpretaram o questionado termo em diversas oportunidades.

Na subdivisão e na incorporação, a consulta plebiscitária é feita com TODA a população de cada um dos Estados que pretendem subdividir-se ou incorporar-se. Já o desmembramento é totalmente diferente: apenas uma (ou mais) parte do Estado requer a redivisão do território, de modo que o restante não quer a separação. A população da parte a ser desmembrada é a diretamente interessada, pois é ela que pleiteia poderes derivados-decorrentes da Constituição Federal para constituir uma nova entidade federativa.

No dizer de José Afonso da Silva, renomado constitucionalista pátrio: “Desmembramento de Estado, portanto, quer dizer separação de parte dele, sem que ele deixe de ser o mesmo Estado. Continua com sua personalidade primitiva, apenas desfalcado do pedaço de seu território e população separados. A parte desmembrada poderá constituir novo Estado, ou anexar-se a outro, ou formar Território Federal. População diretamente interessada, no caso, é a da parte desmembrada, é a da parte que quer separar-se.< Portanto, como os Estados, por princípio, não têm interesse em se desfazer de parte do território, consequentemente, também, não têm interesse em chamar a população para decidir em plebiscito proposta de cisão do território.


Diante das exposições, não tem qualquer fundamento a alegação dos defensores “antitapajônicos” e “anticarajaenses” de que população diretamente interessada é a totalidade do território a ser desmembrado. Não cabe, ainda, estender a interpretação da jurisprudência do STF, relativa aos municípios, para os Estados.

Debate: Redivisão do Pará


Lúcio Flávio Pinto

Inauguro nesta edição um espaço reservado ao debate sobre a redivisão do Pará com o depoimento de um personagem tão importante quanto desconhecido do grande público paraense: o mineiro Armando Cordeiro. Ele foi um dos geólogos com participação decisiva na abertura da segunda grande fronteira de mineração na Amazônia, na formação mais antiga (do pré-cambriano) da margem direita da bacia do rio Amazonas. A província de Carajás foi a jóia dessa coroa, lapidada por profissionais que, como Armando, vieram, sobretudo, de Minas Gerais e de São Paulo, unindo-se aos nativos numa saga ainda à espera de sua história integral.
Por força do seu ofício, Armando palmilhou (no exato significado da palavra) toda a região que constitui o proposto Estado de Carajás, no sul e sudeste do Pará. Ele partilha a posição deste jornal de que o projeto aprovado pelo Congresso Nacional para ir a plebiscito está cheio de erros, vários deles graves, ainda que sirva a uma causa nobre ou inevitável: a redefinição dos limites do Pará. Infelizmente, o texto do projeto de Carajás não poderá mais sofrer mudanças a partir da consulta popular. A lacuna se estende ao projeto do Tapajós, também sancionado pelo parlamento.
O plebiscito é um momento de decisão, não de reflexão. Tendo em vista as falhas gritantes dos dois projetos, o que de melhor se possa esperar é que a votação dos habitantes do Pará consiga, mesmo que seja através do susto, acordar a população para a gravidade e urgência do tema. Se a resposta for negativa, não significará que o movimento pela redivisão tenha que cessar. Pelo contrário: espera-se que ele seja reavivado. Mas não pelos apetites pessoais e grupais e sim pela luz da inteligência, produzida através de debates abertos, honestos e profundos, como o depoimento do geólogo Armando Cordeiro sugere.

As divisões de Estados brasileiros sempre figuraram nas pautas de nossos políticos (os do Triângulo Mineiro sempre sonharam com isso) com um único discurso : um Estado menor é mais fácil de ser gerenciado e,consequentemente, a sua população será mais bem servida dos serviços públicos e terá mais qualidade de vida (que não nos ouçam os coitados nascidos nos menores Estados brasileiros,Sergipe e Alagoas, se não me engano os piores IDH do Brasil).

Comecei a trabalhar no centro-sul do Pará no final de 1971, com base em Conceição do Araguaia, e fui testemunha dos surgimentos das cidades de Redenção (1972), Rio Maria (1974), Xinguara (1976), Tucumã (1977?) e muitas outras. Em 1972, o médico Goovanni Queiroz, um dos primeiros moradores de Redenção, começava a ficar famoso entre os menos favorecidos pelo seu desprendimento, visitando as moradias mais remotas, receitando e doando remédios, era famoso e  dava-me a ideia de um verdadeiro Robin Hood!

Quando o então governador Aloysio Chaves visitou Conceição (1974?) esse médico era um simples candidato da oposição a prefeito de Conceição (Redenção era apenas um distrito) e, como não foi convidado a participar da comitiva, no aeroporto fez um violento discurso atacando o Governador, recebeu voz de prisão e, dizem, os presentes o acompanharam até a cadeia, impediram a sua prisão e abandonaram o Aloysio Chaves, que retornou a Belém! O Giovanni Queiroz foi eleito prefeito.

