domingo, 29 de novembro de 2009
Watergate ao tucupi
Leia os detalhes aqui.
Desmatamento da Amazônia: história deletada
Lúcio Flávio Pinto
Em 1987 foi registrado na Amazônia o maior desmatamento num único ano em toda história da humanidade. Atingiu 80 mil quilômetros quadrados de mata nativa densa, quatro vezes mais do que a média da década de 90, que também foi um período de fogo intenso na floresta. O cálculo desse desmatamento foi feito pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de São José dos Campos (São Paulo), com base em imagens de satélite. No entanto, o registro foi apagado da história da instituição e da própria história do país.
Na quinzena passada o Inpe anunciou que o desmatamento entre agosto de 2008 e julho deste ano, de sete mil quilômetros quadrados, foi o menor desde 1988, “quando o Inpe começou a fazer o levantamento”. A memória sobre o terrível ano de 1987 foi oficialmente apagada. Uma hipótese seria a de que o instituto considera aquele cálculo errado, sem validade científica, como alguns alegaram na ocasião, e por isso é melhor desconsiderá-lo. Ou trata-se de mais um revisionismo utilitário, que coloca no armário ou debaixo do tapete fato incômodo, à custa de uma violação da verdade histórica?
De fato, a metodologia utilizada para a apuração do desmatamento de 1987 apresentava falhas, tanto na margem de erro exagerada quanto no tipo de imagem utilizada, de um satélite meteorológico (falha admitida e, por isso mesmo, compensada na excepcional margem de erro, de 30%). Mas havia um fato concreto a dar credibilidade aos números: os proprietários e grileiros de terra desmataram loucamente para criar benfeitoria e se imunizar contra a ameaça de desapropriação de seus imóveis – tornados produtivos através da manobra – na definição do capítulo sobre reforma agrária na Assembléia Nacional Constituinte, que preparava a carta magna, aprovada no ano seguinte. Numa ordem legal e administrativa delimitada pelo conceito de “terra nua” como elemento de valor fundiário, desmatar era o recurso acessível, mesmo que irracional.
A divulgação do relatório do Inpe sobre o desmatamento de 1987 provocou muita celeuma na ocasião, mas depois parece ter havido amnésia coletiva. Dela se valem os que decidiram apagar esse capítulo da terrível história da ocupação da Amazônia, da mesma maneira como atuam os que induzem um entendimento obtuso sobre os fatos novos. Ao anunciar o desmatamento de 2007/2008, o Inpe incensou as loas sobre a redução da destruição de 13 mil km2 (como aconteceu na temporada de fogo de 2006/2007) para 7 mil km2 na última apuração.
A queda, de quase 50%, merece mesmo ser recebida com certo alívio. Mas também precisa ser relacionada ao total acumulado de destruição em cada momento para que se apure seu significado relativo. E, relativamente, a redução nada alivia porque o universo destruído é crescente, sem mudança de tendência. São mais de 700 mil quilômetros quadrados de floresta postos abaixo, três vezes o tamanho do Estado de São Paulo.
É possível que se algum dia for alcançado o desmatamento zero, não haja o que comemorar. Por já não haver mais floresta nativa densa para desmatar.
sábado, 28 de novembro de 2009
Manchetes deste sábado de O Estado do Tapajós
FÉ DOS ROMEIROS SE RENOVA A CADA CÍRIO DA CONCEIÇÃO
ARRAIAL ENFRENTA CONCORRÊNCIA DA FEIRA DO LIVRO
PORTOS EM CONSTRUÇÃO NÃO TÊM DESTINAÇÃO DEFINIDA PELA PMS
ANA JÚLIA CONCORDA COM DIVISÃO DE ROYALTIES
CONFERÊNCIA DE SAÚDE DEFENDE GESTÃO PÚBLICA PARA HOSPITAL REGIONAL
DEMOCRATAS LANÇA VALÉRIA PARA O SENADO EM 2010
PRODEPA PEDE PARA POLÍCIA INVESTIGAR CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SINAL DO NAVEGAPÁ EM SANTARÉM
PROJETO RÁDIO PELA EDUCAÇÃO VENCE PRÊMIO NACIONAL DE TECNOLOGIA SOCIAL
SANTARÉM PODE GANHAR CENTRO LÁBIO-PALATINA
VESTIBULAR DA UEPA COMEÇA DOMINGO
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Omissão, esperneio e descaso em Oriximiná
A jornalista Franssinete Florezano, em comentário abalizado em seu Uruatapera, reclama da omissão dos vereadores de Oriximiná quanto ao péssimo serviço de internet daquele município. Leiam o que escreveu Franssi:
Oriximiná estagnada
Mas a justa indignação de Franssi poderia ir bem mais além do que simplesmente atribuir responsabilidades aos vereadores e à Mineração Rio do Norte.
Depois de ter recebido zilhões $$$$$$ por IUM, (atual CFEM) e royalties, a prefeitura de Oriximiná, ao que parece gastou tudo em asfalto, se esquecendo de fomentar atividades produtivas sustentáveis e a implantação de serviços - incluindo aí telefonia e internet - de qualidade e que não dependessem, para sua efetivação, das benesses dos governos ou da iniciativa privada.
Prefeitos de diferentes partidos se locupletaram do dinheiro da prefeitura. E, num gesto de covardia, todos eles se ajoelharam aos pés da MRN, atribuindo a esta uma importância que nem mesma a empresa reconhecia como sua. Deu no que deu. Feitos filhotes de mucura se agarraram à MRN em troca de migalhas. Se bem que agumas quinquilharias foram obtidas. Mas a trôco de que?
Ao aproximar-se o prazo de 10 anos para o fim da exploração de bauxita nas minas existentes em seu município - a extração passará para os territórios de Faro e Terra Santa - recomeçou o chororô de alguns setores de Oriximiná.
Não digo que é injuto o esperneio. Mas, convenhamos, é no mínimo atrasado e fora de foco. Que a cidade precisa de internet de qualidade, isso nem se discute.
Mas,a final, o que tem a MRN a ver com tudo isso? Alegará a empresa que pagou as taxas e impostos devidos e que oferecer ou estender o sistema de internet utilizado pela empresa aos oriximinaenses não é sua atribuição. Certo ou errado?
Depende, de acordo com a ótica dos atores desse processo.
Eu, fico com a opinião de que quem deveria ter zelado ou lutado por internet de boa qualidade em Oriximiná são a prefeitura e os empresários locais.
Mas sei que haverá sempre aqueles que, baseados em uma imagem negativa per si de mineradoras, dirão que é obrigação dessas empresas dar água, egosto, hospitais e até internet em compensação pelo minério extraído de seus subsolos.
E não lhes tiro essa justa reivindicação, embora não concorde totalmente com esse pensamento.
Lagos correm perigo com devastação

Cilícia Ferreira
Repórter
A invasão que avança rumo ao Lago do Juá preocupa estudiosos da expansão urbana de Santarém. A ocupação desordenada é um fator de risco iminente para a destruição de um berçário de peixes e inimiga do meio ambiente.
Há quase dois meses, uma área de 1.372 hectares foi invadida às margens da rodovia Fernando Guilhon. A ocupação vem causando grandes danos ambientais que vão de derrubada e queimada da vegetação até chegar à mata ciliar - mata típica das margens dos igarapés que servem de proteção - que poderá conseqüentemente extingui-la, assim como o igarapé do Juá.
O engenheiro Roberto Branco, que já foi coordenador municipal de desenvolvimento urbano, em sua dissertação de mestrado, com o tema "a Urbanização de Santarém e a Preservação ambiental do Lago Mapiri: um estudo de caso", faz referência ao desenvolvimento urbano da cidade e importância da preservação do Lago do Mapiri. No trabalho foi abordado a formação da malha urbana que avançou involuntariamente para as áreas dos lagos e igarapés de Santarém. Ocasionando um crescimento desordenado.
A O Estado do Tapajós fez um comparativo do que já aconteceu com o Lago do Mapiri e que o poderá ocorrer com o Igarapé e Lago do Juá com a permanência dos invasores e omissão dos órgãos ambientais.
Roberto verifica que Juá e Mapiri são lagos que durante a cheia são invadidos pelo Rio Tapajós, mas durante a seca o processo é inverso, ou seja, os igarapés que deságuam no Tapajós alimentam os lagos. "Se não fossem os igarapés, durante a seca, os lagos não seriam lagos, seriam áreas baixas alagadas".
Por análise, segundo Roberto Branco, o que acontece atualmente com o Juá, tem as mesmas características do que aconteceu com o Mapiri.
O Mapiri vem sendo, ao longo dos anos, destruído em suas cabeceiras. Os invasores ocupam as áreas cada vez mais próximas do igarapé, destruindo as matas ciliares. No caso do Mapiri, o igarapé do Irurá que o mantém tem sido prejudicado pela descida de areia da Serra do Índio, onde foi retirada a ponta superior da serra a fim de reduzir a altura da serra e facilitar o pouso de aeronaves no antigo aeroporto da cidade. A ação causou um dano ambiental sério, pois os idealizadores da obra não previram o desastre do assoreamento do Irurá com a descida das terras durante a chuva.
