quinta-feira, 7 de março de 2013

Nova distribuição dos royalties aumenta repasse a Santarém



A Lei dos Royalties, com a derrubada dos vetos, ontem, pelo Congresso Nacional, reduz a participação da União e ampliava a participação de estados e municípios não produtores na divisão dos recursos arrecadados com a exploração do óleo, tanto de contratos em vigor quanto de futuros. O texto estabelece como critérios de partilha os mesmos do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

Pela nova lei, o município de Santarém, que recebia R$ 769 mil passará a receber R$ 4,7 milhões.

As novas regras mudam a destinação de aproximadamente R$ 100 bilhões até o ano de 2020. Em relação ao Pará, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que o Estado receberá em 2013 cerca de R$511 milhões. 
 
Em 2011, o valor ao Estado foi de R$44,7 milhões. Já os municípios também terão um aumento significativo. Os 143 municípios paraenses receberam em 2011, somados, R$31,6 milhões. Com as novas regras, devem receber, segundo dados da CNM, 192,5 milhões.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Santarém vai sediar Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais.

Será realizado, em Santarém, VII Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais.

O evento, organizado pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), vai ocorrer de 15 a 18 de outubro de 2013, vai reunir pesquisadores no âmbito da Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de óleos essenciais. 

Podem participar do simpósio estudantes de graduação, pós-graduação e profissionais.

Os interessados podem fazer a inscrição pela página http://www.sboe.net.br/ até o dia 10 de maio de 2013.

Os interessados em submeter trabalhos, o prazo final de entrega de resumos é 31 de julho de 2013. 

Eles podem ser submetidos nas seguintes linhas temáticas: Óleos Vegetais da Amazônia: Óleos Fixos e Óleos Essenciais; P&D & Inovação; Ensaios Biológicos; Legislação; Cultivo de Plantas Aromáticas e Medicinais; Produção de Óleos Vegetais; e Mercado de Óleos Fixos e Óleos Essenciais. 

Dez municípios paraenses concentram 70% das áreas desmatadas

Segundo o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp), do total desmatado no estado do Pará, nos últimos dois anos, 70,03% se concentraram em 10 municípios, o que corresponde a 1.488,73 km². 

São eles: Novo Progresso, Trairão e Jacareacanga (ao longo da BR-1630; Itaituba, Pacajá e Altamira (na BR-230); Ulianópolis, área de expansão de grãos; Cumaru do Norte e São Félix do Xingu, grandes produtores de gado, e Portel, na Ilha do Marajó, que sofre com a exploração ilegal de madeira.

Os dados completos estão disponíveis no site www.idesp.pa.gov.br.

Quadro da dengue no Pará: duas mortes

Os municípios com maior número de notificaçõesde casos de dengue são Belém (280), Parauapebas (261), Santarém (223), Rio Maria (131), Marabá (128), Itaituba (125), Santa Maria das Barreiras (87), Altamira (73), Juruti (71), Ananindeua (70), Conceição do Araguaia (67), Rurópolis (55), Irituia (47) e Portel (44). 

A maioria dos casos confirmados de dengue está em Rio Maria (128), Santarém (91), Parauapebas (69) e Belém (65). 

Há confirmação de dois óbitos por dengue, um no município de Rurópolis e outro em Irituia.

Pirarucu da Amazônia será certificado pelo Inmetro


Do site de O Globo
O Inmetro acaba de publicar o regulamento para a certificação voluntária do Pirarucu Salgado Seco, popularmente conhecido como bacalhau da Amazônia. Para obter o Selo de Identificação da Conformidade, o peixe típico da região será avaliado desde o processo produtivo até a venda, e deve garantir a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva e atender a aspectos sociais, como não utilizar mão de obra escrava e oferecer aos trabalhadores todo o equipamento de proteção necessário.
— A certificação também tem o objetivo de ser um diferencial de vendas para o micro empresário, tanto no país como no exterior, com avaliação do Inmetro, que tem reconhecimento internacional — acrescenta Gustavo Kuster, chefe da Divisão de Programas de Avaliação da Conformidade do instituto.
Alfredo Lobo, diretor de Qualidade do Inmetro, ressalta que o selo dará ao consumidor a garantia de estar adquirindo produto de uma região nobre, que é a Amazônia, e de forma sustentável, preservando o meio ambiente para as futuras gerações.
A certificação do pirarucu integra o programa Selo Amazônico, criado há pouco mais de um ano pelo Inmetro, que consiste no monitoramento de requisitos de qualidade, impacto social econômico e ambiental de produtos manufaturados com matéria-prima vinda da Amazônia brasileira, e que tenham parte ou todo o processo produtivo instalado na região.
O pirarucu é o primeiro produto regulamentado para receber o Selo Amazônico. No entanto, Lobo conta que há fitoterápicos, fármacos, biojoias, embalagens sustentáveis, outros alimentos e cosméticos em estudo.

terça-feira, 5 de março de 2013

Queijo sem origem declarada é apreendido em pizzarias de Santarém

O consumidor pode estar comendo pizza feita com queijo de procedência duvidosa e sem inspeção sanitaria.

Foi o que constataram fiscais da Divisão de Vigilância Sanitária(DIVISA), ao realizarem um blitz em pizzarias, lanchontes e restaurantes de Santarém, na semana passada.

Em alguns desses estabelecimentos, fiscais da vigilância sanitária apreenderam produtos como queijos, que não poderiam ser comercializados em Santarém por falta de certificação.

Audiência sobre local da hidroviária de Santarém será nesta quinta-feira

Uma audiência pública será realizada, quinta-feira(7), às 9h30, no plenário da Câmara de Vereadores, pela direção de gestão portuária da Companhia de Portos e Hidrovias do Pará, para ouvir sugestões da sociedade civil sobre a melhor localização da estação hidroviária que será construída, em Santarém, pelo governo do estado do Pará.

Desapropriações nada republicanas

Um bomba de efeito retardado foi deixada pela ex-prefeita Maria do Carmo(PT) ao sucessor Alexandre Von(PSDB).

Diversas desapropriações de áreas particulares feitas pelo municícipio, na gestão petista, beiram à irresponsabilidade e podem provocar enorme rombo nas finanças municipais.

É só anotar e conferir depois.

Tráfico de pessoas: CPI quer convocar responsáveis por Belo Monte

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados que investiga o tráfico de pessoas marcou sessão para esta terça-feira (05), quando apreciará requerimento de autoria do presidente do colegiado, Arnaldo Jordy (PPS-PA). No pedido do parlamentar, a convocação do diretor-presidente da Norte Energia S.A, Duílio Diniz de Figueiredo, que é o responsável pelo Consórcio que está construindo a usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu.

A CPI quer explicações sobre o bordel, que funcionava dentro do canteiro de obras e que foi desmontado em operação policial deflagrada no dia 14 de fevereiro.

Arnaldo Jordy que esteve em diligência no local, há uma semana, atestou que é “impossível atravessar o canteiro de obras” sem não passar em frente ao estabelecimento que mantinha dezenas de mulheres em cárcere privado.

"É impossível que este estabelecimento exista sem o conhecimento da Norte Energia, até porque no caminho de chegada até a referida ‘boate’ a comitiva da CPI passou por guaritas da empresa, que é área de atividade da obra", reforçou o presidente da Comissão.

Ainda durante visita às instalações da boate, os parlamentares constataram as condições subumanas em que 18 jovens, entre elas uma menor de idade, eram submetidas. Todas eram obrigadas a se prostituir e viviam em quartos minúsculos, sem janelas e com travas na parte de fora das portas, o que caracteriza situação de aprisionamento das vítimas. A maioria das mulheres foi recrutada no Sul do Brasil.

Os parlamentares também observaram que as instalações da boate são similares às construções de galpões no terreno da obra de Belo Monte.

Horário e local

A sessão da CPI do Tráfico de Pessoas está prevista para as 10 horas no plenário 11 da Câmara dos Deputados.


Santarém oficializa a adesão ao Programa Municípios Verdes

A Prefeitura de Santarém, município do oeste do Pará, oficializa nesta terça-feira (5), no Hotel Barrudada, sua adesão ao Programa Municípios Verdes, desenvolvido pelo Governo do Estado visando o ordenamento ambiental e o controle do desmatamento. A assinatura do termo de adesão será um dos destaques da VIII Reunião do Comitê Gestor (COGES/PMV), que pela primeira vez acontece fora de Belém.

O Comitê Gestor é formado por diversos grupos e órgãos do Estado e sociedade civil, como Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção (Sedip), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e The Nature Conservancy.

Santarém já fazia parte do PMV desde a assinatura do TAC (Termo de Ajuste de Conduta) do Ministério Público Federal, que estabelece metas para o combate e controle do desmatamento. A assinatura do termo de adesão, no entanto, vai consolidar ainda mais a relação com o Estado, já que Santarém é um grande polo de integração na região oeste e pode se transformar numa referência para os municípios vizinhos.

Durante a programação da VIII Reunião do Comitê Gestor serão apresentados os dados de desmatamento SAD de 2012/2013, e Deter, respectivamente pelo Imazon e Ibama.

Também haverá debates com a participação de secretários, prefeitos, técnicos, representantes do Estado e pesquisadores, que abordarão a situação atual do desmatamento no Pará, os avanços no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e as metas que devem ser cumpridas até o final de 2013.

Texto:
Diego Andrade-Municípios Verdes

domingo, 3 de março de 2013

Paysandu vence Remo com gol no fim e leva a Taça Cidade de Belém

Ivaldo Fonsseca

Foto: Tamara Saré



Uma partida digna de um clássico entre Remo e Paysandu. Na temporada 2013, em dois jogos disputados, a torcida remista se acostumou a sempre ter boas emoções na parte final da partida, com seu time fazendo o gol da vitória ou empatando. Mas, quis o destino que, no confronto mais decisivo da Taça Cidade de Belém, a sorte mudasse de rumo, e o torcedor bicolor tivesse a chance de ter esse sentimento. Com um gol aos 42 minutos do segundo tempo, o Papão venceu o Leão por 2 a 1 e conquistou o título do Primeiro Turno.
Clássico que teve mais uma vez o torcedor paraense provando o seu amor por Remo e Paysandu. As duas maiores torcidas do Norte do Brasil proporcionaram uma renda superior a R$ 1 milhão, com o Mangueirão recebendo um público total de 40.883 torcedores.
E quem foi ao estádio não se arrependeu. As duas equipes fizeram um grande jogo, com o Paysandu abrindo o placar através do zagueiro Raul, aos 29 minutos do primeiro tempo. O empate do Remo veio 10 minutos depois, com o atacante Leandro Cearense aproveitando o rebote do goleiro Zé Carlos.
No segundo tempo, o jogo seguiu truncado, mas o zagueiro Raul apareceu aos 42 minutos do segundo tempo para garantir o título e se tornar a estrela da decisão, assegurando a vitória bicolor por 2 a 1.
Com o título, o Paysandu já está garantido na Copa do Brasil de 2014 e na decisão do Parazão, caso a Taça Estado do Pará seja conquistada por uma das sete equipes participantes da competição. Aliás, o Segundo Turno já começa no meio de semana, com o Remo estreando quinta-feira contra o Santa Cruz, a partir das 20h30, no Mangueirão, em Belém, e o Paysandu jogando na quarta-feira contra o São Francisco, a partir das 20h30, no Colosso do Tapajós, em Santarém.
Remo 1x2 Paysandu
Local:Mangueirão
Paysandu 1 x 0: Raul (cabeça) 30' 1º
Remo 1 x 1: Leandro Cearense 39' 1º
Paysandu 2 x 1: Raul (cabeça) 42' 2º

RENDA: 1.172.030,00
Pagantes: 38.193
Credenciados: 2.690
Público: 40.883

Despesas: R$ 366.097,21
Cota dos clubes: R$ 402.968,39
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)Os auxiliares serão o gaúcho Altermir Hausmann e o paulista Marcelo Van Gasse, ambos também da FIFA. Na retaguarda estão os paraenses Dewson Fernando Freitas da Silva (aspirante FIFA) e Djonaltan Costa de Araújo.

Simão Jatene já deixou o Hospital do Coração

O governador do Pará, Simão Jatene, já está em um hotel em São Paulo. Ele deixou o Hospital do Coração às 12h deste domingo (3), acompanhado de familiares e de sua médica particular, a cardiologista Heloisa Guimarães. O governador se submeteu a um procedimento para desobstruir uma artéria na última quarta-feira (27). 

Simão Jatene permanecerá em São Paulo até a próxima terça-feira (5), quando passará por uma avaliação médica para definir sua volta ao trabalho. Os médicos já recomendaram que, após esta consulta de revisão, o governador fique 10 dias em repouso. Mas, segundo Heloisa Guimarães, ele já quer retornar a Belém na próxima quarta-feira (06).

Após a colocação de um stent para desobstruir a artéria, o governador ficou no hospital para realizar outros exames de rotina e ajustar a medicação. Heloisa Guimarães informou que não há nenhuma restrição para que Jatene retome sua agenda de trabalho. “O governador deve apenas fazer atividades físicas regulares, dieta e o controle periódico da pressão arterial”, explicou a cardiologista.(Antenor Filho-Secom)

Tráfico de mulheres é investigado em Santarém


sábado, 2 de março de 2013

Pesquisa estuda aproveitamento de resíduos florestais na Flona Tapajós


flonaBrasília – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) participa de pesquisa sobre o aproveitamento de resíduos florestais (toras e troncos de árvores) na Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, no Pará. Os resíduos são oriundos de exploração de produtos madeireiros, prevista no Plano de Manejo Florestal em vigor na Flona.

O estudo é desenvolvido em parceria com o Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef), da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), e a Cooperativa Mista Flona Tapajós Verde (Coomflona).

O objetivo é quantificar e propor diretrizes técnicas para a extração, além de avaliar a  viabilidade do uso dos resíduos florestais pelo setor moveleiro. Tem como base arranjo feito com as movelarias comunitárias existentes no interior da unidade de conservação (UC) e o Plano de Manejo Florestal.

Início

A pesquisa começou em 2011 com a cubagem (cáculo da capacidade cúbida) de toras e galhos de 520 árvores, distribuídos em 21 espécies comerciais. A ação permitiu que se fizesse uma estimativa do volume de resíduo por árvore. Na ocasião, servidores do ICMBio, Ibama, Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e da Ufopa estiveram em campo para definir os objetivos do estudo.

Em janeiro deste ano, foi iniciada a extração dos resíduos autorizados para a Unidade de Produção 7 (UPA  7), explorada no final de 2012. Desde então, o processamento vem sendo feito nos pátios de estocagem, previstos no Plano de Manejo Florestal, onde a madeira retirada da floresta é acumulada temporariamente.

Para beneficiar a madeira, é utilizada uma serraria portátil, licenciada na área de manejo na autorização de exploração de 2012 – UPA 7. A madeira serrada, produzida a partir do beneficiamento dos resíduos, será destinada, agora em março, às movelarias comunitárias existentes no interior da Flona do Tapajós.

As informações geradas pela pesquisa serão utilizadas pela CoomFlona no Plano de Manejo Florestal e poderão viabilizar o licenciamento da exploração dos resíduos florestais em larga escala. Com isso, será possível, no futuro, a venda da madeira beneficiada aos moveleiros de Santarém e Belterra, cidades próximas à UC, abastecidas, provavelmente, com madeira ilegal.

A cooperativa

A CoomFlona é formada por comunitários residentes na Floresta Nacional do Tapajós. Atua no manejo florestal madeireiro e não madeireiro desde 2005 em uma área objeto de um Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU) de 18.785 hectares no interior da Flona.

A cooperativa integra um grupo de trabalho formado por representantes do ICMBio, SFB e Ufopa que desenvolve, desde 2010, ações com objetivo de reestruturar a cadeia produtiva de móveis na Flona do Tapajós.

Dentre outras ações – licenciamento de serraria portátil na área de manejo florestal, aquisição de equipamentos para as movelarias, capacitação dos moveleiros –, o grupo articulou a realização do atual estudo com pesquisadores da Ufopa. (Comunicação ICMBio)

sexta-feira, 1 de março de 2013

Uma importante reflexão sobre o futuro dos jornais

CARLOS HEYTOR CONY

Cada macaco no seu galho

DE SÃO PAULO 

Discute-se o futuro da mídia impressa, ou melhor, a falta de futuro dos jornais e revistas que ainda gravitam na "era gutemberguiana", considerada hoje como a pré-história da comunicação.
Pessoalmente, acho que sempre haverá espaço para o jornal, a revista e o livro, desde que a dita comunicação seja setorizada em forma e conteúdo. Há excesso quase imbecil de comunicação: a oferta é maior do que a procura, o supérfluo esmaga o necessário. E a mídia eletrônica, apesar do pouco tempo no mercado, já apresenta esse excesso, que só serve para poluir a programação das emissoras.
Gosto de citar o exemplo de Jacinto de Thormes em "A Cidade e as Serras", do Eça de Queiroz. Mostrando as maravilhas tecnológicas do seu palacete de Paris ao amigo que chegara das serras portuguesas, Jacinto exalta seu gabinete de trabalho, a luz elétrica e outros penduricalhos de última geração que faziam do 202 da Champs-Élysées um museu do futuro.
Nisso, o telégrafo derrama comprida tira de papel com caracteres impressos, "que eu, homem das serras, apanhei, maravilhado. A linha, traçada em azul, anunciava ao meu amigo Jacinto que a fragata russa Azoff entrara em Marselha com avaria! Desejei saber, inquieto, se o prejudicava diretamente aquela avaria da Azoff. 'Da Azoff?... A avaria? A mim?... Não! É [apenas] uma notícia!'".
Do telégrafo, que foi novidade "high tech" no século 19, para as infovias e outras vias por onde trafegam fragatas com ou sem avarias, a diferença é de grau, não de gênero. Daí que os novos veículos de comunicação, nascidos no inesgotável útero da informática, terão sempre gordura para absorver esse excesso de informação, no pressuposto de que, se Jacinto de Thormes nada tinha com a fragata russa que chegava a Marselha, haveria sempre alguém que ficaria preocupado com a revelada avaria.
Se a mídia impressa tentar competir com a velocidade e a amplidão do universo da era digital, estará ampliando a imagem de veículo ultrapassado. O exemplo que podemos sacar de um meio que deu a volta por cima de um desafio, mais ou menos igual, é o do rádio.
Com o advento da TV, os estrategistas do rádio perceberam que não poderiam competir com a imagem e procuraram encontrar aquilo que se costuma nomear de "nicho". Música e informação, debates, redes comunitárias ou religiosas --abriu-se um leque diversificado de opções em que o rádio não apenas podia competir com a TV como, em alguns casos, superá-la. É o caso óbvio da notícia em si, da primeira mão, do furo imediato.
Quando, como e, sobretudo, se a mídia impressa vai encontrar esse nicho, é uma questão aberta. Mas encontrará, não pela genialidade de seus profissionais, mas pela própria mecânica do veículo.
Noticiar, em manchete da primeira página, que o Palmeiras ganhou por 3 a 2 o jogo da véspera será sempre uma prova pleonástica desse excesso de informação. O leitor de jornal, revista e livro será diferenciado mercadologicamente do consumidor da mídia eletrônica. Exigirá mais, refletirá melhor, tentará absorver e metabolizar a informação.
Não tenho acesso confiável às pesquisas de jornais e revistas, mas entra pelos olhos que, a cada evento importante, apesar da cobertura massiva e até excessiva do rádio e da TV, jornais e revistas vendem mais no dia seguinte.
Pode-se até extrair um paradoxo da competição entre as mídias: diante de um fato realmente notável, bom ou mau, não importa, a mídia instantânea operada pelo rádio e pela TV funciona como eficiente comercial para aumentar o interesse (e a venda) de jornais e revistas.
É por aí que a mídia impressa, apesar de sua lentidão estrutural e de sua labiríntica rede de distribuição, resistirá para sempre, desde que seja encontrado o editorial que terá de priorizar a reflexão e não a emoção, a qualidade e não a quantidade.
Quanto ao livro, nada a temer dos sucedâneos nascidos da informática. Livros de serviço (dicionários, atlas, tabelas matemáticas, acervos científicos ou de arte etc.) poderão ser substituídos com vantagem pelos programas de aplicativos que a cada ano se tornam mais sofisticados.
Mas um ensaio, um poema ou um romance continuarão a ter no livro o seu espaço móvel e preciso, único e inalterável. Desde que, como o jornal em face da TV, não queira competir para anunciar que a fragata Azoff está entrando com avarias no porto de Marselha,

Os bilionários do PT

Cartas da Amazônia
Em 1975 a hidrelétrica de Tucuruí, a quarta maior do mundo, começou a ser construída no Pará. Dez anos depois ela foi inaugurada. Foi uma das maiores obras públicas da história do Brasil, a mais cara da Amazônia. Projetada inicialmente para custar 2,1 bilhões de dólares, no final seu valor se multiplicara por cinco, passando de US$ 10 bilhões.
Já a fortuna do dono da empreiteira principal da obra, a Camargo Corrêa, “apenas” dobrou. Em 1975, Sebastião Camargo tinha uma fortuna pessoal calculada em US$ 500 milhões. Dez anos depois ele se tornou o primeiro bilionário brasileiro.
A usina hidrelétrica, que garante 8% de todo consumo de energia do país, com seus quase 200 milhões de habitantes, lhe permitira embolsar meio bilhão de dólares, em valor não atualizado.
Quando se abriu a última década do século XX, as listas das revistas americanas Fortune e Forbes incluíam apenas três bilionários brasileiros: Antonio Ermírio de Moraes, cabeça da principal família de industriais brasileiros, e Roberto Marinho, imperador das comunicações com sua Rede Globo de Televisão, além de Camargo.
Ao final do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, eram oito. Quando Lula passou o bastão presidencial à correligionária, Dilma Roussef, a lista passara a 30. No ano passado chegou a 35. A soma das fortunas individuais desses bilionários equivalia à metade do que amealhou o homem mais rico do planeta.
Por coincidência, o mexicano Carlos Slim, que tem na carteira US$ 69 bilhões, é dono das operadoras de telefonia Claro e Embratel nesse Brasil que se tornou terreno fértil para imensos ganhos pessoais.
Eike Batista, com apenas 55 anos, um jovem na companhia de anciãos podres de rico da seleta confraria, era o cabeça do ranking, em março do ano passado, com seus US$ 34,5 bilhões. Mas ontem seu patrimônio já era de pouco menos da metade, US$ 10,7 bilhões.
Nesse dia 7 ele perdeu US$ 300 milhões com a queda das ações da principal das suas seis empresas de capital aberto, sempre com um X no nome, a OGX. Segundo a agência de notícias americana Bloomberg, ele caiu fora da roda dos 100 homens mais ricos da Terra.
No curso de um ano a OGX, perdeu mais de três quartos do seu valor porque sua produção, depois de tantos anúncios mirabolantes, frustrou todas as expectativas, principalmente a de Eike. Os analistas mais bondosos justificaram a queda contínua e grande do patrimônio do empresário atribuindo-a ao seu excesso de otimismo.
Essa exagerada autoconfiança o teria levado a prever resultados sem base real. Como a de que passaria o mexicano Slim em 2015. A meta já era difícil de alcançar quando seu patrimônio era metade da foruna do concorrente. Agora é quase sete vezes menor.
Com mais realismo nas suas ações, acreditam esses analistas compreensivos, Eike Batista retomará a roda da fortuna e voltará ao topo. Ele seria a personificação do genuíno ricaço dos tempos do novo trabalhismo no poder, personificado pelo PT.
Ganhou muito dinheiro por ser um autêntico empreendedor, apostar nas riquezas do país, arriscar investimentos na produção e ter uma visão mais ampla e sensível da atividade empresarial. Um bilionário do bem, conforme o jargão maniqueísta dos nossos tempos de retórica de camuflagem. Embora uma das duas empresas que atuam no porto de Açu, a LLX, tenha sido acusada pelo governo do Rio de Janeiro de causar danos ao meio ambiente. E multada.
Por trás da pantomima do marketing, verifica-se que o sucesso começa com boas – ou mesmo privilegiadas, no sentido estritamente técnico da expressão – informações, a maior parte delas proveniente do aparato estatal.
É também na administração pública que esses empreendedores (na Rússia mais diretamente conhecidos por “barões ladrões”, com ênfase nos produtores de petróleo do Mar Cáspio, o equivalente do Pré-Sal dos Eikes Batistas et caterva neste país varonil) vão buscar seus quadros de gestão.
Duplo uso de informações privilegiadas, pois.
No caso de Eike, com a decisiva participação do pai, Eliezer Batista, ex-ministro de vários governos e presidente da ex-estatal Companhia Vale do Rio Doce, artífice de grandes investimentos públicos em logística, infraestrutura e produção, sobretudo de commodities.
A ascensão súbita e exponencial desses ricaços, quando se confronta seus ganhos através da manipulação de papéis com o balanço real de seu ingresso no processo produtivo, expressa uma nova modalidade de associação entre o governo e a iniciativa privada.
Quando se puxa o novelo da trajetória dessas pessoas, quase sempre se chega ao ente estatal. Mas agora com novo discurso, reforçado pelos números de programas assistenciais e de “inclusão social”, que permitiram a milhões de famílias sair da faixa da miséria ou formar um novo tipo de “classe média”, montada não sobre poupança real, mas graças a um endividamento perigoso, precário, uma faca só lâmina, como diria o poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto.
Tudo muda para tudo ficar igual. Ao mesmo tempo em que Eike Batista era despejado do arrolamento nobre dos homens mais ricos do planeta, a viúva de Sebastião Camargo, Dirce, pulava à frente do banqueiro Joseph Safra, tornando-se a terceira maior bilionária brasileira.
Dirce? Mas quem é Dirce, devem ter perguntado os atentos leitores do noticiário financeiro. De fato, a viúva do grande empreiteiro, discreta como o marido, deixara os holofotes da imprensa.
Mas a Camargo Corrêa, que ainda hoje, passados quase 40 anos da sua instalação na área, continua a trabalhar (e faturar) no canteiro de obras de Tucuruí, no rio Tocantins, certamente um recorde – ao menos nacional.
E funciona a todo vapor nas novas hidrelétricas de Juruá, no rio Madeira, e de Belo Monte, no Xingu, esta destinada a ocupar o lugar de Tucuruí no ranking das maiores usinas do mundo.
No ano passado essas duas frentes de serviços responderam por 30% dos 17,3 bilhões de faturamento da empresa. Continuará assim pelos próximos anos, um maná tão parecido, na administração petista do Brasil, àquele que os governos militares providenciaram para sua empreiteira favorita. A ditadura virou democracia, mas o dinheiro é o mesmo, embora avolumado na drenagem para mais bolsos privilegiados.
A multiplicação dos bilionários bem que podia ser considerada uma das maiores obras do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento (de quem mesmo?).

Capa de O Estado do Tapajós desta sexta-feira

Clique na imagem acima para ampliar.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Em São Paulo, Jatene faz cateterismo e implanta 'stent'

O governador do Pará, Simão Jatene, 63 anos, passou nesta quarta-feira (27) por um procedimento cirúrgico no Hospital do Coração, em São Paulo. Por recomendação do cardiologista Marcos Barros, o governador se submeteu a um cateterismo, quando foi identificada a obstrução parcial de uma artéria do coração.

A equipe médica, que conta ainda com o cardiologista José Eduardo Souza, decidiu desobstruir logo a artéria com a colocação de um stent – uma prótese interna, considerada um procedimento menos agressivo que uma cirurgia convencional. O procedimento durou duas horas, das 13h30 às 15h30.
Jatene passa bem e já está no apartamento, consciente, acompanhado pela sua médica particular, a cardiologista Heloísa Guimarães. O governador deverá ter alta hospitalar no final desta semana.

Todos os anos, o governador vai a São Paulo se submeter a um check-up, o que foi feito na última terça-feira (26). Na semana passada, Simão Jatene teve alterações na pressão arterial, o que acelerou a realização dos exames no Hospital do Coração.(Agência Pará)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Supostas irregularidades em convênio entre a Petrobras e UFPA serão investigadas


A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia declarou, na Ação Cível Originária (ACO) 1045, a atribuição do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ) para investigar e apurar responsabilidades em razão de supostas irregularidades em contratações promovidas pela Petrobras, decorrentes de cursos de mestrado e doutorado em geofísica oferecidos por meio de convênio firmado entre a empresa e a Universidade do Estado do Pará (UFPA).

A ação foi ajuizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, com o objetivo de solucionar o conflito de atribuição entre o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público fluminense.

A ministra-relatora explicou que a situação descrita no processo “não se enquadra na competência da Justiça Federal”, estabelecida no artigo 109 da Constituição Federal, tampouco está compreendida nas funções institucionais atribuídas ao Ministério Público Federal pelo artigo 5º da Lei Complementar 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério Público da União), pois “não envolve bem, serviço ou interesse da União, de suas autarquias ou empresas públicas”.

De acordo com a ministra Cármen Lúcia, irregularidades na contratação de alunos de pós-graduação pela Petrobras, por força de convênios firmados com universidades federais, “não é suficiente para atrair a competência da Justiça Federal e, por conseguinte, demandar a atuação do Ministério Público Federal, nos termos do artigo 37, inciso I, da Lei Complementar 75/1993”.

Para ela, embora a Petrobras, sociedade de economia mista federal, seja entidade de direito privado integrante da administração indireta, “não se pode afirmar que a sua atuação nos fatos questionados evidencie risco ao patrimônio nacional ou interesse direto no deslinde da controvérsia”.

Em sua decisão, a ministra ressaltou que as medidas a serem adotadas contra gestores da Petrobras ou contra gestores das universidades federais “devem ser coordenadas e promovidas pelo Ministério Público Estadual”.
Ainda segundo a relatora, não está afastada a possibilidade de que eventual manifestação de interesse da União em ação ajuizada na Justiça Comum estadual enseje o deslocamento da competência para a Justiça Federal.

Nesse sentido, a ministra Cármen Lúcia declarou a atribuição do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para investigar e apurar responsabilidades em razão de irregularidades no cumprimento do Convênio Petrobras/UFPA/CNPq/FINEP/FADESP (mestrado e doutorado em geofísica).

Fonte: Supremo Tribunal Federal - http://www.stf.jus.br/

Reposição de grama no Barbalhão já começou


Foto: Silvia Vieira/Semjel/Divulgação

O gramado do estádio Barbalhão vem recebendo cuidados redobrados por ter sido danificado em algumas áreas pela estrutura de palco e apresentações de dança e teatro em evento católico, durante o carnaval.

Para garantir que o gramado esteja em condições de jogo antes da partida entre São Francisco e Paysandu, dia 7 de março, válida pelo 2º turno do Campeonato Paraense de Futebol, a grama está sendo replantada nas áreas onde surgiram buracos. O gramado também está recebendo adubação e irrigação.

Hoje de manhã, o titular da Secretaria Municipal da Juventude, Esporte e Lazer, vereador Erasmo Maia, esteve no estádio para ver de perto os trabalhos de recuperação do gramado do Barbalhão.

Outros reparos no estádio, como a troca do cabeamento da rede de distribuição de energia, que demandam mais tempo, só poderão ser feitos após o encerramento do segundo turno do Parazão, (Com informações da assessoria de imprensa da Semjel)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Zico, o sessentão

Na sede do CFZ, com a camiseta em comemoração ao seu aniversário:
Na sede do CFZ, com a camiseta em comemoração ao seu aniversário: "Nunca me achei uma celebridade" 





 

Do Correio Braziliense 


Rio de Janeiro — Às vésperas de completar 60 anos, Zico está desempregado da profissão de treinador após a saída da seleção iraquiana, e poderia apenas ficar em casa, curtindo a vida confortável que o futebol lhe deu. Mas não. Sempre que está no Rio, ele vai ao centro de treinamento do CFZ, no bairro do Recreio dos Bandeirantes. Normalmente, fica no local durante todo o horário comercial e dá expediente como a maioria dos brasileiros. Ao contrário de vários jogadores do presente, muito distantes do mesmo status de craque, atende pessoalmente todos os pedidos de reunião e distribui autógrafos a quem vai a seu encontro.

“As portas estão abertas para quem quiser entrar e conversar. Nunca me escondi de ninguém e tento atender todos da melhor maneira possível. Nunca me achei uma celebridade e nunca me posicionei assim”, diz o camisa 10 mais importante da história do Flamengo e maior artilheiro do maior estádio do país, ao Correio.

Não é discurso. Basta uma simples ida ao CT para constatar o que ele diz. Não há seguranças ou pessoas com crachá pedindo identidade. O acesso é livre aos campos (se não houver ninguém treinando, claro), à sede, à loja e até a uma galeria com fotos e notícias sobre a carreira de Zico. Tudo isso, é claro, correndo o risco (bom) de dar de cara com o ídolo.

Dentro e fora do clube, todos atestam o fácil acesso a Zico. “Ele é muito parceiro. Muitos jornalistas vêm aqui. Ele se preocupa em atender todos. Há dias em que sai às 21h ou 22h, depois de dar seis ou sete entrevistas. É um cara sério e sempre cumpre com o que diz”, testemunha José Matos, gerente administrativo do CFZ. O funcionário trabalha com Zico há 32 anos e também ajudou a cuidar dos filhos do Galinho de Quintino. Nas ruas, as pessoas também não desmentem. Mesmo torcedores de times rivais admiram a postura de Zico. “Sou vascaíno, mas a maneira com a qual ele atende as pessoas é sensacional. Não há como não aplaudir”, diz o administrador Rodrigo Amorim.

Júlio César, o Uri Geller, é outro que fala sobre esse lado de Zico. Ponta-esquerda titular na conquista do primeiro título brasileiro do Flamengo, em 1980, teve algumas dificuldades após pendurar as chuteiras e procurou o companheiro. “Na época em que jogamos, o futebol não dava muito dinheiro. Quando me aposentei, o Zico abriu as portas para mim e eu fiquei 13 anos como professor nas escolinhas do CFZ”, recorda.

O que ele disse...

“...tenho dito e repetido que Zico é o maior jogador do mundo. Há os que negam, cegos pelo óbvio ululante. Mas, se a evidência quer dizer alguma coisa, não cabe dúvida nem sofisma”

Nelson Rodrigues,
em sua coluna no jornal O Globo, em 9/3/1976


Trajetória

1953
» Nasce Zico, em 3 de março, na Rua Lucinda Barbosa, nº 7, em Quintino, subúrbio carioca.

1967
» Chega ao Flamengo, aos 14 anos, levado pelo radialista Celso Garcia, que o viu em ação pelo Juventude de Quintino, time do seu bairro.

1971
» Estreia pelos profissionais do Flamengo, em
29 de julho, e dá o passe para Fio Maravilha fazer o gol da vitória por 2 x 1 sobre o Vasco.
O rubro-negro jogou com: Ubirajara; Murilo, Washington (Onça), Fred, e Tinteiro; Liminha e Tales (Chiquinho); Nei, Zico, Fio e Rodrigues Neto. O primeiro gol do Galinho é marcado em 11 de agosto, contra o Bahia, na Fonte Nova, em Salvador.

1976
» Debuta pela seleção principal contra o Uruguai e marca, de falta, o gol da vitória brasileira por 2 x 1.


 (Arquivo CB/D.A Press)


1978
» Convocado para a Copa do Mundo, Zico é titular da Seleção Brasileira com a camisa 8. A 10 era de Rivellino. No mesmo ano, cobra o escanteio para Rondinelli, o “Deus da Raça”, marcar de cabeça o gol do título carioca do Flamengo, que ajudou a afirmar toda a sua geração.

1980
» O Flamengo é campeão brasileiro pela primeira vez. Zico faz um gol e dá uma assistência na vitória por 3 x 2 sobre o Atlético-MG na final disputada no Maracanã.


 (Sebastião Marinho/Agência O Globo - 13/12/81)


1981
» O Flamengo alcança a maior de suas glórias, aquelas conquistas que formaram a maior torcida do país. O time leva, no mesmo ano, a Libertadores e o Campeonato Mundial de Clubes. Zico é responsável direto pelos dois títulos e se consagra de vez na história do futebol brasileiro.


 (Alfredo Manente/AE - 14/7/82)


1982
» O Flamengo é bicampeão brasileiro em cima do Grêmio. Zico dá o passe para o gol de Nunes, que decretou a vitória por 1 x 0 na final. Na Seleção, disputa a Copa do Mundo com a camisa 10. É o cérebro do time que encanta o mundo, mas perde para a Itália por 3 x 2 e acaba eliminado.

1983
» É tricampeão brasileiro com o Flamengo. Marca um dos gols na vitória por 3 x 0 sobre o Santos na decisão. No mesmo ano, é vendido para a Udinese, da Itália.


 (Sport Press/Divulgação)

1985
» Retorna ao Flamengo, com direito a festa no aeroporto e desfile em carro aberto por toda a cidade. No mesmo ano, sofre uma entrada criminosa de Márcio Nunes, do Bangu, e fica quase um ano parado.

1986
» Parcialmente recuperado, disputa a sua terceira Copa do Mundo com a Seleção Brasileira. Fica marcado por ter perdido o pênalti nas quartas de final, contra a França. Converte a cobrança na decisão de penalidades, mas o Brasil é eliminado.



 (Arquivo/CRF - 13/12/87)

1987
Ganha a Copa União com o Flamengo. É quarto e último título brasileiro.

1989
Realiza seu último jogo com a camisa do Flamengo, na goleada por 5 x 0 sobre o Fluminense, em Juiz de Fora-MG. Marca um gol de falta.