Sempre ouvi queixas de moradores de Rio Maria, Xinguara e Conceição sobre o abandono da região pelos políticos do Pará, deixando a região ao Deus dará! Comentava-se que o governador paraense era, na realidade, o verdadeiro prefeito de Belém. Somente quando Carajás se tornou uma realidade foi que comecei a ouvir falar em Estado de Carajás; em Belém, nunca ouvi nada a respeito! Hoje, pagamos pela omissão!

Fiz essa introdução apenas para me fazer entender que acredito ser irreversível a divisão do Pará e que lutar contra é nadar contra a correnteza! Acho apenas que a proposta, antes de ser levada ao Senado, deveria ser objeto de uma consulta popular; plebiscito nessa altura do campeonato é imposição e não é democrático!

Acredito que o "Não", apoiado por uma forte campanha publicitária com "slogans" do tipo "O Carajás é nosso", "Carajás é do Pará", etc..., e reforçado por uma proposta de divisão dos paraenses mantendo Carajás no nosso velho Pará, deixando transparecer que ninguém é contra a divisão e o que se contesta são os limites geográficos, sairia vitorioso e os cabanos poderiam retomar à sua paz eterna nos seus túmulos hoje revirados!

Acho que é importante a vitória do "Não" porque colocaria ventilador na farofa de políticos gananciosos, que não estão nem aí para a população que hoje está de fato abandonada pelas autoridades paraenses, e pelo menos adiaria essa safadeza!

Armando Cordeiro

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sede do governo ficará em Santarém por três dias

Agência Pará:

No período de 20 a 22 deste mês, a sede administrativa do Governo do Estado será transferida à cidade de Santarém, na região oeste do Pará. A ação faz parte da programação itinerante de Governo, que visa descentralizar as ações públicas voltadas às melhorias da educação, saúde, segurança pública, desenvolvimento sócio-econômico, ente outros pontos. Em Santarém, o governador Simão Jatene vai participar de 28 ações divididas entre inaugurações, visitas e audiências públicas, além de participar dos festejos alusivos aos 350 anos de fundação daquela cidade do Baixo Amazonas.

A transferência da sede do Governo da capital, Belém, para outra cidade é um diferencial administrativo e visa marcar a presença do Estado em regiões mais distantes do centro governamental. A programação terá início com visitação a três obras públicas: Escola Técnica Estadual, Complexo Esportivo e a Casa do Trabalhador com recursos avaliados em R$ 11,6 milhões da Secretaria de Obras Públicas do Estado. Em seguida, a comitiva governamental seguirá para a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), onde o governador Simão Jatene será recebido pelo reitor da instituição.

Após o ciclo de visitas, o governador Simão Jatene iniciará a maratona de audiências, com autoridades e grupos diversos da sociedade civil organizada e pastores religiosos da Igreja Assembleia de Deus, que este ano comemora aniversário de 100 anos de fundação da congregação no Brasil. À noite, o governador Simão Jatene será recebido pela classe empresarial, na sede da Associação Comercial de Santarém. A pauta deverá versar sobre desenvolvimento sócio-econômico da região, a partir das políticas de turismo e de outros implementos previstos na Agenda Mínima de Governo.

A agenda do primeiro dia de visita em Santarém vai encerrar com a programação de aniversário da cidade. O governador Simão Jatene vai fazer a entrega da medalha alusiva aos 350 anos de fundação da cidade. A outorga é concedida a autoridades com maior relevância na prestação de serviços prestados ao município conhecido pela vocação turística valorizada pelas praias e a forte culinária cabocla.

Solenidade de formatura vai reunir 1.200 participantes

Uma solenidade de formatura com participação de 1.200 pessoas vai marcar o segundo dia de atividades do governador Simão Jatene em Santarém. Será a primeira turma formada pelo Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência da Polícia Militar do Estado. O programa atende 535 alunos e visa manter os jovens longe do consumo de drogas e de violência. Após a formatura, o governador participa do lançamento do programa Municípios Verdes, de valorização do meio-ambiente. O secretário Sidney Rosa deverá acompanhar o governador durante a cerimônia.

O Governo itinerante vai transferir as ações de várias Secretarias para o município do oeste do Estado, entre elas: a de Obras Públicas (Seop), Polícia Militar (PM), Secretaria de Educação (Seduc), Instituto de Desenvolvimento Florestal (Ideflor) e Universidade do Estado do Pará (Uepa). Os estudantes do curso de Medicina, implantado pelo governador Simão Jatene durante sua primeira gestão à frente do Governo do Estado, também serão recebidos em audiência pelo governador.

Outras duas ações vão marcar a presença do Governo em Santarém: visita ao projeto Butantã, de valorização esportiva desenvolvida por técnicos da Secretaria de Educação. Ainda na área da educação, o governador deverá assinar um Termo de Cooperação entre o Ideflor e Ufopa, visando ações de sustentabilidade das populações tradicionais, além da implantação do plano de desenvolvimento para as glebas das comunidades de Arapiuns e Mamuru, no interior de Santarém.

PMDB e PT brigam por secretaria de saúde em Santarém

Despesas podem afastar times do interior da série D


Não é só o Independente de Tucuruí que pode desisitir de uma das duas vagas paraenses na série D do campeonato brasileiro. A CBF deu prazo até hoje para o campeão do segundo turno do Parazão 2011 confirmar presença na competição. Se desisitir o clube será substituído pelo Clube do Remo.