Segundo Roberto, matando o igarapé acaba-se com a biodiversidade e transforma-se a área em um 'deserto'. Salientou o avanço das habitações do bairro do Santarenzinho às margens do igarapé, causando um estrangulamento do córrego. O engenheiro é a favor da retirada total da Serra do Índio, pois o impacto seria menor visto que a preocupação deveria ocorrer antes da retirada da parte superior da serra que lhe servia de proteção. Agora sem a proteção natural, a areia desce impactando o ambiente, assoreando o igarapé e toda região.
A proibição da retirada é incoerente na visão do engenheiro. Com a remoção total da serra, a alternativa proposta por ele seria o reflorestamento da área e a construção de uma escola florestal, um bosque ou outra área verde para a cidade.

Atualmente, o Juá passa pela mesma ameaça de degradação do Mapiri, só que ainda é possível impedir que isso aconteça. O ideal é proteger as matas ciliares obedecendo a uma distância de 100 metros, no mínimo, e não 30 metros com prevê a lei federal. Segundo Roberto Branco, apenas os 30 metros não conseguem proteger o igarapé. Ele aponta que algumas casas de banho já se instalaram. Com a entrada dos invasores, as queimadas estão chegando até a beira do igarapé.
O engenheiro enfatiza que a destruição da vegetação que protege as margens do igarapé fará com que água da chuva conjuntamente com a terra carreie para o lago possibilitando o assoreamento. Ele diz que se espanta ao ver a omissão do governo, dos órgãos ambientais e das organizações não-governamentais engajadas na luta contra a destruição da Amazônia, não e pronunciarem e nem agirem em função do igarapé e do lago do Juá.
Segundo Roberto, a área em torno do Juá, por se tratar de um terreno muito arenoso, a queimada da vegetação e ocupação desordenada pode causar o aparecimento das voçorocas, que são grandes valas. E salienta que a vegetação é diferenciada das demais encontradas na região, no entanto, que tem grande importância para o equilíbrio ecológico da região, fazendo com que os animais se mantenham no local e o cerrado ajude não só na proteção natural do igarapé e lago, mas também no clima da cidade.
Roberto observa que nos processos expansões desordenadas é imprescindível que o poder público chegue antes da população, ou seja, fazer a urbanização organizada para que quando população chegar à área encontre um sistema viável de habitação, com os lotes definidos, com a implantação de rede de água, de esgoto e de eletricidade. Proporcionando o crescimento urbano equilibrado, evitando o caos.
O ex-coordenador de urbanismo aponta que a solução é o isolamento imediato das margens do igarapé e da praia. "Pois quanto mais tempo se omite mais área se degrada. O poder público tem essa obrigação, as margens dos igarapés, mesmo passando dentro de propriedades privadas, tem proteção legal. Isolando as margens, o restante do terreno fica a critério do proprietário para utilizá-lo de forma que não degrade o ambiente", alerta Roberto.
Ele afirmou que ao longo dos anos, o igarapé do Juá vem sofrendo ameaças de destruição e alerta que os maiores prejudicados da degradação ambiental são os próprios invasores do terreno às margens da rodovia Fernando Guilhon, que ao ocuparem desordenadamente, acarretam problemas graves de infra-estrutura, saúde pública, educação e outros danos sócio-econômicos.
Presidente eleito da OAB defende diploma para jornalista

Repórter
O novo presidente da subseccional da OAB, advogado José Ricardo Geller, defende a obrigatoriedade do diploma para a profissão de jornalista, apóia a campanha pelo voto consciente e se posiciona contrario ao foro privilegiado.
A chapa encabeçada por José Ricardo Geller venceu a disputa contra a chapa de Geraldo Sirotheau pela presidência da subseção da OAB de Santarém.
O presidente eleito da OAB reconhece que o pleito foi muito disputado por que, segundo ele, 'houve interferência partidária na campanha".
Leia íntegra da entrevista:
O Estado do Tapajós - Com uma diferença apertada para o segundo colocado, a nova diretoria pretende encampar algumas bandeiras de campanhda da chapa de Geraldo Sirotheau? Se sim quais?
José Ricardo Geller - Temos um projeto de administração da Subseção construído com intensa participação de advogados e advogadas. Ele será nosso guia de compromissos. Contudo, estamos abertos a contribuições, sugestões e acréscimos qualitativos, na Diretoria e Conselho Subsecional, de todos os colegas. Nosso objetivo é realizar o melhor para a advocacia e a OAB, de forma ética, coerente e justa.
O Estado do Tapajós - O senhor esperava um votação tão apertada? O que contribuiu para isso na sua opinião?
José Ricardo Geller - Esperava sim. As estratégias da política partidária não devem ser modelo para as eleições da Ordem. Aqui não temos partidos. O sistema eleitoral na OAB deve ser democrático puro, sem estar permeado de interesses particulares ou de grupos. Acabada a eleição não há divisões. A OAB é a casa dos advogados e abriga a todos, independente de idéias ou partidos, segundo as normas.
O Estado do Tapajós - O senhor usou como discurso não permitir que a OAB se transformasse em feudo partidário, mas como explicar a maciça participação de advogados do PT ou ligados à administração municipal em sua chapa?
José Ricardo Geller - Somos contra e renovamos a convicção de que a OAB não deve ser feudo de partidos políticos, que devem ter vinculação apenas com o Legislativo e suas atribuições constitucionais e legais. Que eu saiba, há um filiado a partido em nossa chapa, o Dr. Roberto Vinholte, ao PTB, mas nunca disputou cargo político. Da outra chapa seis membros já haviam disputado cargos nas lutas partidárias.
O Estado do Tapajós - O que o senhor acha de como a OAB deve se posicionar diante de demandas do movimento social organizado?
José Ricardo Geller - A OAB deve atuar no limite de suas competências e finalidades normativas. A par das atribuições internas, a OAB defenderá a Constituição, o Estado de Direito, os direitos humanos fundamentais, a justiça social, lutará pela boa aplicação das leis, rápida administração da justiça e aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas. A Ordem cumprirá com sua função social histórica.
O Estado do Tapajós - A OAB vem sendo acusado de inércia e desinteresse em questões fundamentais para a cidade e região, como asfaltamento da BR-163, criação do estado do Tapajós, funcionamento pleno do hospital regional. O que o senhor pensa sobre essas trê grandes demandas?
José Ricardo Geller - A OAB não se furtará de apreciar as questões locais e regionais importantes no âmbito da Diretoria e Conselho. Não vai criar a ilusão de que poderá resolver ou decidir. Chega de vendedores de ilusões. Queremos mudanças coerentes com nossa realidade e cultura, com nossos valores, com nossa dignidade.
O Estado do Tapajós - O senhor é a favor da campanhaque visa impdir impedir que cidadãos processados sejam impedidos de se candidatar ou se reeleger a cargos legislativos?
José Ricardo Geller - O Conselho Federal da OAB é favorável a idéia da ficha limpa para candidatos aos cargos políticos em geral. Não distoamos, mas isto não significa prévio julgamento ou condenação antecipada. Apenas cria um novo critério eletivo, isto é, só pode ser candidato quem atender novas condições e exigências. Do ponto de vista ético-filosófico é saudável e defensável. Basta de artifícios formais.
O Estado do Tapajós - Qual sua opinião sobre foro privilegiado?
José Ricardo Geller - Pessoalmente somos contrários a todos os privilégios. O princípio da igualdade reclama maior irradiação normativa constitucional. Não é bom para a sociedade nem para o Estado instituir ou manter privilégios fora dos que estão inscritos na Constituição. Porém, não se deve confundir privilégios com prerrogativas de função ou cargo nem com direitos à proteção.
O Estado do Tapajós - Como o senhor vê a tentativa de dispensa do exame da Ordem para o ingresso do bacharel de direito no efetivo exercício da advocacia e do fim do quinto constitucional nos tribunais superiores?
José Ricardo Geller - Somos frontalmente contrários à dispensa do exame de ordem para os que querem exercer a advocacia. Precisamos fortalecê-lo para bem atender aos jurisdicionados. A inclusão de questões das disciplinas propedêuticas são provas do vigor do exame de ordem. O acesso de advogados à magistratura pela via do quinto constitucional é engrandecedor e deve ser mantido.
O Estado do Tapajós - Como o senhor analisa o fim da obrigatoriedade do diploma para a profissão de jornalista e se essa decisão do STF abre precedente para que sejam desregulamentas outras categorias profissionais, inclusivedo advogado?
José Ricardo Geller - Embora a profissão de jornalista pareça acessível a curiosos, isto não se pode pretender de serviços mais técnicos. Não cremos que a decisão circunstancial do STF retire a importância técnica e ética do curso de jornalismo. De igual sorte nas outras profissões. Do contrário, voltaremos ao tempo em que charlatões agiam como se fossem médicos. Precisamos evoluir, crescer e não regredir.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Quilombolas do Arapemã esperam por titulação. Produtores rurais pedem anulação da sentença
REPÓRTER
O Chefe do Serviço de Regularização do Território Quilombola do INCRA de Santarém, Martfran Albuquerque, reconheceu que a titulação das terras dos quilombolas na região do Arapemã, na várzea de Santarém, está atrasada. "Encaminhamento prático e recente, temos apenas a instalação de placas dando publicidade à decisão da Justiça Federal", explicou Martfran.
O Juiz Francisco de Assis Garcês Castro Júnior decidiu pela retirada imediata dos não quilombolas da comunidade de Arapemã. A sentença foi o resultado de uma Ação Civil Pública movida pelo Instituo de Colonização e Reforma Agrária e Recursos Renováveis (INCRA) e pelo Ministério Público Federal (MPF). A sentença foi dada em 31 de julho de 2009, tendo como punição o pagamento individualizado de cinqüenta mil reais e uso de força policial, se necessário, mas os quilombolas afirmam que ainda levam gado para a área delimitada.
Devido o fenômeno das terras caídas a comunidade de Arapemã tem passado por um conflito de terras entre os produtores rurais e remanescentes quilombolas. A área total da comunidade é de 3.828 e a área delimitada pelo juiz é de 1.075 hectares.
Os produtores rurais informam que cumprirão a determinação judicial, contudo, entraram com uma ação pedindo a anulação da sentença.
Segundo Adinor Batista, vice-presidente do Sindicato Rural de Santarém, a insatisfação dos produtores rurais, que praticam atividades rurais na área e não são quilombolas, é com relação ao pedido de extensão das áreas quilombolas para as áreas dos produtores rurais. Ele diz que concorda que o fenômeno tem das terras caídas tem prejudicado os quilombolas, mas discorda com o pedido de extensão das terras quilombolas para as terras dos produtores. Defende o argumento de "que não se pode tirar de um para se dar para outro".
Leia a matéria completa aqui
Jari: uma história errada desde o coronel José Júlio
O grupo Orsa anunciou, no início do mês, que decidiu transferir sua matriz de controles, antes instalada em São Paulo, onde a corporação tem sua sede, para Monte Dourado, no Pará. A decisão foi adotada como forma de “celebrar os 110 anos do início do extrativismo no Vale do Jari e a concepção do Projeto Jari, adquirido no ano 2000 pelo Grupo Orsa, data da mudança em relação à sustentabilidade”.
A transferência é uma iniciativa positiva. A inspiração é péssima. Não há razão decente para celebrar o início do império do coronel José Júlio de Andrade no vale do rio Jari. Durante quase meio século, entre 1899 e 1948, quando vendeu as terras que dizia lhe pertencerem a um grupo de comerciantes portugueses, o imigrante cearense impôs um regime de violência, abusos e trabalho escravo sobre legiões de trabalhadores, que recrutou para a coleta de castanha, seringa e balata.
A história oficial, à qual os atuais proprietários do Jari dão um toque de renovação descabida, proclama José Júlio como herói, o desbravador do vale, o mecenas, patrono e padrinho de centenas de afilhados e seus dependentes, aos quais proporcionava ofício e meios de sobrevivência. Era, de fato, muito poderoso. Tinha um dos mais extensos domínios de terra, embora boa parte da papelada que juntou não lhe conferisse propriedade legal. Ele esquentava os papéis com seu prestígio junto aos políticos e governantes da 1ª República no Pará. Dava-lhes abundância de votos recrutados em currais cativos e financiava campanhas. Em troca, recebia os favores da lei – e o que a própria lei não seria capaz de conferir.
Essa farsa desmoronou quando, em 1928, um dos navios de sua frota atracou em Belém. Trazia dezenas de trabalhadores, que se rebelaram contra o regime de escravidão a que eram submetidos. Sob a liderança de outro cearense, José Cesário, tomaram a embarcação e fugiram do reino de pavor, trazendo consigo as provas vivas e documentais do que sofriam. Embora José Júlio comprasse jornalistas e autoridades, O Estado do Pará reproduziu com destaque as denúncias dos fugitivos, provocando um grande impacto junto à opinião pública da capital.
O impacto ainda ressoava quando os tenentes fizeram sua revolução, em 1930. O líder do movimento no Pará, Magalhães Barata, tomou José Júlio como exemplo do regime “carcomido” que queriam eliminar e lhe dispensou perseguição pessoal, como uma espécie de vingança pelo que fez no Jari aos trabalhadores. Obrigou o antigo soba a se refugiar no Rio de Janeiro e se desfazer do latifúndio.
Depois de passar pelo grupo português, as terras foram compradas por Daniel Ludwig, em 1967. Começava o Projeto Jari, nacionalizado em 1982, porque o milionário americano se recusou a pagar o empréstimo internacional que contraiu para a aquisição da fábrica de celulose e de uma termelétrica, com o aval do tesouro nacional. Em 2000 o empreendimento passou para o grupo Orsa, que pagou um dólar como valor simbólico e assumiu a dívida ainda remanescente, de 415 milhões de dólares.
Ao celebrar os 110 anos de extrativismo no Jari, a Orsa retoma uma história trágica dando-lhe falsa roupagem cor de rosa. Antes de se lançar a essa infeliz aventura, a empresa devia fazer uma revisão mais rigorosa do passado no vale. Um dos participantes da revolta de 1928, Jesus de Miranda Carvalho, escreveu um livro, Revolução do Jari (2004, 113 páginas, Smith Produções Gráficas), que é um testemunho precioso sobre a história verdadeira, que a empresa paulista ignora, do “maior escravista da região”. Fazendo a opção errada, os novos donos do Jari assumem um papel negativo no novo enredo.
Aftosa: Multa para quem não vacinar rebanho
A campanha tem como objetivo radicar o ocorrência da doença na Área 3, a qual fazem parte trinta e três municípios que estão classificados como alto risco, os quais o órgão pretende conseguir a mudança para médio risco.
Os pecuaristas têm ate o final do mês para fazer a vacinação de seu rebanho, prazo que não tem previsão para ser prorrogado. Após a vacinação é necessário que estes compareçam na sede da unidade da Adepará, em Santarém, munidos dos documentos necessários a comprovação da vacinação até o dia quinze de dezembro, caso não ocorra a vacinação ou comparecimento para constatação, nos prazos estabelecidos pelo órgão, o pecuarista está sujeito a multa. As multas variam de R$ 145,00 para quem não vacinou no prazo e de R$ 135,29 por não comparecimento para comprovação até quinze de dezembro. Após estas datas o pecuarista deve continuar a vacinação de seu rebanho, o que não o isenta da multa por não cumprimento dos prazos estipulados.
Leia a matéria completa aqui.
Proposta criaçãode comissão externa da Assembléia para acompanhar instalaçãode Mojuí dos Campos
Assim que tomou conhecimento da decisão do TSE, Carlos Martins apresentou na Assembleia Legislativa requerimento solicitando a criação de uma Comissão Externa para acompanhar as eleições municipais e a estruturação de Mojuí dos Campos, já aprovado pelo Plenário dessa Casa e constituída pelos deputados Alexandre Von (PSDB) e Antônio Rocha (PMDB), além de Carlos Martins.
A Comissão que já se reuniu, no dia 17, com representantes do TRE-PA, que afirmaram que a Corte está elaborando a minuta de resolução que regulamentará as eleições para prefeito e vereadores do novo município. A minuta deverá ficar pronta antes do recesso, que terá inicio no dia 20 de dezembro. “É provável que as eleições ocorram no final de março, se for cumprido tudo aquilo que nos foi repassado. Aguardamos com ansiedade a instalação do município de Mojuí dos Campos, pois é algo almejado pela população local há muito tempo e que só agora poderá ser concretizada” informa. A Comissão pretende visitar outros órgãos, como o TCM e TCE, além de promover audiências publicas na localidade.
Os deputados Carlos Martins (PT), Alexandre Von(PSDB) e Antõnio Rocha (PMDB) apresentaramemendas ao projeto de lei orçamentária para o exercício de 2010, propondo a destinação de recursos para a construção de prédios da Prefeitura Câmara de vereadores.
Nepotismo pode provocar ação contra prefeitura de Santarém
A oposição em Santarém, está colhendo provas de casos de nepotismo que, segundo ela, a Prefeita Maria do Carmo vem praticando, objetivando ingressar na Justiça pela prática de crime de responsabilidade. Um caso já foi confirmado. Trata-se do irmão de uma Secretária o qual exerce o cargo de procurador no Município que, aliás, neste cargo, participou de reunião no caso da Gleba Nova Olinda, do Rio Arapiuns. Os casos de nepotismo podem gerar também devolução dos valores pagos indevidamente.
Leia a íntegra da coluna aqui.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
A equipe do projeto premiado
Miguel!
Agradecemos pela bonita divulgação desse momento tão especial pra todos nós, que formamos a Equipe do Projeto Rádio Pela Educação.
Sem dúvidas, que todo esse êxito é fruto de muito trabalho e dedicação, de um coletivo de pessoas que contribuem para que o Rádio Pela Educação se projete.
Estamos muito felizes pela conquista.
Esse Prêmio só nos estimula ainda mais a continuarmos contribuindo com nossa sociedade e partilhando sonhos com nossas crianças e adolescentes de que é possível a construção de um mundo melhor, através da aquisição do conhecimento e da Educação..
Um grande abraço da Equipe que forma a mais Nova Tecnologia Social do Brasil – Rádio pela Educação.
EQUIPE TÉCNICA:
Coordenadora: Rosa Rodrigues
Produtora Executiva: Socorro Carvalho
Assessora Pedagógica: Adrya Letícia
Repórteres: Ageíse Navarro, Cesar Sousa e Júlio Guimarães.
Diretor de Edição: José Maria Gama
Auxiliar Administrativa: Lizandra Brasil
Coordenação Geral: Pe. Edilberto Sena
Estragando a guerra com baladeira
Pró-Saúde e diretores são premiados no Hospital Best
A Pró-Saúde, seu presidente, Paulo Roberto Mergulhão, e o diretor de Administração, Carlos Massarenti, foram premiados na edição 2009 do Hospital Best, um dos principais prêmios do setor de saúde. A Pró-Saúde foi escolhida em três categorias: Administração Hospitalar terceirizada, Consultoria Hospitalar e Responsabilidade Social.Se este fosse um país sério e se os responsáveis por esse prêmio tivessem conhecimento da péssima atuação da Pro-Saúde na administração do Hospital Regional do Oeste do Pará, esses picaretas não fariam jus a essa homenagem.
Relógio atrasado
Os senadores Flexa Ribeiro e Arthir Virgílio apresentaram projeto de lei para alterar a lei nº 11.662 igualou o horário do Oeste do Pará, Acre e parte do Amazonas com Brasília, tão logo o Senado aprovou a realização de referendo para o estado do Acre.
Pelo projeto dos senadores tucanos, haverá também consulta popular nos estados do Amazonas e Pará.
Nota do editor: O Blog do Estado apóia o novo fuso horário da regiao Oeste do Pará.
Programa da Rádio Rural ganha prêmio nacional da Fundação Banco do Brasil


Conforme antecipado pelo twitter do Blog do Estado, o projeto Rádio pela Educação, da Rádio Rural de Santarém foi o vencedor do prêmio de tecnologia social da Fundação Banco do Brasil na categoria direitos da criança e do adolescentes, divulgado ontem à noite, em Brasília.
O 'rádio pela educação' - combate a evasão escolar e repetência de alunos através das ondas do rádio - concorreu com outras duas importantes experiências nacionais: criação de vídeos e documentários em Belo Horizonte e o uso de desenhos como forma de interação entre crianças da periferia de São Paulo.
Na primeira foto, padre Edilberto Sena e Rosa Rodrigues, representantes da Rádio Rural, no momento do anúncio do prêmio de 50 mil reais.
Na segunda foto, padre Edilberto Sena, da Rádio Rural, Bernd Widlich, da Embaixada da Alemanha e Miguel Oliveira, de O Estado do Taspajós.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Jornalista aposta no açaí para fugir do desemprego e empreender
Do Comunique-se, em São Paulo
Uma ameaça de demissão aguçou a criatividade do jornalista Thiago Rocha de empreender e ter seu próprio negócio. “Nossa, não é possível que vou ter que recomeçar tudo de novo”. Foi o que pensou ao ouvir os boatos de que a AOL, uma das melhores empresas em que já trabalhou, iria fechar. Após ficar sem saída, decidiu abrir a República do Açaí.
No começo seus colegas de redação estranharam a iniciativa do jornalista, mas hoje, quase cinco anos depois, ele ganha tão bem quanto um gerente de conteúdo, e ainda trabalha como repórter.
No dia 21 de fevereiro de 2005, Rocha lançou a sua loja, após perceber que o mercado de trabalho no jornalismo estava cada vez mais concorrido, o que levou ele a buscar algo paralelo à profissão.
O jornalista nunca havia trabalhado com açaí, era apenas um apreciador da fruta amazônica. Antes de se formar, trabalhou por três anos em comércio e pôde colocar este aprendizado em prática.
Leia mais aqui.
Comissão da ALC é aprovada
Além do autor, os deputados Antonio Rocha, Carlos Martins e Gabriel Guerreiro já anunciaram o desejo de particiapar dessa comissão.
UFPA anula questãode Geografia
Segundo a assessoria da instituição, não houve vazamento. Foi constatada apenas que a questão era semelhante com uma prova utilizada em um vestibular na Bahia, em 2007, e por isso, a diretoria do Centro de Processos Seletivos achou melhor anular a questão.
O item anulado foi o de número 19. O gabarito da primeira fase já foi retificado no site do Ceps (www.ceps.ufpa.br). Todos os candidatos receberão a pontuação referente ao quesito anulado.
De acordo com a diretora do Centro de Processos Seletivos da UFPA, Marilucia Oliveira, a Universidade tem um compromisso moral de prezar pelo ineditismo das questões de seu vestibular. Embora não haja nenhuma obrigatoriedade legal para que as questões de vestibulares sejam inéditas, a anulação foi decidida pela UFPA, por mérito de lisura. 'Nós temos um controle de qualidade e um padrão mínimo que não admite questões repetidas em nossas provas. Por isso, após ter sido detectada a proximidade da questão com a da prova de outra instituição, achamos ético anulá-la', afirmou Marilucia.
Recursos - Os candidatos que realizaram a prova no último domingo (22) tiveram até às 14h30 de hoje para interporem recursos no Centro de Processos Seletivos. O gabarito definitivo da prova será disponibilizado a partir da quarta-feira (25). A previsão é de que o resultado final dos aprovados saia, no máximo, em dez dias. (Portal ORM)
Rádio Rural é finalista do prêmio de tecnologia social
Juiz condena ex-prefeito, prefeito e vice de Terra Santa
Do Espaço Aberto:
O juiz eleitoral da 89ª Zona, Wilson de Souza Corrêa, passou a caneta no prefeito e vice de Terra Santa, respectivamente Marcílio Costa Picanço e Januário Miranda Lobato. E não só eles. O ex-prefeito Adalberto Cavalcante Anequino também entrou na canetada.Caneta, no caso, é a sentença condenatória que pune os três com inelegibilidade por três anos, contados de outubro do ano passado, e multa de 50 mil UFIRs para cada. Marcílio e Januário também tiveram cassados seus diplomas.
Os três foram alvo de uma ação de investigação judicial porque, no convite para inauguração de obras públicas, divulgado em carro som em outubro do ano passado, ficou caracterizada a propaganda em favor de Marcílio e Januário, integrantes da chapa que o então prefeito Adalberto Anequino apoiava.
“O abuso de poder político consiste no uso indevido de cargo ou função pública, com a finalidade de obter votos para determinado candidato. Sua gravidade diz respeito à utilização do múnus público para influenciar o eleitorado. Trata-se de uma atuação ímproba, de modo ilícito, de forma a desequilibrar a disputa eleitoral”, diz o magistrado na sentença condenatória.
Recursos beneficiam mais de 300 famílias de reservas extrativistas
Os R$ 150 mil repassados pela Sagri para a aquisição de 40 kits farinheira, 15 rabetões (pequenos barcos a motor), com capacidade para 10 toneladas cada, e de materiais e utensílios para a colheita do látexe da castanha do pará, e ainda para custear a formação e capacitação dosribeirinhos. O projeto surgiu de um diagnóstico elaborado pelo Conselho Gestor das reservas extrativistas.
(Fonte: Secom)
Boicote ao círio
Rompimento à vista
O fogo que consumiu as duas balsas de madeira no rio Arapiuns fez virar pó, também, a dobradinha que o reverendo fazia com aquela ONG barulhenta.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Cobertura do twitter do Blog do Estado é elogiada
Iniciada às 09:00h, a reunião da governadora Ana Júlia Carepa com os blogs paraenses foi bem civilizada, não se colocou ninguém no paredão.
Show de bola em matéria de blog e tuíter foi a atuação do mocorongo Miguel Oliveira e do presidente do PV Zé Carlos, que transmitiram e comentaram toda a conversa em tempo real. Estava inclusive muito melhor ler o que postavam incessantemente, do que efetivamente participar da discussão...
Vocês já sabem que o nosso estilo é mais de editorial, então com a ajuda de micro-câmera gravei umas respostas mais interessantes, para que a memória não me traia mais tarde ao comentar. Mesmo assim fiz duas perguntas: divisão do Estado e Saúde.
Com relação ao time do Flanar sou testemunha que o Dr. Carlos Barreto levou todas as perguntas da equipe, e sorteou de forma correta duas delas, que foram efetivamente feitas. Ele nem apresentou a sua própria pergunta, o que demonstra notável desprendimento. É verdade que ele me disse que vocês não vão acreditar, mas vale o meu testemunho, não é?.
E, prezado Zé Carlos, ao contrário do que você postou, a bateria não acabou no meio da gravação, estava apenas revisando o equipamento, rsrs.
Ana Júlia no twitter

Ana Júlia e os blogueiros
Ana Júlia presta contas em encontro de blogueiros em Belém
Garapeira Ypiranga
Time do São Raimundo foi desmontado
Ontem, em Tucurui, Time Negra, versão do Kirkatejêo apresentou sua zaga formada por Filho e Preto Marabá, na derrota por 3 x 1 para o Independente, de Tucurui. Outro contratado, Kolt Marrone, ficou no banco.
Déo Curuçá, outra peça importante no esquema do técnico Lúcio Santarém, estreou ontem em Cametá, e fez o gol da vitória contra o Castanhal.
Nesta semana, há rumores que outros jogadores não retornarão mais a Santarém e assinarão com outros times do interior do Pará.
O Ananindeua, do técnico Valter Lima, está de olho em um lateral e um meio-campo.
Círio reúne cerca de 100 mil pessoas
Um caldeirão de belezas. Na região do Tapajós.
Se alguém ainda tinha dúvidas de que a região de Santarém, no Tapajós, é a mais linda do Brasil, então agora deve ter afastado todas elas.
Para tanto, basta ter assistido à reportagem de mais de meia hora – o que equivaleria a umas 30 páginas de jornal – que o Caldeirão do Huck exibiu neste sábado (21).
Bem-humorada, terna, objetiva e com belas imagens (veja as fotos), a matéria sobre a aventura da família Nascimento – natural de Jaú, em São Paulo – em plena Floresta Amazônica, mais precisamente nas regiões de Urucureá e Suruacá, mostrou a riqueza cultural e o modo de vida simples, mas autossuficiente, de comunidades ribeirinhas. E desvendou hábitos e costumes desconhecidos de boa parte do Brasil.
Ponto para o Huck.
Ponto para a Globo.
Para sabe mais, clique aqui.
Jatene confirma candidatura ao governo do Estado
Em entrevista ao Diário do Pará, o ex-governador Simão Jatene declarou que está “trabalhando como nunca” para ser o candidato tucano ao governo. E garantiu não ter interesse em uma candidatura ao Senado, como vinha sendo ventilado por setores do próprio PSDB. “Claro que sou (pré-candidato ao governo) e o sou com muita satisfação, em decorrência do fato de que essa candidatura vem se forjando num esforço coletivo. Não sou candidato simplesmente porque quero ser. Sou candidato porque sinto nas ruas as pessoas me pedindo para ser. Por onde eu ando, ouço: ‘Governador, volte; nós precisamos do senhor’. Outra razão é que na classe política, prefeitos, vereadores, ex-prefeitos, deputados estaduais, federais do nosso partido e mesmo de outros partidos me procuraram para conversar. É isso que me alimenta. Se não fosse assim, eu estaria dando aulas na universidade, tocando violão, pescando”, declarou Jatene.
O ex-governador diz sentir também apoio da direção nacional do partido para o projeto de ser candidato. “A executiva tem informação desse sentimento mais geral. Eu confesso que jamais iria ficar insistindo, se não fosse isso. Teria até vergonha de ficar forjando alguma coisa ou tentando criar algum tipo de constrangimento às pessoas ou nas lideranças”.
Entre as vantagens como candidato, Jatene cita “forte adesão popular e espaço para aliança”. “Esta é uma candidatura que vai ganhar a eleição porque é o desejo do Estado, hoje”, disse o ex-governador. Jatene garantiu também acreditar que o PSDB não deixará para escolher o candidato em uma disputa durante a convenção partidária que ocorrerá em junho do ano que vem.
Mesmo evitando fazer críticas diretas ao ex-governador Almir Gabriel, Simão Jatene disse que o apoio que recebe hoje dentro do partido é fruto da decisão que tomou de ficar em Belém e cuidar dos tucanos durante o pesado luto pela derrota para Ana Júlia Carepa. Ao mesmo tempo, as dificuldades de Almir dentro da legenda viriam justamente do fato de ter “deixado o Estado e por duas vezes se despedido dizendo não querer mais saber de política”.
Segundo Jatene, Almir saiu “num momento em que o partido ficou vivendo um drama muito grande”.
SENADO
O ex-governador recebeu a reportagem do DIÁRIO, em seu apartamento, no centro de Belém, na última sexta-feira - três dias após um encontro em Brasília com o também ex-governador Almir Gabriel e com a direção nacional do PSDB. Dessa reunião, esperava-se que saísse o nome do candidato tucano ao governo nas eleições do ano que vem. Não houve, contudo, acordo entre os dois caciques e tudo indica que as negociações voltaram para a estaca zero, embora os dois lados tenham dito que as conversas “estão avançando”.
A vaga de candidato ao governo tucano vem sendo alvo de uma disputa interna jamais vista no PSDB. Hoje são três os pré-candidatos. Além dos ex-governadores, o senador Mário Couto voltou a anunciar que está no páreo. A disputa começou em março deste ano, com Almir Gabriel lançado o nome de Mário Couto e fazendo pesadas críticas ao ex-afilhado político Simão Jatene. De lá para cá, o partido já marcou pelo menos três datas para fazer o anúncio do candidato. Mário Couto chegou a anunciar que renunciaria em nome da unidade do partido, mas desde que o escolhido fosse Almir Gabriel. O problema é que, hoje, tanto Almir quanto Jatene brigam para ser o candidato ao governo.
Na entrevista ao DIÁRIO, Simão Jatene comentou as críticas feitas pelos partidários de Couto de que seria um candidato “pouco aguerrido” e por isso a opção por Mário ou Almir, que lutariam mais pela vitória. “Você já ouviu falar do preço da responsabilidade? Quanto mais responsável, mais alto é o preço que se paga. Quem não é responsável, pode dizer qualquer coisa, em qualquer circunstância. Como eu me sinto responsável, não dá para sair por ai pensando com o meu fígado, querendo parecer o valentão. Agora eu tenho uma quase obsessão na luta pelas minhas convicções”, disse.
Jatene garantiu que não será candidato ao Senado porque “não é isso que as pessoas pedem”. “Ninguém chegou e perguntou se eu ia ser candidato ao Senado, nunca me dizem, ‘olha te esperamos no Senado’”.
sábado, 21 de novembro de 2009
Manchetes deste final de semana de O Estado do Tapajós
CALOR VAI POR À PROVA RESISTÊNCIA DOS FIÉIS NO 91º CÍRO DA CONCEIÇÃO
DERRUBADA DE MATAS DE CONTENÇÃO DEIXARÁ LAGOS DESPROTEGIDOS
POLÍCIA FAZ PROSELITISMO DURANTE APREENSÃO DE DROGAS NA REGIÃO
EMENDAS GARANTEM OBRASA EM MOJUÍ
LIRA MAIA CRITICA CRIAÇÃO DE RESERVAS INDÍGENAS ARTIFICIAIS
ADEPARÁ ESPERA SUPERAR PRIMEIRA ETAPA DE VACINAÇÃO
ANUNCIADOS VICE-REITORA E PRO-REITORES DA UFOPA
II SALÃO DO LIVRO TEM PROGRAMAÇÃO DIVERSIFICADA
JARI; UMA HISTÓRIA ERRADA DESDE O CORONEL JOSÉ JÚLIO
QUILOMBOLAS DO ARAPEMÃ ESPERAM TITULAÇÃO, MAS PECUARISTAS TENTAM ANULAR SENTENÇA QUE RETIRA PARTE DE SUAS TERRAS
GELLER DEFENDE OBRIGATORIEDADE DE DIPLOMA PARA JORNALISTA
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Estado vai oferecer mais 1.196 vagas em nove concursos
A Secretaria de Estado de Administração (Sead) está elaborando mais nove concursos para o preenchimento de 1.196 vagas
em nove órgãos governamentais. Serão ofertadas 22 vagas para a Secretaria de Governo (Segov); 23 para a Secretaria de
Integração Regional (Seir); 57 para a Secretaria de Comunicação (Secom); 40 para Instituto de Florestas (Ideflor); 51 para a
Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapespa); 96 para o Instituto de Metrologia (Imep); 75 para a Fundação Hemopa; 158 para
Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa) e 674 para o Hospital Ophir Loyola.
Ainda não há data marcada para o lançamento dos editais, com exceção do concurso para o Ophir Loyola, cujo edital deverá
ser divulgado ainda este mês.
Outros seis concursos estão em andamento no Estado. Serão preenchidas vagas na Polícia Civil (350); Centrais de
Abastecimento do Pará - Ceasa (77); Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social - Sedes (60); Secretaria de Educação
- Seduc (220), Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado do Pará - Iasep (143) e Secretaria de Saúde Pública
- Sespa (cadastro de reserva).
Os concursos em andamento oferecem 850 vagas.
Um projeto que une Rádio e Educação quebra o isolamento de escolas na Amazônia
Elza Pires
Uma tecnologia social que une educação e comunicação já beneficiou, nos últimos dez anos, mais de 30 mil crianças e adolescentes em idade escolar nas regiões próximas a Santarém, no Pará. O Programa Rádio Pela Educação (PRPE) é uma realização da Diocese de Santarém, através da Rádio Rural. O programa foi escolhido como um dos 24 finalistas do prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais. O resultado do prêmio será anunciado no dia 24 de novembro quando serão escolhidos os oito melhores projetos.
Atualmente, o programa é realizado em parceria com as Secretarias Municipais de Educação de Santarém e Juruti. Conta, ainda, com a participação de escolas do município de Belterra. Além do conteúdo pedagógico do programa, que é trabalhado pelos professores em sala de aula, há também a instalação de equipamentos de som nas escolas que permitem uma rádio interna. A iniciativa estimula os alunos a elaborar conteúdos e ter contato com a produção do rádio na própria escola desenvolvendo programas a partir de cada realidade local.
A ação educativa a partir do programa de rádio Para Ouvir e Aprender chega às escolas espalhadas na região, através de radinhos à pilha ou à energia elétrica, tanto das zonas urbanas quanto das zonas rurais dos municípios envolvidos. Atinge comunidades distantes e isoladas da Amazônia onde o barco ainda é o principal meio de transporte. Neste cenário de isolamento, o programa de rádio é o principal meio utilizado pelos professores para tratar de temas como o incentivo à leitura e à escrita, a educação ambiental, os direitos da criança e do adolescente, entre outros. Os educadores desenvolvem as atividades pedagógicas considerando os conteúdos que também se encontram em um Guia Pedagógico, produzido pela equipe do PRPE em parceria com a Universidade Federal do Pará.
O Projeto já envolve cerca de 1.200 professores e professoras. O programa é transmitido pela Rádio Rural de Santarém, emissora da Diocese local. O ‘Para Ouvir e Aprender’ leva e traz, nas ondas do rádio, as vozes de meninas, meninos, professores, professoras, pais, especialistas, gestores públicos, etc. Vozes muitas vezes esquecidas nas regiões de difícil acesso, como nas regiões ribeirinhas, nas várzeas e nos planaltos, lugares onde só se chegam pelos rios Amazonas, Tapajós ou Arapiuns. Lugares para os quais se levam horas e até dias para chegar. Lugares onde só o rádio consegue quebrar a barreira da distância, do isolamento e do desconhecido.
São vozes que falam da escola, da comunidade, do bairro, da cidade, da educação, do dia-a-dia, de sonhos, de esperanças, do futuro e de cidadania. Seja através das cartas, entrevistas, debates, músicas, poesias, lendas e das radionovelas, as crianças e os adolescentes participam do mundo da comunicação como protagonistas da sua própria realidade.
Outra ação desenvolvida pelo programa é a implantação de rádios internas nas escolas atendidas pelo projeto. As escolas recebem equipamentos para montagem de um sistema de som, através do qual é desenvolvida a experiência de rádio na escola. Professores e alunos recebem orientações para a produção de programas de rádio na própria escola. A iniciativa começou ano passado e está sendo ampliada.
Três dias por semana a voz da professora, cede espaço para o rádio, que durante 30 minutos traz a educação por meio do programa ‘Para ouvir e Aprender’. Atentos, os alunos prestam atenção nas informações repassadas pelos locutores. O conteúdo aborda questões, por exemplo, sobre não jogar lixo no chão para não prejudicar a cidade. “Quando eu era pequena eu ouvia o rádio pela educação e aprendi muitas coisas”, explica Daiana Batista, 9 anos, uma das ouvintes do programa.
Para os professores o projeto é um grande parceiro na formação dos meninos e meninas: “É um poderoso aliado numa sociedade que, hoje, é muito influenciada pela mídia. A escola acaba sendo um pouco desinteressante em alguns pontos, mas o Rádio pela Educação traz a cidadania para dentro da sala de aula com temas relevantes como a humanização, os cuidados com o meio ambiente, isso é muito válido”, afirma a professora Emilse Diniz.Democratas do Oeste do Pará fazem encontro regional em Santarém
O II Encontro Regional do Democratas no Oeste do Pará será realizado neste sábado (21/11), a partir das 8:30 horas, na plenária da Câmara Municipal e contará com a presença de filiados e simpatizantes, lideranças comunitárias e de associações de bairros do município, além de lideres regionais e nacionais do partido.
O encontro terá a presença do presidente do Democratas Estadual, Deputado Federal Vic Pires, o vice presidente Estadual, Deputado Federal Lira Maia, as lideranças da região, como a presidente do Democratas Estadual Mulher e ex-vice-governadora, Valéria Pires Franco, o presidente do Democratas Jovens Nacional e Deputado Federal Efraim Filho, o Deputado Federal e líder do partido na câmara, Ronaldo Caiado, Deputado Federal, Márcio Junqueira, Deputado Federal, Antônio Carlos Magalhães – A.C.M. Neto, Senadora Kátia Abreu, os deputados estaduais, Márcio Miranda e Haroldo Martins. Estarão presentes, ainda, prefeitos, vices prefeitos e vereadores dos 28 município do Oeste do Pará.
Esta sendo feito um cadastramento para os interessados em participar do Encontro, os assessores dos vereadores Erasmo Maia e Henderson Pinto, no Gabinete da Câmara, estão fazendo as inscrições que também podem ser feitas através do site www.erasmomaia.com.br.
Montado atendimento médico para o círio
Dentre elas, estará o Pronto Socorro Móvel, que dará todo o suporte, além das ambulâncias do SAMU, e dois carros de apoio.
Durante todas as noites haverá profissionais para atender a população que necessitar de atendimento.
(Fonte: PMS)
Consciência negra
Carlos Brito*
Caríssimo, gostaria de partilhar essa reflexão com os leitores do seu blog, que na minha opinião é um dos mais conceituados da região.
Um povo que amargou e viu seu sangue ser derramado pela cobiça e pela burrice de quem se achava superior.
Passados séculos de uma realidade que ainda assombra e reflete na sociedade atual, o negro, o afro, o preto - ressurge como uma figura que ultrapassa gerações com a esperança e a fé nos orixás ao som dos tambores do fogo, do ar, da água e da terra. E nessa trajetória a alma da resistência surge na figura de zumbi dos palmares, dos negros, dos excluídos, dos cansados de sofrer.
Sonhador incansável e guerreiro de nascimento, o rebelde que carregava no peito o orgulho da cor, da cultura e costumes dos filhos da mãe áfrica. Apunhalado e morto como um animal, o fantasma de zumbi ainda perturba muitos poderosos e reencarna em muitos guerreiros que lutam pela igualdade, por melhores condições de moradia, de saúde, de educação ... de vida.
Axé aos negros, aos índios, aos brancos....Axé a vida!!!!
*Estudante de Jornalismo
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
PMS se une a empresários para evitar alagamentos no centro comercial
Uma das pautas destacadas na audiência pela Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES), pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e pelo Sindicato dos Lojistas (SINDLOJAS), foi sobre as medidas preventivas a serem tomadas pela prefeitura para evitar futuras inundações na Avenida Tapajós e no Belo Centro, a exemplo do que aconteceu este ano em função das fortes chuvas e da consequente elevação do nível dos rios Amazonas e Tapajós.
Como proposta, os representantes das entidades pediram que o governo municipal estude a possibilidade de fechar as comportas existentes no cais de arrimo. “Uma das causas da inundação do comércio este ano foi porque a água do rio voltou pelo esgoto. Se fecharmos as comportas e colocarmos bombas automáticas no caso das águas fluviais passarem por cima do cais, as inundações serão evitadas ou pelo menos, os danos serão menores”, explicou Laélio Walfredo, presidente da CDL.
A prefeita pediu um prazo para que o setor de engenharia da SEMINF avalie a proposta e encaminhe dentro dos próximos dias um parecer técnico. Sendo viável, a medida será adotada.
(Fonte: Assessoria de imprensa da PMS)
Ibama multa empresa em R$ 250 mil por declarar estoque falso em Santarém

“Ela não tinha o que declarou, ou seja, superestimou para poder comprar peixe ilegal e ter como esquentar”, explica Bruno Iespa, chefe da Divisão de Fiscalização da Gerência Executiva do órgão em Santarém.
Localizada na área urbana de Santarém, a empresa tentava com a fraude burlar a proibição de pesca no período de reprodução na bacia hidrográfica do rio Amazonas, que vai de 15 de novembro até 15 março.
Quem trabalha com peixe que entra no defeso tem que informar na Declaração de Estoque Pesqueiro a quantidade existente no frigorífico no fim do período de pesca. “Só vai poder negociar durante a época de reprodução o que já estocou e declarou ao Ibama”, diz Iespa, que vem intensificando a fiscalização nos locais de estocagem desde terça-feira (17/11).
Nas duas câmaras frias onde a empresa armazenava os peixes, de espécies como mapará, aracu, pirapitinga, curimatá, mandirá e tambaqui, os fiscais encontraram as irregularidades.
De acordo com o artigo 82 do Decreto 6514, de 2008, a multa por apresentar informação falsa ou enganosa nos sistemas oficiais de controle pode chegar a R$ 1 milhão.
(Fonte: Ibama)
Raimunda Monteiro designada para a vice-reitoria da UFOPA
Encalha meia passagem para alunos de cursos técnicos
O vereador Carlos Jaime(PT), relator do projeto que estabelece o direito à meia passagem para estudantes de ensino profissionalizantes vê o projeto de autoria do vereador Bruno Pará como polêmico. Mesmo evitando antecipar seu voto, Jaime reconhece que o projeto terá dificuldades de passar pela Câmara.
O vereador diz que embora pareça uma iniciativa favorável, há questões que precisam ser analisadas detalhadamente como o risco de derrame de carteiras; emissão de listas falsas. Informa que o que lhe preocupa é que esse benefício tenha um acréscimo na planilha de custos das empresas gerando o aumento da tarifa. Carlos argumenta analisando o impacto disso no conjunto da população.
Bruno Pará, autor do projeto, se defende dizendo que o objetivo principal é igualar o direito da classe estudantil. Ele diz que hoje têm direito à meia passagem os estudantes secundaristas e universitários e alega que se o estudante de 3° ano não passar na primeira tentativa no vestibular perde o direito da meia passagem, mesmo que o estudante não se acomode e tente se capacitar através de cursos técnicos e profissionalizantes. "Eu conheço muitos jovens que pararam os cursos técnicos porque tinham que pegar dois ônibus para ir e voltar ao curso e não tiveram mais condições de manter o custo", explica.
A reportagem questionou a intenção do projeto, de ter ou poder dar um sentido demagógico, feito só para ganhar votos, mas Bruno discordou e disse o projeto não tem esse sentido. Disse que a juventude, hoje, é mais esclarecida, vota em quem quiser e fala o quiser.
O posicionamento do Sindicato das Empresas de Transporte Público de Santarém (SETRANS) é de cautela. O presidente da entidade, Washington do Vale diz que vê com tristeza esse projeto, pois toda gratuidade ou desconto na tarifa precisa de uma fonte de custeio. Ele diz que não vê essa fonte explícita no projeto do vereador. "Alguém vai pagar a conta e quem vai pagar é o usuário da tarifa 'cheia', afirma.
Washington ressalta que em outras cidades proposta semelhantes à essa foram apresentadas , mas não obtiveram sucesso. Carlos Jaime e Evaldo Costa, ambos do PT, não assinaram a emenda.
O processo está tramitando há mais de 30 dias na Comissão de Constituição, Justiça e Redação da casa. É presidida pelo vereador Maurício Corrêa e tem como membros os vereadores Erasmo Maia e Carlos Jaime. Após passar pelas comissões irá para eleição de 1° turno e de 2º turno e definitivo. No caso da aprovação o prazo é de sessenta dias após a publicação para a emenda vigorar.
CURSOS TÉCNICOS FORENECERIAM AS LISTAS DE ALUNOS
Quando questionado sobre a responsabilidade da fiscalização da listagem dos alunos e dos cursos, Bruno Pará respondeu que as instituições educacionais dos cursos técnicos e profissionalizantes têm por obrigação informar trimestralmente a relação atualizada dos beneficiados às entidades que emitem a carteira quanto e ao Setrans, onde é vendido o vale transporte.
Segundo ele, isso ficou bem "amarrado" na emenda, justificando o critério para evitar fraudes de alunos, para que apenas se matriculem e não freqüentem o curso afim de receber somente o benefício. Como não há um tempo fixo dos cursos, alguns variam entre 6 meses a 1 ano, mas nenhum tem duração menor que três meses, por isso a definição do envio da relação dos estudantes ser trimestral", argumenta.
Bruno explica que as escolas aptas para o processo seriam as de ensino técnico e profissionalizante registradas, os cursos pré-vestibulares não entrariam na lista por causa do número de escolas informais. "Hoje, em qualquer lugar, se abre uma sala de curso pré-vestibular deixando muito aberto para a fiscalização, por isso nós adequamos e optamos só para os técnicos e profissionalizantes".
E com relação ao reajuste que, naturalmente, será repassado ao usuário que paga uma passagem inteira, o vereador que todo ano tem reajuste e, que os empresários de ônibus alegam melhorias dos serviços e dos veículos, mas que a maioria das pessoas não vê acontecer. Bruno argumenta que se houvesse um posicionamento do poder executivo garantindo o não reajuste - como o que prometeram no 1º semestre e, assim que a Câmara entrou em recesso esse reajuste veio à tona - seria o ideal. Ele elenca diversos aspectos que não justificam o valor da tarifa de ônibus que Santarém paga atualmente, como o tamanho da cidade e falta de infraestrutura das vias.
Escola estadual entra em reforma por pressão do MP
A maioria das escolas estaduais de Santarém ainda continua à espera de reformas. Além da escola Romana Leal estão na lista de reformas as escolas: Olindo Neves, Nossa Senhora de Guadalupe, Frei Othimar, Gonçalves Dias, Plácido de Castro e Álvaro Adolfo.
O Ministério Público, por meio do Promotor Hélio Rubens Pinho, entrou com duas Ações Civis Públicas para garantir a reforma nas escolas acima mencionadas.
Já na escola Frei Ambrósio, a reforma oficial do governo está prevista para 2010, sem mês definido. Segundo Vanilce Penaforte, diretora da escola, os serviços de reforma realizados recentemente foram feitos por iniciativa da escola com verba que o Conselho Escolar recebeu.
Ela diz que o conselho priorizou aplicar a verba nas necessidades emergenciais do educandário. Mas com a inclusão da escola na lista oficial de reformas escolares do governo estadual os serviços paliativos foram suspensos.
No entanto a diretora explica que a parte elétrica foi refeita e assim como a descontaminação do poço, que teve um aprofundamento e isolamento. O poço tem 43 metros de profundidade e oferece segurança para o consumo da água.
A previsão para o retorno das aulas no prédio era para quinta-feira (12). As aulas efetivamente no prédio começarão na segunda-feira (23).
Jatene não retira candidatura
Na reunião da executiva nacional, terça-feira, os senadores Sérgio Guerra e Tasso Jereissati, apresentaram a Almir o nome de Jatene para o governo e o dele para o Senado, o que de pronto não foi aceito por Almir, que contrapropôs a inversão da chapa, com Jatene concorrendo para o Senado.
Mas Jatene alegou que não tinha interesse em disputar o Senado pelo PSDB e que não poderia retirar sua pré-candiatura em favor de Almir porque "não era candidato de si próprio e sim de um grupo expresivo do partido no Pará'.
Diante do impasse, Jatene propôs a Almir que este voltasse ao Pará e se reunisse com as principais lideranças do partido, na capital e no interior, e discutisse com os correligionários sua candidatura ao governo.
Mas Almir não aceitou o desafio de discutir com as bases do PSDB o melhor nome para encabeçar a chapa oposicionista e preferiu deixar a reunião antes de seu final, sem pelo menos informar o que fará daqui pra frente.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
O grande escritor
Lúcio Flávio Pinto
Em 40 anos, completados neste ano, Philip Roth escreveu 30 livros. Aos 76 anos, escreve a intervalos cada vez mais curtos. Alega que é porque não poderia continuar a viver sem trabalhar. Sinal de que espera viver por mais tempo do que a média, sempre produtivo. Nem por isso cai a qualidade do seu trabalho literário. Muito pelo contrário. Ele expressa, como poucos, a vitalidade recente da literatura dos Estados Unidos, que a projetou para o topo mundial. Nunca ela chegou tão alto.
Era de se esperar que o Prêmio Nobel de Literatura fosse para Roth. A data, dos 40 anos de fecunda criação literária, era propícia para o reconhecimento. Mas a academia sueca preferiu uma escritora água-com-açucar, virando as costas para uma geração dos mais brilhantes escritores que os EUA já teve. Geração que vai se desfazendo, sempre à margem da maior premiação mundial ao engenho humano, o próprio Nobel, encalacrado nos seus males de origem (fundos destinados pelo inventor da dinamite). O próprio Roth, em entrevista ao Wall Street Journal, lembra que já se foram três gigantes nos últimos dois anos: Saul Bellow, Norman Mailer e John Updike. Na linha de frente, porém, ainda estão ativos primus inter pares, como Don DeLillo, Ed Doctorow, Reynolds Price, Joyce Carol Oates e Toni Morrison. O fato de nenhum deles ter sido lembrado até agora só depõe contra os selecionadores do Nobel.
Há um trecho da entrevista que me provocou boas lembranças de Nova York, onde o escritor mora, à parte das considerações sobre o terceiro livro de novelas de Roth, recém-lançado, de uma tetralogia a ser concluída no próximo ano (a obra já está escrita, à espera da publicação). É quando ele se refere à possibilidade de adquirir livros valiosos por baixo preço através de sites de “sebos”, mas reconhece que o melhor mesmo é visitar essas livrarias fisicamente, como ele fazia quando ia à Quarta Avenida. Na Modern Library, podiam-se comprar livros comuns por 25 centavos de dólar ou “os gigantes” por US$ 0,75, na década de 50.
Nas minhas poucas visitas aos Estados Unidos, andei por todos os “sebos” que meu tempo de estadia me permitia visitar, inclusive na 4ª Avenida. Não havia (e creio que ainda não há) mais baratos do que eles no mundo, nem mais deslumbrantemente ricos de material, ou ao menos pelos lugares que conheci ao redor do mundo, sempre estacionando nos “sebos”. No último giro pelos EUA, a convite do governo americano, em 1990, recebi uma verba para aquisição de livros. Gastei-a e a excedi em muito no circuito que fiz, incluindo vários Estados (conforme eu solicitara). Por onde passava, eu despachava pelo legendário correio os volumes formados pelas compras para Washington, de onde uma pessoa se encarregou de enviar – por via marítima, a mais barata – para Belém. Ao final, foram mais de 300 livros, 90% deles comprados em “sebos”, alguns deles surpreendentes, como o Powell’s, em Portland, com mais de um milhão de volumes em oferta.
No regresso, a programação incluía um jantar de despedida na capital americana. O encarregado da agenda cultural fez questão de aparecer no encontro para me conhecer. Eu era um acontecimento insólito para ele, há muitos anos trabalhando com visitantes oficiais: fora o primeiro que utilizara a verba para aquisição de livros, conforme pudera comprovar ao trocar os volumes dos embrulhos originais para os novos pacotes (e certamente conferindo os tipos de livros que eu comprara). Fui surpreendido por aquela demonstração de interesse e de reconhecimento, um dos momentos mais reconfortadores da viagem para um bibliófilo. Como me foi fonte de prazer a leitura da entrevista de Roth ao WSJ. Ler é viver pela segunda vez para quem vive e lê.'Índios" apreendem filmadoras para esconder rostos de incendiários
Repórter
As autoridades policiais terão muita dificuldade para identificar os autores do incêndio que destruiu, na última terça-feria (9), cerca de 1.500 metros cúbicos de madeira extraída legalmente, segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema) de planos de manejo da Gleba Nova Olinda. Orientados por integrantes de ONGs, Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Frente em Defesa da Amazônia (FDA) e por um funcionário da prefeitura de Santarém, lideranças que se auto-intitulam indígenas da região do rio Arapiuns impediram que as imagens dos preparativos para queima das duas balsas retidas na ponta do Pedrão, na comunidade de São Pedro, fossem registradas por equipes de televisão e do jornal O Estado do Tapajós. Os líderes da manifestação apreenderam os equipamentos da TV Amazônia e TV Guarany e retiveram a lancha que transportou as equipes de imprensa de Santarém até o local, para impedir que fossem feitas imagens dos rostos dos autores do incêndio no momento em que estes transportavam galhos secos, estopa e gasolina.
Somente após a madeira já estar sendo consumida pelas chamas é que os equipamentos foram devolvidos e os jornalistas tiveram permissão para se aproximar das balsas. Mas desde a chegada à praia onde os manifestantes se concentravam, há cerca de um mês, que os jornalistas começaram a ser intimidados por líderes supostamente indígenas da região do Maró. Assim que as duas lanchas atracaram, os 'índios' exigiram que os jornalistas se identificassem e avisaram, em tom de ameaça, que não seria permitida a captação de imagens dos manifestantes até que a equipe do Ministério Público Federal chegasse para a reunião. Por interferência de lideranças da comunidade de São Pedro, os jornalistas puderam assistir as reuniões, porém foram proibidos de filmar ou fotografar os manifestantes.
A insegurança dos jornalistas aumentou após a reunião dos 'índígen

Antes dessa decisão, os jornalistas foram chamados a uma reunião no interior do acampamento e comunicados que teriam que entregar os equipamentos de filmagem. Neste momento, um grupo de 'indígenas' tentou invadir a lancha onde se encontravam jornalista e tripulantes, mas foram dissuadidos de subir na embarcação. Após uma tensa negociação os equipamentos foram devolvidos e os jornalistas permaneceram no interior da lancha até que recebesse autorização dos manifestantes para deixar o local.
Queima da madeira já estava decidida
Em conversa com manifestantes, antes da chegada do procurador Cláudio Henrique, os jornalistas Miguel Oliveira, Carlos Silva e Ronilma Santos e os cinegrafistas Aloísio Junior e Márcio Bezerra puderam sentir que o desfecho do protesto, em caso do não atendimento das reivindicações, seria a destruição da madeira.
Os repórteres puderam identificar pessoas de Santarém e até do exterior infiltradas manifestação. Foram esses "assessores' que instigaram os 'indígenas' contra os jornalistas. Dentre estes estavam Dianel Cardoso, funcionário da secretaria de cultura de Santarém, Gilson Rêgo, membro da FDA e assessor da CPT e a geógrafa norte-americana d

Brenda foi quem retirou do interior de uma bajara algumas toalhas que foram entregues aos índios para serem utilizadas como chumaço embebido de gasolina.
Já Gilson era quem orientava os índios a questionarem as explicações do procurador Cláudio Henrique sobre a criação do território indígena do Maró. Ele por algumas vezes chego a interromper a reunião para reclamar do descaso Gilson(blusa rosa) e Brenda(Bermuda branca e boné vermelho)
da FUNAI para com os 'indígenas' da região do Arapiuns.
Dianel, apesar de ser servidor municipal, estava longe de seu local de trabalho, na sede do município, e era o locutor oficial da manifestação. Foi ele quem fez, inclusive, as mais pesadas críticas ao presidente da Câmara de Santarém, vereador José Maria Tapajós, à prefeita Maria do Carmo e à governadora Ana Júlia Carepa. Mesmo vigiados por alguns manifestantes e observados de perto por 'assessores', os jornalistas conseguiram driblar a vigilância, captar algumas imagens da reunião com o procurador federal e do momento da apreensão das câmeras de filmagens, e conversar com moradores de São Pedro, que não apoiavam o protesto.
Foram esses ribeirinhos que avisaram os jornalistas que algumas bajaras com 'indígenas' em seu interior já tinham atravessado o rio em busca de galhos secos, mesmo antes do final da reunião com as autoridades, mas os equipamentos embora ainda não tivessem sido apreendidos estavam na mira dos manifestantes e não puderam ser utilizados. Desse momento até o final da reunião a expectativa era o anúncio da queima da madeira, o que realmente aconteceu, mas os jornalistas não puderam documentar os preparativos, o deslocamento das bajaras e rabetas levando os 'índios' até as balsas carregadas de madeira.
Essa estratégia arquitetada pelos mentores dos manifestantes teve a clara intenção de dificultar a investigação policial a respeito do incêndio da madeira interditada no rio Arapiuns. Uma rabeta do agente comunitário de saúde(ACS) de São Pedro foi utilizada para transportar os 'indios' até as duas balsas. O fato foi comunicado por um jornalista ao procurador municipal Renato Alho, que se limitou a pedir que esse detalhe não fosse divulgado pela imprensa.
No momento em que começou o incêndio da madeira, o procurador Cláudio Henrique ainda se encontrava na praia do Pedrão e se recusou a permanecer no local a pedido dos jornalistas, como forma de inibir uma investida dos 'indígenas' contra a integridade dos profissionais de imprensa. Ele não concordou em deixar o local em comboio com a lancha que transportava os jornalistas. Nem o procurador, nem o delegado da Marinha, capitão Evandro Santos, eu também participou da reunião.
MPF exige pressa na solução dos conflitos no Arapiuns
O Ministério Público Federal considera necessária uma intervenção mais eficaz dos órgãos públicos para mediar o conflito. Entre as medidas que o MPF já solicitou, recomendou à Funai que apresse a demarcação da Terra Indígena Maró e pediu a extensão da operação Arco do Fogo para o território que está em disputa.
O estudo de identificação e delimitação da Terra Maró foi concluído em julho, mas até agora não foi apreciado pela presidência da Funai. - A lei estabelece prazo de 15 dias para que a Fundação Nacional do Índio aprecie o relatório de identificação, diz a recomendação do MPF. O prazo já se esgotou e a FUNAI já avisou que antes do final do ano o estudo não ficará pronto a tempo de ser publicado ainda este ano no Diário Oficial do Estado.
Os moradores acusam a Secretaria de Meio Ambiente do Pará de permitir manejo irregular no território que reivindicam como posse das comunidades tradicionais. Para o MPF, há evidências de extração irregular e a fiscalização é necessária. O procurador Cláudio Henrique anunciou que já pediu a realização de uma operação Arco de Fogo na Geba Nova Olinda, mas que o pedido está sendo analisado pela Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e IBAMA, em Brasília.
Reivindicações dos manifestantes
* Realização de operação pente-fino na gleba Nova Olinda com uma articulação entre os órgãos federais e estaduais;
* Que a madeira das balsas barradas seja identificada e medida na comunidade de São Pedro, com o acompanhamento dos comunitários do movimento, e que essa madeira, em caso de irregularidade, seja destinada às comunidades da região;
* Paralisação por completo a de todos os planos de manejo da gleba Nova Olinda;
* Doação/regularização das Terras Indígenas Maró com a demarcação pela Funai;
* Que a madeira que se encontra no pátio e nos planos de manejo seja beneficiada em Santarém e que por meio de leilão seja criado um fundo de reserva em benefício da Gleba Nova Olinda, sendo que parte do arrecadado deve ser doada para as comunidades afetadas pela enchente no município de Santarém;
* Retirada dos grileiros e madeireiros da gleba Nova Olinda;
* Ampliação da área do projeto de assentamento agroextrativista de Vista Alegre.