1990
Em mais uma festa de despedida, reúne amigos no Maracanã. Ao deixar o campo pela última vez, ouve de mais de 100 mil torcedores, em 6 de fevereiro: “Por que parou? Parou, por quê?”

1991
Acerta a sua ida para o Japão, a fim de comandar um projeto de desenvolvimento de futebol. Mas decide entrar em campo e conquista de vez os japoneses.

1994
Aposenta-se definitivamente dos gramados e tenta a sorte como técnico, sem muito sucesso.

IPTU de Santarém poderá ser pago em 9 parcelas

Da Redação de O Estado do Tapajós

Em função do lançamento da campanha do IPTU 2013 só acontecer no próximo mês de março, o número de parcelas para quem optar pelo pagamento fracionado do Imposto Predial Territorial Urbano será de, no máximo, nove. A Prefeitura Municipal espera arrecadar R$ 4 milhões neste ano de 2013. 

Os descontos para quem fizer a opção pelo pagamento em cota única continuam. Quem fizer o pagamento em cota única até a data do primeiro vencimento terá desconto de 30% sobre o valor total do imposto. 

Quem fizer o pagamento no segundo vencimento terá direito a 20% de desconto e aqueles que pagarem em cota única no terceiro vencimento terão desconto de 10%.

Os carnês do IPTU só serão enviados aos imóveis dos contribuintes após o lançamento da campanha. Por enquanto, os contribuintes continuam recebendo correspondências com informações sobre base de cálculo e taxas que incidem sobre o imposto.
Desde que iniciou a distribuição das cartas, em média 200 contribuintes têm procurado diariamente a Central de Atendimento ao Contribuinte - CAC, da prefeitura municipal de Santarém, em busca de esclarecimentos ou para solicitar correção de nome, endereço e metragem dos imóveis.

Posto da Polícia Rodoviária na Br-163 é desnecessário?

José Olivar
Coluna Portal 2013
 
Várias opiniões convergentes no sentido de considerar um desperdício do dinheiro público a manutenção em Santarém (BR 163), de um posto da Polícia Rodoviária Federal, principalmente com o contingente ali lotado de vários policiais. 

É que essas mesmas pessoas dizem que a PRF praticamente nunca apreendeu um carro roubado em Santarém, nunca prendeu qualquer bandido que se desloca na BR 163, enfim, só serve para multar e nunca orienta os motoristas numa primeira abordagem. 

Por isso, o que o Governo gasta com esse pessoal é por demais desnecessário para uma região que nem estrada asfaltada tem.

Presidente do Basa responde a processo

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal

O presidente do Banco da Amazônia, o gaucho Valmir Pedro Rossi, assumiu o cargo no dia 18, em Belém, sob a ameaça de ser condenado pela justiça federal por crime contra o sistema financeiro nacional. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal em 2003, por conivência com o desvio de finalidade de um empréstimo rural concedido entre 1991 e 1992, quando era superintendente do Banco do Brasil em Teresina, no Piauí.

Parte de mais de 12 milhões de cruzeiros (em moeda da época), que recebeu do banco, Luiz de França Barros aplicou em Certificados de Depósitos Bancários (CDB), que rendem juros, quando deveria manter o dinheiro em conta corrente, que não oferece rendimentos financeiros, caracterizando o desvio de crédito.

Advogados do Banco do Brasil tentaram trancar o processo através de habeas corpus, mas perderam tanto no Tribunal Regional Federal quanto no Superior Tribunal de Justiça. A ação está pronta para ser sentenciada pelo juiz Lucas Rozendo de Araújo, da 5ª vara da justiça federal do Piauí.

Os defensores de Rossi alegaram que ele desconhecia a aplicação dos recursos porque o dinheiro do empréstimo foi depositado na mesma conta que abriga os recursos próprios do cliente. Disseram também que o dinheiro foi depositado em CDBs para preservar o seu valor, numa época em que a inflação era de 20% ao mês.

Mas tanto o principal quanto os rendimentos teriam sido investidos integralmente no projeto rural financiado pelo banco. Argumentaram ainda que a denúncia, por ser inepta, ofendia os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Nenhum dos julgadores dos recursos acatou as razões dos advogados de Rossi. Sustentaram que a denúncia era válida e estava bem fundamentada. Era suficiente para a instauração da ação penal. O réu devia provar sua inocência na instrução processual. Mas que a aplicação integral dos recursos do Banco do Brasil, caracterizando o desvio de finalidade, não seria capaz de anular o ilícito praticado. E que o funcionário aprovou uma operação no mercado financeiro “sabidamente ilegal”.

Valmir Pedro Rossi era gerente para a América Latina do Banco do Brasil em Buenos Aires, quando foi nomeado para a presidência do Banco da Amazônia, no dia 8. Substituirá Abidias José de Sousa Júnior, que ocupava o cargo desde abril de 2007. Os outros diretores do Basa que chegaram aos cargos junto com Abdias, Gilvandro Negrão e Eduardo Cunha, também pediram demissão. Serão substituídos por José Roberto de Lima, que atualmente está em Brasília, e Nilvo Reinoldo Frias, que está na superintendência do banco no Amapá. 

Tanto os diretores que entram como os que saem são funcionários de carreira do Banco do Brasil. Rossi está completando 30 anos de serviço na instituição. Mais do que nunca, o Banco da Amazônia parece ser uma etapa na carreira de servidores do BB.

Abidias Júnior deixou o cargo, segundo a versão oficial, "manifestando motivos pessoais”, para ficar mais perto da família e participar do tratamento de saúde de um filho.