Hoje, em Santarém, haverá assembléia geral do São Raimundo para decidir, entre outros assuntos, se o clube santareno terá condições de arcar com as despesas da competição da série D após o fracasso do clube no Parazão e a sucessão de escândalos que atingem o Pantera santareno.

Volta de secretarias especiais gera críticas do PT


Extintas pela ex-governadora Ana Júlia, as secretarias especias do governo do estado estão de volta.

Hoje, o governador Simão Jatene envia à Assembléia Legislativa, projeto de lei criando 5 secretarias especiais: Gestão; Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção; Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável; Proteção Social; e Promoção Social.

Para o líder do PT na Assembléia, deputado Airton Faleiro a volta das secretarias especiais é um retrocesso. " O governador ficará mais distante da administração uma vez que colocará um intermediário entre ele os secretários", criticou Faleiro.

“As secretarias especiais vão garantir uma maior articulação entre os órgãos do governo, além de discutirem políticas públicas que trarão melhor efeito para o governo e consequetemente um menor custo”. avalia o governador Simão Jatene. A extinção da Segov e Sepe surgiu de uma constatação do próprio governador. “Percebi que as questões do governo e dos projetos estratégicos devem ser tratadas diretamente com o governador”, considera Jatene. 

Outras duas secretarias serão extintas, a de Governo (Segov) e de Projetos Estratégicos (Sepe), além da Coordenadoria de Cooperação Internacional. O projeto de lei criando as novas pastas deverá ser encaminhado semana que vem para aprovação na Assembleia Legislativa. A estratégia adotada pelo governador tem como principal objetivo facilitar a integração e articulação dos órgãos do governo, além de reduzir os custos.

Foi criada também a Secretaria de Integração Regional, Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, que é a fusão da Seir e Sedurb. No lugar da Funcap, entra a Fundação de Atendimento Socioeducativo. A Sedect e Sedes foram substituídas pelas secretarias de Ciência e Tecnologia e Assistência Social, respectivamente.
 

Recadastramento de servidores estaduais começa quinta-feira

Nopróximo dia 16 terá início a atualização cadastral para os 101 mil servidores públicos estaduais. O processo se dará por meio do Portal do Servidor, que deverá ser acessado para preenchimento do formulário. Nos municípios onde o acesso à internet ainda é limitado ou inexistente, os servidores deverão se dirigir às Unidades Regionais de Ensino (URES), que disponibilizarão os documentos destinados para esse fim.

As informações foram dadas pela secretária de Estado de Administração, Alice Viana, nesta segunda-feira, 13. Segundo ela, a atualização cadastral garantirá mais celeridade, transparência e controle das informações relativas à folha de pagamento, Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e concessão de vantagens, entre outros benefícios. “O cadastramento atingirá todos os servidores ativos do estado - cargos comissionados, temporários e efetivos”, afirmou a secretária.

Com a atualização cadastral será possível, ainda, traçar um perfil socioeconômico dos servidores públicos estaduais.(Secom).

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Saída de José Antônio da Semsa foi antecipada por O Estado do Tapajós


José Antônio Rocha não é mais o secretário de saúde de Santarém.

A entrega do cargo à prefeita Maria do Carmo, ocorrida hoje, foi a manchete da edição de sábado de O Estado do Tapajós, conforme o leitor do Blog do Estado pode conferir no link abaixo:

http://blogdoestado.blogspot.com/2011/06/capa-da-edicao-impressa-de-11-de-junho.html

Seu substituto também foi antecipado: Emanoel Silva, que já comandou a pasta no primeiro mandato da prefeita Maria do Carmo.

Chega a Holanda primeiro lote de soja responsável brasileira


O grupo brasileiro André Maggi concretizou, em Roterdã, a venda de 85 mil toneladas de soja certificada como responsável para empresas holandesas. Entre as compradoras está o grupo Ahold e a Associação Holandesa da Indústria de Alimentação de Animais (Nevedi), que representa os maiores processadores de carne no país. 

Empresas, ONGs e governo holandês participaram do encontro em que foi entregue simbolicamente o certificado da produção do grão conforme os critérios da Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS). Na ocasião, a multinacional anglo-holandesa Unilever também anunciou a compra de 5 mil toneladas de soja responsável no Brasil para o consumo no mercado brasileiro.  

"Entramos numa nova fase. Os produtores podem produzir, certificar e, talvez o mais importante, o mercado pode comprar soja responsável, virou realidade", comemora Jan Gilhuis, da Iniciativa Holandesa de Comércio Sustentável.  

Tais acordos são celebrados como históricos. Foram necessários seis anos de discussão entre ONGs, empresas e produtores para se chegar a um consenso sobre os critérios de certificação da da soja responsável. “Para um produtor receber a certificação é necessário que cumpra mais de 90 critérios baseados nas boas práticas agrícolas, responsabilidade ambiental e social, com os trabalhadores e comunidade, além do cumprimento da lei", explica Gilhuis.

Sobre o assunto, leia mais em: