quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Emenda de Von garante apoio ao Cirio
De acordo com a emenda proposta pelo parlamentar santareno foi celebrado o Convênio Nº 016/2008, entre a Companhia Paraense de Turismo - PARATUR e a Fundação Cultural Dom Tiago, com sede no Município de Santarém, estando esta apta a receber o apoio financeiro do Governo do Estado do Pará, através da PARATUR.
Essa Celpa é de morte
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Alexandre Von defende a instalação de Mojuí dos Campos
Alexandre Von destacou, também, a atuação do deputado federal Joaquim de Lira Maia (DEM/PA) como membro da Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC Nº 495/2006, do Senado Federal, que neste momento tramita na Câmara dos Deputados. Através de Emenda proposta pelo parlamentar santareno, o texto final aprovado na Comissão Especial da Câmara Federal, e que deve ser ratificado pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, beneficiará tanto os municípios já instalados quanto os criados e não instalados, como é o caso de Mojuí dos Campos.
Sâo Raimundo derrotado pelo Pinheirense
Pinheirense 2 x0 São Raimundo
Pinheirense 1x0: Juba 15' 2º
Pinheirense 2x0: Juba 44' 2º
Em Castanhal(FINAL)
CASTANHAL 2 X 1 TIME NEGRA
Castanhal 1x0:Vadson(cabeça)20'1º
Time Negra 1x1:Nélio 39'1º
Castanhal 2x1:Marlon(cabeça)47'2º
No CEJU(FINAL)
VILA RICA 0 X 1 SPORT BELÉM
Sport 1x0:Hugo de Leon 34'1º
No Souza(FINAL)
TUNA 0 X 0 PEDREIRA
Sead confirma concurso público para Agência de Defesa Agropecuária do Pará
Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto
A história da hidrelétrica de Curuá-Una, velha aspiração dos santarenos, começou em 1952, quando a prefeitura de Santarém, na administração Santino Sirotheau Corrêa, contratou a empresa de consultoria Servix para os estudos iniciais e o projeto básico. Mas faltou dinheiro para a continuação do cronograma.
Em 1963, atendendo solicitação do deputado federal Sílvio Braga, o presidente João Goulart determinou à SPVEA (Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia, antecessora da Sudam) que declarasse a obra de primeira prioridade. Em outubro foi constituído o Grupo Executivo de Hidreletrificação de Curuá-Una, integrado por um representante da própria Spvea e outro da Comissão Estadual de Energia, com a assessoria técnica do futuro ministro de Minas e Energia, Mário Thibau. A empresa Grubima, de São Paulo, foi a vencedora da concorrência para a elaboração do projeto da usina, que ficou pronto em abril de 1964.
O Fundo de Valorização Econômica da Amazônia financiou a construção da via de acesso ao rio Curuá-Una, que utilizou o trecho inicial da estrada municipal para a colônia de Mojuí dos Campos. A principal obra era uma estrada de ponte. Os 50 quilômetros foram concluídos em janeiro de 1964. O relatório da SPVEA registrou com surpresa a presença humana na área da nova estrada e o seu estado de abandono:
"Ficamos deveras admirados com a alta densidade de população nas terras marginais da estrada, onde a fertilidade da terra é muito boa, porém quase inútil, pois essa estrada não permite o escoamento da safra".
Mas as obras entraram, a partir daí, numa fase de desativação.
São Raimundo enfrenta Pinheirense hoje à tarde
Local: Baenão(Belém)
Horário: 15 horas
Resultados dos jogos de ontem do Parazão
Em Castanhal
CASTANHAL 2 X 1 TIME NEGRA
Castanhal 1x0:Vadson(cabeça)20'1º
Time Negra 1x1:Nélio 39'1º
Castanhal 2x1:Marlon(cabeça)47'2º
No CEJU
VILA RICA 0 X 1 SPORT BELÉM
Sport 1x0:Hugo de Leon 34'1º
No Souza
TUNA 0 X 0 PEDREIRA
Pedófilo é preso em Itaituba
BELÉM(PA)- Uma operação da Polícia Civil de Itaituba, oeste do Pará, resultou na prisão em flagrante de Rildo Perisson Lima Ribeiro, de 30 anos, sob acusação de crime de pedofilia. Ele foi preso em flagrante em um “cyber-café”, por policiais civis da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), no momento em que tentava passar fotos de sexo explícito com crianças para um site na Internet. A prisão, ocorrida na tarde de segunda-feira, dia 17, foi coordenada pela delegada Flávia Renata Leal, diretora da DEAM em Itaituba.
De acordo com a delegada, a Polícia Civil tinha informações repassadas pelo proprietário de um estabelecimento de acesso aos serviços de Internet de que um homem havia deixado na lixeira de um dos computadores do local cerca de 50 fotos com cenas de sexo envolvendo menores de idade. As fotos foram cedidas à equipe policial que iniciou as investigações para identificar o pedófilo e as vítimas. Após três dias, a equipe policial chegou à identificação do autor do crime.
Na segunda-feira, a equipe formada pelo investigador Hércules e escrivão Haroldo, sob comando da delegada Flávia Leal e do delegado Tiago Rabelo, diretor da 19ª Seccional Urbana de Itaituba, prendeu Rildo. Ele foi conduzido à DEAM, onde prestou depoimento e confessou ter abusado sexualmente de uma menina de oito anos, que mora às proximidades de sua casa, nesse município. A criança aparece em uma das fotos apreendidas pelos policiais. Ela está sem roupa e posicionada em cima do acusado.
Além das fotos, Rildo possuía um “pen-drive” com mais fotos extraídas da Internet com cenas de sexo explícito com crianças de até dois anos de idade. “Isso indica que realmente ele faz parte de uma rede de pedofilia na Internet”, afirma a delegada Flávia. Agora, o trabalho de investigação terá por objetivo identificar a origem e os componentes da rede, bem como, os destinatários das fotos. Além da pedofilia, Rildo vai responder pelo crime de atentado violento ao pudor. O acusado ficará preso em Itaituba à disposição da Justiça.(Da Redação com informações Polícia Civil)
Coronel preside inquérito que apura morte de soldado PM
Mudou o presidente do inquérito policial-militar que apura a morte do soldado PM Cruz, no início de outubro passado, durante exercícios intensivos da Rotam na região do Rio Inhangapi, em Castanhal.
O tenente-coronel Roberto Campos, que presidia o procedimento, foi substituído pelo coronel Raimundo de Brito Silva Filho, o coronel Silva, como é conhecido por seu nome de guerra na PM.
Campos foi trocado porque, no curso da apuração, surgiram indícios de participação de oficial com patente acima da dele, nos incidentes que resultaram na morte do soldado. O oficial sob suspeita de envolvimento é o coronel Cunha, diretor de Ensino e Instrução da Polícia Militar.
Como o blog revelou no final de outubro, um dossiê volumoso e em poder de várias instâncias de investigação aponta como supostamente envolvidos na morte do soldado Cruz o capitão Vicente, o tenente Vulcão, o capitão Firmino e o comandante da Rotam, tenente-coronel Noura, além do coronel Cunha.
Relatos minuciosos sustentam fatos reveladores de torturas, pressões psicológicas insuportáveis e humilhações durante o curso da Rotam no qual morreu o soldado Cruz.
Manchetes da edição de quarta-feira de O Estado do Tapajós
PASSAGEIRA DIZ QUE PILTO AVISOU QUE AVIÃO ESTAVA SEM COMBUSTÍVEL
TRASLADAÇÃO LEVA IMAGEM A SÃO SEBASTIÃO
ALCOA PREVÊ EMBARQUE DE MINÉRIO DE JURUTI EM AGOSTO DE 2009
TROPICAL AUTO PEÇAS FESTEJA 25 ANOS
VEREADOR DENUNCIA FALTA DE TRANSPORTE ESCOLAR EM BELTERRA
FALTA DE BAFÔMETRO RETARDA FISCALIZAÇÃO EM RODOVIAS
JOVENS PERDEM AUDIÇÃO POR MAU USO DE FONES DE OUVIDO
SECCIONAL DE POLICIA DE SANTARÉMATENDE SOMENTE A FLAGRANTES DEVIDO À PARALISAÇÃO DOS DELEGADOS
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Mantido pelo TRE resultado da eleição em Juruti
Eleições que não acabam
O TRE julga agora Recurso protocolado pelo PMDB de Juruti. Pede que as eleições sejam anuladas, tendo em vista que os votos atribuídos ao seu candidato Isaias foram considerados nulos e somados aos nulos normais, atingem o número de 50% mais um.
Da Tribuna Dr. Robério defendeu esta tese. Ubiratam Casseta alerta que o Candidato Isais concorreu por ter ajuizado uma série de recursos, por tanto, correu o risco e deu causa a nulidade, razão por que não pode pleitear anulação. O relator André Bassalo vai na mesma linha.
Nessa eleição concorreram apenas dois candidatos, Isais do PMDB e
Henrique do PT.
O relator André Bassalo acompanhou o MP e negou provimento ao recurso.
Aprovado o relatório, mantem-se o resultado eleitoral, e o PT derrotou o PMDB em mais uma.
Bancada do Pará define 15 emendas no Orçamento 2009
Os parlamentares decidiram pulverizar as emendas pelo Estado, para contemplar o interior. Para estas regiões aparecem duas emendas, uma via Ministério da Integração, cuja destinação é de R$ 100 milhões, e a outra do Ministério do Turismo, com valor de R$ 200 milhões.
Para a expansão da rede previdenciária no Estado, cuja finalidade é ampliar de 27 para 74 o número de postos, foram alocados R$ 50 milhões. Já para a infra-estrutura e desenvolvimento da pesca em todo o território paraense foram destinados outros R$ 50 milhões.
Outras emendas indicadas pelos parlamentares visam a construção de praças esportivas em diversos municípios (R$ 50 milhões), para eventos de turismo (R$ 30 milhões), para o desenvolvimento da agricultura (R$ 100 milhões), para equipamentos de saúde (R$ 100 milhões), para macrodrenagem de cidades metropolitanas (R$ 80 milhões) e para regularização fundiária (R$ 50 milhões).
A crise na Santa Casa de Misericórdia também levou os representantes do Pará a destinarem recursos ao hospital (R$ 40 milhões). Ainda serão destinados R$ 20 milhões para a reestruturação da Justiça Federal no Estado.
Três emendas de remanejamento - quando são transferidos para outras obras recursos já destinados ao Estado - finalizam a lista. São R$ 40 milhões para a BR-308, R$ 60 milhões para a BR-316 e R$ 80 milhões para a ponte sobre o rio Araguaia.
(Com informações do gabinete do deputado Paulo Rocha)
Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto
As mudanças de hábitos e costumes na cidade provocou de "Tivúlcio", que não se identificou, um artigo, sob o título "Com o máximo respeito", em O Jornal de Santarém, de setembro de 1964, que reflete o nascente conflito de mentalidades em Santarém.
No tempo presente já não basta o cinturão que aperta a nossa castigada existência ainda passo a matracar nas coisas da nossa pândega sociedade, roubando a paciência dos esforçados diretores do "Centro Recreativo". Porém ERRARE HUMANUM EST.
O baile, com a presença do ilustre Governador do nosso Estado, teve a sua etiqueta ornamentada com a presença de distintas damas, sorridentes e simpáticas Mademoiselles e com o comportamento dos Dândis dançantes.
Com a evolução dos nossos costumes existem travancas de idéias entre os "maduros" e os novos de idéias apuradas.
A diretoria do Clube, constituída de elementos novos, com idéias apuradas, achou de bem apresentar uma amostra do chamado "ritmo" de Boate num baile de etiqueta. O resultado foi alguns disciplinados da turma dos "maduros" dar o fora.
Com o chamado ritmo de Boate, os Dom-Juanismos fazem as suas ilusórias conjecturas: - com pouca luz os velhos não enxergam e com muita luz ficam encadeados, e assim se trocam as enganações.
Não tenho bastante conhecimento de Boate porque nas cidades grandes aonde existem essas coisas compareci poucas vezes, levado por pessoas conhecidas, e para não gastar os meus escassos cruzeiros, tive a saída de dar desculpa que não sabia dançar e nem gostar de bebidas alcoólicas. Sei, entretanto, que o ambiente é escurinho, onde bebi as melhores bebidas alcoólicas, onde as moças tolas fazem estágio de aprendizagem do uso de cigarrinhos nas pontas dos dedos, aonde se dança sem cerimônia, mormente quando o espírito da água-gasosa trepa para o miolo dos fracos das pernas.
Em todo caso, não sou antiprogressista. Se Boate é para civilizar os nossos conservados costumes, tidos como de Provincianos e Aldeões, então vamos a ela com trouxas e bagagens.
Ana Júlia participa de evento sobre mudanças climáticas na Califórnia
A governadora aproveitará a oportunidade para mostrar os avanços das políticas que o governo paraense tem desenvolvido contra o desmatamento e a favor do reflorestamento, as quais integram o conjunto de ações do programa Um bilhão de árvores para a Amazônia. Ela estará acompanhada do secretário de estado de meio ambiente do Pará, Valmir Ortega e do presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp), Peter Mann de Toledo.
Valmir Ortega destaca que o programa "Um bilhão de Árvores" é, hoje, o mais audacioso na área. Para ele a cooperação com os países americanos pode se dar no investimento em projetos de pesquisas e outros que levem ao desenvolvimento da região, ajudando, principalmente, na restauração da floresta. "A atual política econômica desenvolvida no Pará tem um comprometimento primordial com o clima mundial e grande participação neste processo por ser um dos Estados que mais conservou suas florestas, com 52% das áreas protegidas sob a forma da lei. O Pará tem de se apresentar ao mundo como protagonista deste processo", reforça o secretário, que diz que é importante o Estado se mostrar aberto ao diálogo, mas não numa posição reativa e, sim, num papel pró-ativo.
Pantera estréia amanhã na primeira fase do Parazão
Hoje de manhã, no estádio do Souza, a Tuna enfrenta o Pedreira.
À tarde o campeonato prossegue com os jogos Vila Rica X Sport, no Souza, e Castanhal x Time Negra, em Canstanhal.
Amanhã, o São Raimundo estréia na competição enfrentando o Pinheirense.
Delegacia de polícia está 'ilhada'
Ontem, nenhum TCO ou B.O foi lavrado. Mesmo os casos de prisão em flagrante não tiveram andamento.
Hoje, o sitema on-line da polícia não funcionou até o momento. Registro de assaltos ocorridos na noite de hoje ainda não puderam ser feitos.
As reclamações se avolumam com o transcorrer do dia.
Venda de carros usados tem queda de 50% em Santarém
Repórter
A crise financeira internacional começa a atingir o mercado de automóveis. Com a redução do volume de crédito no mercado, algumas revendedoras de automóveis usados localizadas em Santarém tiveram queda de até 50% nas vendas financiadas. Uma das mais tradicionais da cidade tomou uma medida radical: fechou as portas. Mas em outras lojas do ramo, mesmo com os pátios cheios de opções, os consumidores santarenos estão comprando menos.
A redução no comércio de carros usados e novos está ligada aos fatores da crise econômica mundial. Fatores que provocam cautela entre os consumidores e adaptações nos revendedores. "Os juros estão muito alto e os consumidores preferem obedecer às orientações dos economistas que todos os dias aparecem nos programas de rádio, televisivos e nos jornais impressos, pedindo que os clientes tenham cautela antes de comprar um carro zero ou automóvel usado através de financiamentos", disse o vendedor de uma revendedora de automóveis em Santarém, João Azevedo, acrescentando que antes de ficar com medo e continuar sem transporte é preciso que o cliente consulte uma loja. "Acredito que o certo é pesquisar preços, juros e encontrar os carros mais econômicos para não ficar sem condução, já que não sabemos por quanto tempo a crise vai durar", destacou o vendedor dizendo que os clientes têm desejo em comprar seus carros, mas temem juros altos. "É um risco que o cliente tem que assimilar caso contrário, fica sem carro", lembrou Azevedo.
Com a crise algumas revendedoras sofrem com a escassez de venda e podem fechar. "O crédito diminuiu e provocou também o aumento de juros, diante disso, o cliente fica retraído, com medo e as revendedoras ficam com carros acumulados, só somando despesas. Por isso, acredito que poucas revendedoras vão agüentar a pressão", comentou o vendedor. Segundo ele, no setor automobilístico, os juros subiram, em média, de 1,3% para 1,9%. Os prazos de financiamento que antes chegavam a 60 meses, agora, na maioria das revendedoras, não passa dos 48 meses. Os bancos que antes financiavam até 100% do valor do carro, agora cobrem até 60%.
Contudo, mesmo com o clima de tensão, não há motivo para pânico. Ele afirma que o mercado interno ainda não sente os efeitos da crise ao apresentar ontem os números de setembro, o segundo melhor mês da história da indústria automobilística do país. As vendas cresceram 9,8% em setembro se comparadas com agosto e 31% no mesmo mês de 2007.
"A verdade é que para vencer a crise, vamos fazer de tudo para não deixar carros na prateleira", afirmou João lembrando que as vendas caíram se comparado ao grande volume de vendas dos últimos meses, mais que ainda continua normal graças aos planos e promoções feitas mensalmente", completou o vendedor.
A exposição de cadáver e a omissão do sindicato
Editor-chefe de O Estado do Tapajós
Acompanho, mesmo à distância e com especial interesse, a ação civil pública movida pela Procuradoria Geral do Estado, República de Emaús e Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH contra os jornais Diário do Pará, O Liberal e Amazônia Jornal. O motivo, todo mundo parece que sabe: a sangria nos jornais de Belém.
Exposição de cadáveres, algumas vezes mutilados, é o foco principal dessa ação que visa dar uma refrega no uso exagerado de imagens policiais com propósitos meramente comerciais.
Considero a ação pertinente em seu objetivo final, qual seja, pedir à Justiça que arbitre uma questão de interesse difuso da coletividade, uma das mais nobres iniciativas que tenho conhecimento no Estado do Pará. Mas, mesmo assim, o assunto não é pacífico, como pensam alguns.
Com o objetivo de contribuir para o debate, aqui de Santarém puder assistir a uma longa matéria exibida, nesta segunda-feira, no telejornal do SBT, apresentado por Úrsula Vidal, na hora do almoço. Embora impecável quanto à apresentação do fato per si, a matéria pecou por fazer uma abordagem muito superficial sobre um assunto tão complexo. Limitou-se a ouvir a opinião de uns poucos leitores contra ou a favor da iniciativa. Mas faltou ouvir quem realmente tinha que vir para este debate: direção dos jornais e jornalistas. Ambos permanecem calados, talvez cúmplices em suas omissões.
Mas não pretendo analisar a matéria exibida pelo SBT Belém e retransmitida para o interior via satélite. Quero enfocar o que de mais ou de menos tem a ação civil pública propriamente dita.
Já disse que essa ação é acertada em seu objetivo, mas falha na dose. Deixou de fora as emissoras de televisão. Por quê? Será que as imagens de crimes exibidas pela TV Liberal, TV RBA, TV Record ou o próprio SBT não colidem com os objetivos daqueles que pretendem, por certo, a adoção de um jornalismo “mais cidadão” do que de um jornalismo mais “mundo cão”?
Outra falha grave: propor aos veículos alvos da ação a publicação compulsória de matérias cujos textos contenham informações educativas sobre direitos humanos e cidadania. Fazendo o papel de advogado do diabo, acho perigoso adentrar por essa seara, o que confrontaria com os princípios constitucionais da liberdade de imprensa e informação.
Não cabe a juiz algum determinar o que deve ser ou não publicado pelos jornais. Os jornais, já preceitua a legislação vigente, serão punidos pelos excessos cometidos, após regular processo legal. Até porque direitos humanos e cidadania são conceitos transversais que devem permear praticamente todas as matérias publicadas. Não é preciso ordem judicial para tanto. Essa é uma medida a ser adotada pelos próprios jornalistas. Senão, daqui a pouco, o noticiário esportivo também seria tutelado pela justiça, o noticiário político e assim vai. E aí os jornais não precisariam mais de jornalistas, e sim de advogados.
É nesse ponto da questão que sinto a omissão do sindicato da categoria. Caberia ao nosso sindicato encampar essa luta. Vir de público dizer o que pensam seus dirigentes sindicais sobre um tema considerado tabu, que não dá mais para esconder seus males para debaixo do tapete. E nem a nós, jornalistas, de se esconder na desculpa fácil de que cumprimos ordens dos patrões.
Pedir que o sindicato entre como litisconsorte daquela ação já seria pedir demais, mas o órgão sindical da categoria deveria, pelo menos, encampar esse debate com seus associados, mesmo que internamente. Seria uma iniciativa salutar para que os próprios jornalistas olhem para seus umbigos e enxerguem que, de alguma forma, todos nós somos os responsáveis por esse mar de sangue por onde navegam alguns jornais do Pará.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto
Evangelista Damasceno escreveu o artigo reproduzido a seguir em 25 de dezembro de 1958, mas ele só foi publicado quase seis anos depois, em maio de 1964. Contém boas observações sobre a imigração nordestina na Amazônia, com suas amplas repercussões e motivações.
Mais ou menos às 9 horas [de 19 de dezembro de 1958] saltaram do motor Dioclécio em praias santarenas os nossos patrícios do Nordeste, acossados pela seca calamitosa que periodicamente despovoa aquela área do solo pátrio. Diversos conterrâneos seus estavam à espera na praia, ansiosos de avistarem naquele amontoado humano um parente ou pessoa conhecida que lhes viesse a contar algo sobre a terra comum e esturricada pela falta de chuva. Os nossos estudantes, julgo que dirigidos por um Irmão do Ginásio D. Amando, solicitamente ajudavam-nos a desembarcar e a descarregar aqueles trastes velhos, que para alguns consistia a única riqueza.
Vi, também, o amigo Vidal batendo fotos documentativas de tanta miséria.
Deles, quem primeiro saltou à praia foi uma cafuzazinha de 10 anos presumíveis, que mostrou um sorriso inocente sem avaliar as lágrimas que a sua mamãezinha com certeza já derramou.
Homens, mulheres e crianças, que julguei constituírem famílias autenticamente de lavradores, desembarcaram desnutridos e esfarrapados, enquanto outros vinham razoavelmente apresentáveis.
Embora seja o Brasil um país essencialmente agrícola, aqueles que se entregam ao amanho da terra quase sempre apresentam-se desta maneira. Agricultura só é meio de vida para os latifundiários.
Verdadeiramente precisamos de braços para fomentar a nossa riqueza vegetal. Entretanto, muitos desses que aqui aportaram, com pouco tempo de permanência entre nós, tornam-se marreteiros, donos de quitandas ou de tabernas. Os outros, autenticamente lavradores, vão desbastar as nossas matas, fazendo precocemente estéreis faixas de terreno que não sabem cultivar com inteligência.
São os piquiazeiros, as castanheiras, os cumaruzeiros e outros gigantes das florestas que servem para diversos fins, que vão sentir os impactos de machados afiados brandidos por braços que, numa fúria insana, realizam enormes devastações na gleba, porquanto o nordestino o que deseja de início é ganhar dinheiro para retornar aos seus pagos, logo que tenha notícias que choveu em seu sertão.
Felizmente, devido os nossos caboclos apresentarem maior desenvolvimento de instrução, eles são absorvidos pelos nossos costumes, hábitos e modo de falar, e aqueles que vieram pequeninos, dentro em pouco já estão censurando o linguajar dos pais e chamam os novos flagelados de "arigós".
E por esse intermédio os velhos nordestinos vão esquecendo as saudades do berço natal e os filhos, em idade pubescente, consorciam-se com a nossa gente, amalgamando uma raça que se caracteriza pela sobriedade e espírito atavicamente afeito às vicissitudes da vida.
O que entristece é saber que alguns nordestinos fazem da seca o motivo de viajar à custa do governo, pois, como verdadeiras aves de arribação, os tais que assim procedem vivem permutando portos e morando temporariamente em certos deles. Manda a verdade dizer que é minoria insignificante os que praticam desse modo. Em regra geral somente os desprovidos de bom senso deixam-se levar pelo espírito aventureiro, embora propaguem que o nordestino é nômade por temperamento.
Entretanto, subtraindo-se os valores positivos dos negativos, o que fica sobrando da operação é o quanto basta para ir semeando brasilidade nesta Amazônia que também é deles por direito de nacionalidade. E nesse dia de Natal em que se confraternizam os povos mais longínquos, eu saúdo o meu irmão nordestino e peço a Deus que o ano de 1959 lhe seja pródigo.
O editor de O Jornal de Santarém, que publicou o artigo, se sentiu na obrigação de acrescentar a seguinte nota da redação, que reflete sutilmente certos preconceitos vigentes sobre os "arigós":
Desses que aqui chegaram maltrapilhos e sem dinheiro, muitos já estão quase milionários. Sóbrios até o extremo e mercantis por índole, todos os meios julgam legais para auferirem proventos.
Entretanto, seja como for, ajudam o progresso desta enorme faixa de solo pátrio tão esquecido e vilipendiado.
GUIA DIZ QUE DEFEITO DE CARRO PODE SER IDENTIFICADO ATRAVÉS DE RUÍDO
Repórter
Segundo o "Guia de Manutenção Automotiva", lançado pela Oficina Brasil existem vários defeitos de automóveis que poderiam ser identificados através dos ruídos emitidos pelos próprios carros.
Entre os mais comuns citados no Guia de Manutenção Automotiva, estão:
Chiado semelhante ao jato de uma torneira: problema no bêndix do motor de arranque, que futuramente pode afetar o induzido, o automático e a bobina de campo.
Disparos de metralhadora: quando este barulho acontece principalmente ao acelerar o automóvel, significa que é hora de um diagnóstico mais completo, pois, como se diz popularmente, o motos está "rajando".
Zumbido de besouro: este som revela que há um desgaste nos rolamentos da roda, principalmente quando o automóvel está em alta velocidade.
Máquina de costura: um barulho como este é sinal de que as válvulas de admissão e escape, localizadas no cabeçote, estão desreguladas.
Panelas batendo: silencioso do escapamento solto ou quebrado.
Peças batendo, associado à trepidações: o escapamento ou os dispositivos que dão sustentação ao motor e ao câmbio protetor do cárter, suporte do coxim ou os próprios coxins apresentam problemas.
Chiado metálico de ferro contra ferro: está na hora de trocar as pastilhas de freio.
Mecânicos de Santarém têm opiniões diferentes das apresentadas pelo Guia, que segundo os profissionais que trabalham no município, algumas das referências dadas aos ruídos estão corretas, mas em outros casos, os mesmos barulhos podem significar problemas diferentes daqueles que o livro aponta.
Segundo o mecânico, Edimir Soares, instrutor do Senai, sons semelhantes a "disparo de metralhadora, zumbido de besouro e máquina de costura", para estes três ruídos, a causa poderia ser bateria descarregada, que produz sons semelhantes quando não está em perfeito estado. Já o barulho de "panela batendo", seria possivelmente, batida de pino.
Já para os casos de chiado metálico de ferro contra ferro, tanto o "guia" como o mecânico têm a mesma opinião: pastilhas de freio.
O mecânico Edimir Soares, com mais de vinte anos de experiência no mercado, aconselha aos motoristas que não têm experiência na parte mecânica a utilizarem este tipo de "Guia Automotivo" como referência para identificar problemas simples, mas, desde que o profissional mecânico seja consultado para dar o veredicto final, o que garantirá a segurança e a solução de fato do problema do automóvel.
O mecânico Peninha, que tem vinte e dois anos de experiência profissional, diz: "talvez sim, talvez não, porque o barulho às vezes parece ser o mesmo, mas na verdade não é o mesmo problema".
Para ele o "chiado semelhante ao jato de uma torneira" pode ser a descarga ou o mangote furado; "disparo de metralhadora", pode ser falta de lubrificação ou folga no cabeçote e no rolo da biela; "panela batendo", poderia ser a biela muito frouxa; "máquina de costura", folga nas válvulas e "chiado metálico de ferro contra ferro", para o mecânico Peninha poderia ser falta de lubrificação.
A opinião comum entre todos os profissionais que trabalham com automóveis é a de que a prevenção é o melhor caminho para ter um veículo conservado e com total segurança para transitar pelas estradas do Brasil, e fica a orientação para os motoristas que pretendem realizar viagens mais longas para que façam revisões periódicas em seus veículos.
Casos de malária reduzem 28% este ano
Repórter
O número de casos de malária nos municípios que compõem o 9° Centro Regional de Saúde da Secretaria de Estado e Saúde Pública do Estado do Pará -SESPA- diminuiu 28% se comparado ao mesmo período de 2007 que registrou 18.973 casos. De janeiro a outubro deste ano foram diagnosticados 13.499 casos, sendo o município de Itaituba o que mais detectou exames positivos, com 4.462. Santarém teve redução de mais de 30% e está entre as cidades que estão com a menor Incidência Parasitória Anual (IPA), isto é, risco de contrair malária.
"A verdade é que Santarém é município-pólo e recebe pacientes de diversas cidades da região em busca de tratamento, sendo estas incluídas nas estatísticas de Santarém, já que os exames são feitos e diagnosticados aqui", conta o chefe da Divisão de Endemias do 9° Centro Regional de Saúde, Evaldo Maia, acrescentando que a redução do número de casos em Santarém e região é devido ao trabalho dos agentes de endemias e a conscientização da população. "Devemos isso a intensificação dos trabalhos desenvolvidos com apoio do Governo do Estado que estão colaborando para a redução dos números de casos de malária na região oeste do Pará. Contudo, nos municípios em que a incidência aumentou, tais como Faro, Almerim e Placas atribuímos a eles questões sazonais, isto é, período de estiagem, onde a possibilidade de contrair a doença é maior, entretanto, não deixamos de dar ênfase no combate a doença", explicou Maia.
A malária é uma das mais importantes doenças tropicais do mundo e apresenta-se bastante difundida no mundo. Essa doença caracteriza-se por desencadear acessos periódicos de febres intensas que debilitam profundamente o doente. A malária provoca lesões no fígado, no baço e em outros órgãos, além de anemia profunda devido à destruição maciça dos glóbulos vermelhos que são utilizados pelo Plasmodium para reproduzir-se e podem levar a morte.
Os transmissores da doença são mosquitos do gênero Anopheles, como a espécie Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi. Só as fêmeas destes mosquitos é que transmitem tal doença, pois são hematófagas. Os machos sugam apenas seiva vegetal. As fêmeas colocam ovos em águas acumuladas entre as folhas de plantas epifíticas, principalmente das bromélias. No entanto, podem utilizar a água acumulada em vasos, latas e pneus velhos. As larvas completam o seu ciclo na água.
Prevenção
Drenando-se valas e banhados, as fêmeas dos mosquitos não terão mais locais apropriados para a postura; A criação de peixes larvófagos, isto é, que se alimentam de larvas dos mosquitos, produz bons resultados; O uso de repelentes e a utilização de tela nas janelas impedem que os mosquitos se aproximem do homem;
Evitar o acúmulo de pneus velhos, latas, vasos e outros recipientes que armazenam água, possibilitando a reprodução do mosquito. Certas árvores, como o eucalipto pode ser usado como plantas drenadoras, porque absorvem muita água do solo. Não havendo água estagnada, as fêmeas dos mosquitos não terão local adequado para a postura.
Finalmente, a educação sanitária e o tratamento medicamentoso (alcalóides) dos enfermos são medidas indispensáveis.
Ainda não há vacina contra a malária.
No Planalto
Zo’é ganha página na web

Rosa Cartagenes e Suely Brito
Estamos lançando a página eletrônica Amazoé - apoio mobilizado ao povo Zo’é e outras etnias-, proposta pensada desde 2003 por um pequeno grupo de profissionais atuantes junto ao povo Zo’é.
Trata-se de um recurso midiático bem simples e básico, até por nossas limitações técnicas, mas que se pretende como um espaço alternativo e público de discussões e reflexões em torno das condições dramáticas nas quais tem subsistido -ou não - os últimos povos autônomos da Amazônia e do Planeta.
Ancoramos a proposta em nossa atuação e vivência prática junto aos Zo’é, no noroeste do Estado do Pará, que nos últimos 10 anos têm vivido uma experiência ímpar de “contato monitorado”, através da Frente e Proteção Etnoambiental Cuminapanema-Funai.
Mas justamente a ausência de voz pública dos povos chamados “isolados, ocultos, autônomos, invisíveis”, entre tantos rótulos e alcunhas, e de divulgação de materiais informativos que estimulem às sociedades nacionais ao reconhecimento de sua diversidade cultural e das perdas irrecuperáveis para todos nós quando cada uma destas minorias é destituída de seu direito à vida e a uma cultura e modos de ser próprios- nos leva a buscar maior informação, divulgação e reflexão sobre estas culturas em permanente risco.
Aguardamos as críticas, as sugestões e, sobretudo, a participação com materiais pertinentes, colaborando com a divulgação das questões e graves ameaças que pairam sobre os povos “isolados” e de “recente contato”.
Acreditamos que é a conexão entre atuações individuais e consciência coletiva que poderá permitir a esperança ou sonho de um presente e um futuro mais digno e pleno não apenas para as minorias autônomas, mas para a sociedade humana como um todo, numa perspectiva holística.
Solicitamos, portanto, a divulgação para indivíduos, grupos e associações civis que respeitem e desejem a vida para as minorias e maiorias, para o meio-ambiente, para o Planeta.
■ Rosa Cartagenes e Suely Brito são indigenistas e coordenadoras do Amazoé em Santarem do Tapajós (PA). Foto: JCS Lobato/Frente Cuminapanema
Butantan não tem prazo para se instalar na região Oeste do Pará
"É importante destacar que o aspecto físico é segundo plano, a implantação vai ser uma conseqüência de todo esse trabalho que já estamos desenvolvendo.Por enquanto, estamos na seguinte situação. A União nos doou um terreno no ano passado, de 64 hectares, bem próximo da Floresta Nacional do Tapajós (FLONA), perto da RESEX, de onde do ponto da vista da natureza, interessa muito aos nossos pesquisadores, mas que ainda não foi iniciado já que estamos em fase de captação de recursos", explicou o diretor acrescentando que estão trabalhando para que o instituto seja logo instalado por aqui.
"Acho que a parte física deve estar pronta em um ano, dois anos, por enquanto nós estamos na fase de captação de recursos, por que os gastos são muitos, nós vamos ter a presença de várias fontes, não podemos que contar com o apoio só do governo de São Paulo. Hoje, nós temos, o apoio da Secretaria de Saúde, que é muito forte, mas precisamos de apoio de outros segmentos", ressaltou
Soro em pó - Quanto a produção de soro antiofídico em pó, Mercadante pediu calma e explicou que é um processo lento, requer muitas experiências e cuidados."É um processo de avaliação muito demorado, porque precisa fazer testes em animais, testes em humanos, comparar o soro em pó com o soro líquido. Além disso, verificar quanto tempo ele permanece em soro e saber se pode permanecer fora da geladeira, já que na região a temperatura sempre está acima dos 25 graus, então temos que aguardar. Por enquanto, nós estamos numa fase de completar as pesquisas, mas a certeza que temos é de isso requer cuidado e muito tempo.
Encontro- Desde o último dia 12 de novembro está sendo realizado em Santarém o III Encontro Butantã na Amazônia que conta com a participação de várias instituições de ensino superior da região "Eu acho que a grande novidade desse encontro é a preocupação de levar, consolidar um conhecimento que os próprios alunos adquiriram e fazer com que eles sejam mostrados a população, por isso é que nós teremos uma atividade chamada de "Ciência da Praça", onde nós vamos ter vários parceiros, estudantes inclusive.
Mercandante explicou que o Butantã tem um trabalho que trata dos métodos pelos quais podem ser evitados acidentes com animais peçonhentos. "Nós já produzimos um cartaz e uma cartilha com estes cuidados que estará disponível durante o evento na Praça, além da possibilidade de conversar e ter divulgação desses conhecimentos.
Mercadante disse que uma das novidades do encontro é anúncio do projeto de criação de um museu de animais peçonhentos. "A novidade vai ser isso e também a construção de museu. Em São Paulo, temos um museu de animais peçonhentos. Aqui, teremos animais vivos, demonstração de filmes e materiais de educação", antecipou.
Os Encontros Butantan Amazônia tiveram início em 2006, sempre incluindo atividades didáticas, discussões científicas e extensão das discussões e do conhecimento para a comunidade através de oficinas com estudantes e professores do ensino básico e médio, agentes de saúde e lideranças comunitárias
Arrecadação de impostos e contribuições federais cresce 8,24%
"A crise só vai se instalar em todo o mundo se nós continuarmos a pensar nela. Temos que encara-la como oportunidade de mudanças, ou seja, criação de estratégias para vencê-la. Por isso, temos que continuar investindo, vendendo do mesmo jeito do que antes e da mesma forma como estávamos fazendo durante todo o ano, batendo recordes em arrecadação e com certeza essa chamada crise financeira não nos afetará", comentou o delegado da Receita Federal, Moacyr Mondardo.
Para Mondardo, a economia regional está bem, com alguns setores em baixa como o madeireiro, mas que está sendo compensado pelo setor mineral, graças as grandes empresas de mineração instaladas em todo o Pará que estão colaborando significativamente para o aumento da arrecadação da delegacia da Receita Federal de Santarém. "Se atentarmos para a arrecadação que foi feita durante a eclosão da crise é possível observar que ela pesou apenas de foram positiva para nós, diferente do que muitos pensam, a arrecadação continuou aumentando", comentou Mondardo acrescentando que não é bom duvidar do que a crise é capaz, contudo, é melhor evitar em falar sobre ela. "Se continuar essa falação de que a crise está acabando com tudo, ninguém vai comprar mais nada e aí sim, a crise vai se instalar", prevê.
Nos dez meses do ano a arrecadação total de impostos e contribuições federais e de contribuições previdenciárias alcançou R$ 357,6 milhões. A arrecadação de impostos e contribuições cresceu 8,24% no primeiro semestre de 2008.
Interior sofre com a falta de médicos
Faltam médicos para trabalhar no interior. Quarenta e cinco dos 143 municípios paraenses não têm sequer um profissional com domicílio ou endereço registrado no Conselho Regional de Medicina. Outros 79 têm menos de dez médicos para atender toda a população. Os dados são de um levantamento recente do CRM Pará que aponta uma concentração de 74,89% dos médicos na capital - 4.171 dos 5.569 profissionais registrados no Estado estão concentrados em Belém.
Os 21,87% que atendem à população do interior do Estado, ainda assim, estão mal distribuídos. Regiões como a ilha do Marajó, onde dezenas de pequenas comunidades estão isoladas pela distância, sofrem com a falta de profissionais e serviços básicos de saúde. Não há hospitais e o atendimento de urgência e emergência tem que ser feito na capital - a horas de barco.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a proporção ideal de médicos por grupo de habitantes seria de um para 1.000. O Pará, com 5.569 médicos registrados para atender 6.970.586 pessoas (de acordo com os números do último Censo do IBGE), estaria muito bem nessa conta, com 1,25 médico por 1.000 habitantes, não fosse o fato de que 73 municípios do interior do Estado não dispõem de nenhum ou de apenas um médico. O dado é perverso: 86,71%, ou seja, 124 dos 143 municípios, estão sujeitos a uma proporção menor do que essa, com apenas dez profissionais para todos os habitantes.
O médico e diretor do CRM Amaury Braga Dantas, que coordena na Universidade Federal do Pará (UFPA) um programa de interiorização dos cursos na área de saúde, enumera uma lista de barreiras que afastam os profissionais de medicina do interior. Entre elas, há seis pontos principais: o desconhecimento, por parte dos médicos, das realidades regionais; o financiamento deficiente da área da saúde e a inexistência de um projeto Institucional de responsabilidade do Estado. Os profissionais que 'se aventuram' no interior enfrentam precariedade dos serviços e até irresponsabilidade das prefeituras em arcar com propostas de salário, às vezes mirabolantes. Outro ponto relevante é a ausência de um plano de carreira que considere tempo de serviço, qualificação e estimule o vínculo único e a dedicação exclusiva.
Amaury coordenou uma pesquisa com médicos que tiveram experiência de trabalho em municípios do interior do Estado e constatou que algumas aflições pessoais dos profissionais interferem na escolha pelo trabalho na capital.
37% dos médicos entrevistados apontaram o isolamento afetivo da família como o principal fator para não trabalhar no interior. Outros 31% responderam que o fator mais importante é o isolamento técnico, relacionado à falta de condições de trabalho e de outros profissionais; 17% alegaram questões relacionadas com qualificação profissional e 9% reclamaram da remuneração incerta.
Pontuando - José Olivar
Santarém dá exemplo
Vem de Santarém a novidade. O casal Emilio e Isolda Silva inaugurou hotel e disponibilizou emprestar livros aos hóspedes. O escritor Salomão Larêdo deu a idéia e o casal topou iniciar a biblioteca, que foi inaugurada na sexta-feira com o nome de "Laudelino Horácio da Silva" e fica a olhos vistos na recepção do hotel.
No acervo, obras de autores santarenos: Paulo Rodrigues dos Santos, Emir Bemerguy, Nicolino Campos, Efren Galvão, Hélcio Amaral, Wilde Fonsêca, além de literatura paraense e brasileira. É um exemplo a ser seguido pelos demais hotéis. Isso sim, é valorizar e apoiar a cultura local, que está precisando tanto.
sábado, 15 de novembro de 2008
Atualização do site
Novas postagens a partir de segunda-feira, 17
Velha Anedota? Onde?
Tertuliano, frívolo peralta,
Que foi um paspalhão desde fedelho,
Tipo incapaz de ouvir um bom conselho,
Tipo que, morto, não faria falta;
Lá um dia deixou de andar à malta,
E, indo à casa do pai, honrado velho,
A sós na sala, diante de um espelho,
À própria imagem disse em voz bem alta:
Tertuliano, és um rapaz formoso!
És simpático, és rico, és talentoso!
Que mais no mundo se te faz preciso?
Penetrando na sala, o pai sisudo,
Que por trás da cortina ouvira tudo,
Severamente respondeu: - Juízo.
Esse soneto foi escrito por Artur Azevedo, um dos grandes nomes do teatro brasileiro do passado. Arthur Azevedo nasceu em 1855 e morreu em 1908. Foi poeta, autor teatral e, naturalmente, virou personagem da história cultural do país. O nome do soneto é “Velha anedota”.
A linguagem usada pelo poeta já dá a dimensão clara de que se trata de sujeito antigo. Afinal, quem é que, hoje, chamaria alguém de “frívolo peralta”? O nosso consagrado Aurélio, socorrista de primeira hora, esclarece que “frívolo” é um sujeito fútil, leviano, desses que fazem ou dizem coisas sem pensar no que estão fazendo ou dizendo e nem se preocupam muito ou até nada com as conseqüências do que dizem ou fazem. “Peralta” já é palavra mais conhecida, embora, lá nos tempos do autor, possa ter tido significado um pouco diferente do que tem hoje. “Paspalhão” também não é grande novidade. É um sujeito meio bobo, desses que andam por aí fazendo ou dizendo coisas sem cabimento ou conteúdo. E, que tal a história do “lá um dia deixou de andar à malta”? Bem, era uma das maneiras que se usava para dizer que alguém saia por aí junto com outros tantos vidas-tortas para atazanar a vida alheia ou simplesmente para gozar os prazeres do mundo sem maiores conseqüências ou responsabilidades.
O rapaz, nomezinho difícil, devia se adorar. E isso, logo a primeira vista, não parece uma tarefa muito fácil. Afinal, além das más qualidades que o poeta lhes descreve, ainda atende pelo nome de Tertuliano que, convenhamos, não deve figurar na lista dos nomes mais charmosos. Mas quem foi que disse que tipos como esse têm auto-crítica suficiente que os impeça de se adorarem? Afinal, se tivessem um mínimo de senso, não seriam como parecia ser o Tertuliano escolhido pelo poeta para figurar na anedota. E o moço, então, lá estava na frente do espelho se admirando consigo mesmo, com suas qualidades, seus talentos, sua belezura. Até que alguém mais sério e menos frívolo, lhe deu a sentença fatal.
É claro que o poeta escreveu o soneto com a intenção de que fosse uma anedota e até lhe deu esse nome. Curioso é que ainda a chamou de “velha anedota”. Isso lá pela segunda metade do século XIX, ou seja, mais de cem anos atrás. Pelo jeito, essa mania de sair por aí papagaiando sem o menor cuidado ou responsabilidade já era coisa antiga lá pelos tempos do nosso poeta. E, no entanto, dando-se um passeio rápido pelas páginas dos jornais de hoje ou pelas ondas da transmissão das emissoras de rádio e televisão, qualquer um percebe que de antiga, essa história não tem nada. Se alguém duvidar, basta prestar um pouco de atenção sobre o que tem sido dito a respeito da crise internacional que tomou conta do mundo. Ou do que tem sido manifestado por uns tantos anacrônicos que insistem em reviver toda a história das torturas ocorridas nos tempos da ditadura militar e a extensão da lei de anistia promulgada lá pelos idos de 1979. E mais recentemente, as manifestações de ufanismo ligadas à eleição do mais novo presidente da república nos Estados Unidos.
De velha, a anedota não tem nada. Os peraltas continuam, firmes e fortes, num processo de auto-estima que mais parece auto-paixão ou auto-adoração, fazendo declarações de amor a si mesmos sem a menor preocupação com o conteúdo do que dizem. Bom é que, de um modo geral, tudo o que dizem é sempre muito frívolo, sem maiores conseqüências para a vida real a não ser que se continua marcando passo sem sair do lugar. Enfim, o que não nos tem faltado são Tertulianos. Mas o que anda fazendo falta, mesmo, é o pai sisudo, que por trás da cortina ouvindo tudo, severamente reponha o que é preciso: Juízo.
09 de novembro de 2008
Manchetes da edição de sábado de O Estado do Tapajós
RUÍDOS PODEM INDICAR DEFEITOS EM VEÍCULOS
DEFESO PROTEGE OITO ESPÉCIES DE PESCADO
INDEFINIDA INSTALAÇÃO DO BUTANTAN EM BELTERRA
CÍRIO DAS CRIANÇAS ABRE DOMINGO PROGRAMAÇÃO DA CONCEIÇÃO
APROVADO SUBSTITUTIVO A PEC PARA PERMITIR EMANCIPAÇÃO DE MOJUÍ DOS CAMPOS
ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES FEDERAIS CRESCE 8,24% NO OESTE DO PARÁ
CASOS DE MALÁRIA NA REGIÃO REDUZEM 28% EM RELAÇÃO A 2007
'PEGA' DE ÔNIBUS VAI SER ANALISADO PELO DETRAN
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
A sangria dos jornais continua desatada
Editor do Jornal Pessoal e articulista e O Estado do Tapajós
Apenas algumas pessoas físicas reagiram até agora à campanha contra o sensacionalismo do noticiário de polícia dos grandes jornais diários. Nenhum representante de instituição se manifestou. Devem achar que não têm nada a ver com a questão. Também nenhum jornalista, pessoalmente ou no exercício de representação da categoria. As empresas jornalísticas não mudaram o modo de proceder. Há uma razão forte para esse comportamento: a concorrência entre os dois grupos. O Diário do Pará conquistou uma fatia do mercado de anúncios classificados, antes engolido quase totalmente por O Liberal. Quem lê os pequenos anúncios do Diário vai direto às páginas de crimes - e vice-versa. Como sentiu a facada, O Liberal - e também o Amazônia Jornal - reage tentando reconquistar ou conquistar o leitor - perdido ou ainda não encontrado. Se estão abusando da exploração comercial do sangue dos outros, não interessa: precisam dessa transfusão, devidamente "cifronizada".As páginas de polícia são o espaço que cabe ao povão nos grandes jornais. Ele que as leia como se estivesse diante das colunas sociais, o espaço dos bacanas.
Um cidadão reagiu: o poeta Paulo Vieira, que mandou o texto reproduzido a seguir, debaixo do título "Sanguinolência News".
Num jornal da cidade. Foto de primeira folha: Um cara morto, nu, ensangüentado, amarrado a um poste da iluminação pública, com o verbo duro escrito sobre a cabeça mutilada 'ESTRUPADOR'. Olhei bem pra cara do cara na manchete, e sua fotinha, de cabelos penteados, na carteira de identidade, com os dentes ainda inteiros, reproduzida a um canto do jornal. Mas não foi sequer um espanta sono para o dia do belenense. O mané foi linchado e esfolado, me disse o porteiro do prédio. E de repente notei que tem muito repórter policial por aí. Uns quantos. São anônimos e sabem sempre o que renderia uma boa primeira página. A imprensa os desconhece, mas eles conhecem a imprensa, compram o jornal de manhã, dormem sonhando com terçados, tripas espalhadas na piçarra, mulheres com os peitos arrancados, ratos roendo pedaços de cérebro horas depois de um acidente. O leitor por estas bandas é um repórter profissional e perverso. Planeja tudo o que vai encontrar pela manhã na banca do seu João repórter jornaleiro. Confirma cada litro de sangue espalhado pela madrugada fértil, com um cafezinho no bico. As senhoras repórteres se distraem de passagem. Os meninos repórteres indo para a escola estancam em frente à banca, e um aponta a foto dizendo ao irmão olha aqui, se você ficar me enchendo na sala de aula, vou te deixar igual a esse aqui, e ambos caem na gargalhada e a mãe repórter ri junto. O motorista repórter de ônibus dá uma paradinha na banca ô seu João, muita carne hoje? e seu João repórter jornaleiro balança a cabeça assinalando um sinistro sim. Estou cercado. São todos repórteres e toda notícia é fria. Quêde trauma e nervosismo? Quêde espanto de manhã? A notícia é recebida pelos repórteres leitores com tédio. Todos teriam uma versão ainda mais cabeluda para contar. O flanelinha repórter propõe uma reconstituição mais sangrenta, a atendente repórter da farmácia pensa em tortura com tarja preta, o açougueiro repórter (esse duas vezes açougueiro, ou duas vezes repórter?) planeja um esquartejamento detalhado, no maior número de pedaços possível, coisa de guinnes. Vejo maus repórteres e repórteres maus por todos os lados. Por onde ando me sinto assaltante e assaltado, assassino e assassinado. E mais tarde a noite me cobrirá com seus coágulos de sangue enormes.
Ação Civil Pública contra jornais exige fim da exploração da violência e publicação de imagens de cadáveres
A ação pede que os jornais cessem imediatamente a publicação, nas notícias policiais, de imagens de cadáveres, pessoas desfiguradas, principalmente de vítimas de acidentes de trânsito, esfaqueamento, mortas por linchamento em vias públicas, que realizam verdadeira espetaculização da violência em desrespeito à dignidadde humana e consideradas sem nenhum valor jornalístico.
Na ação, também há o pedido de obrigar as rés a divulgarem, nos jornais por elas publicados, textos e informações educativas sobre direitos humanos e cidadania e indenização por danos morais coletivos, em virtude da exploração das imagens de seres humanos vítimas de morte violenta e retratados em situações violentas, desumanas e degradantes.
Os autores da Ação Civil Pública alegam que a veiculação destas imagens ferem os direitos constitucionais da pessoa humana e os valores éticos e sociais da família, banalizando o ser humano a ponto de tratá-lo como mero instrumento de espetáculo da mídia, visando o aumento de vendagens de jornais.
Os autos da ação já estão conclusos com o juiz Marco Antônio Castelo Branco, da 2ª Vara da Fazenda da Capital, para o pedido de apreciação da liminar.
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Nota da redação:
O Estado do Tapajós não publica fotos de cadáveres em primeiro plano ou corpos mutilados de pessoas em respeito às famílias das vítimas e aos seus leitores. Por isso, a direção do jornal apóia integralmente a posição da PGE, SDDH e República de Emaús.
Combate atrasado ao nepotismo
Mas somente ontem, após a publicação de nota deste site sobre a inércia do Ministério Público Estadual em cobrar da prefeita Maria do Carmo, que é promotora de justiça, a demissão de todos os parentes de até 3º grau de cargos que ocupam na administração municipal, é que o promotor Túlio Novaes encaminhou ofício à Prefeitura de Santarém exigindo o cumprimento, em 15 dias, da súmula do STF que põe fim ao nepotismo no serviço público.
Bauxita
8 mil pessoas podem estar com diabetes em Santarénm
Mas a Semsa não dispõe de dados sobre a incidência de diabetes tipo 1, notadamente em crianças e jovens.
Empresários querem aumento de ônibus
Em Santarém, apesar do péssimo serviço prestado pelas empresas de ônibus, assim que as empresas de Belém entabulam pedido de aumento, a dose se repete por aqui.
Extra-oficialmente, os empresários gostariam que a tarifa de R$ 1,50 fosse reajustada para R$ 1,75.
E os usuários gostariam também que as empresas, antes disso, recolham o ISS devido e ofereçam mais conforto e pontualidade aos passageiros. Pela tarifa cobrada atualmente.
Tapajós sai na frente na decisão do campeonato santareno
No próximo domingo, o Tapajós poderá perder até pela diferença de três gols que será o campeão, pois jogava por dois resultados iguais na final.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Odair e o presidente da FIFA
Deslize do governador em exercício, Odair Corrêa, na visita à CBF, terça-feira, quando entregou o Termo de Compromisso da candidatura de Belém a sede da Copa de 2014. Em entrevista à Rede Globo, referiu-se a Ricardo Teixeira como “presidente da Fifa”. Imediatamente, foi corrigido pela repórter: “da CBF...” Tentou consertar dizendo que a Fifa é o futuro de Teixeira. Não deixou de ser uma boa saída!
MP cobra fim de nepotismo em prefeitura de um município, mas fecha olhos em outro
Em Santarém, onde a prefeita é promotora, não se tem notícia de que idêntica providência tenha sido tomada por parte do MP.
Sai licença para construção da hidrelétrica de Jirau
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou ontem que a licença provisória para o começo das obras da hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, será anunciada hoje pelo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Roberto Messias. A licença é parcial e autoriza apenas a instalação do canteiro de obra e a construção da chamada ensecadeira, uma espécie de pequena barragem que desvia o rio e permite o começo das obras civis. Minc disse que a emissão da licença significa que a mudança do local da obra foi aceita pelos técnicos que analisaram os impactos causados pelo empreendimento.
A hidrelétrica vai ser construída pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus), mas a licitação poderá ser questionada pelos concorrentes. O outro consórcio liderado por Furnas e a construtora Norberto Odebrecht alega ter sido prejudicado com a mudança do local de hidrelétrica, exigência feita pelo Ibama para que o lago a ser formado com a barragem atingisse uma área bem menor que a prevista inicialmente. Por exigência dos técnicos ambientalistas, o local da usina foi deslocado 9 quilômetros em direção à nascente do Rio Madeira. Tanto o governo quanto os empresários envolvidos no negócio aguardam uma disputa judicial porque a mudança do local da usina pode alertar os preços e as características do projeto vencedor apresentado na licitação.
Outra polêmica esperada é a ação civil pública, impetrada pelo Ministério Público Federal de Mato Grosso, contra o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman. Ele é acusado de improbidade administrativa no caso de Jirau porque se manifestou a favor da emissão da licença de construção da usina antes da decisão final do Ibama.
Ações contra erro médico crescem 17 vezes em 7 anos
Em sete anos, os processos judiciais por erros médicos que chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) aumentaram nada menos do que 17 vezes. Em 2001, eram 23 processos. Até o fim de outubro deste ano, já somavam 360 - a maioria questionando a responsabilidade civil dos profissionais. O entendimento do STJ nesses casos tem sido empregar o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e em muitas das vezes inverter o ônus da prova. Ou seja, o médico denunciado fica obrigado a apresentar as provas de que não cometeu nenhuma irregularidade.
“Normalmente entramos com a ação contra o profissional e contra o hospital ou plano de saúde”, diz Diego Augusto Silva e Oliveira, advogado do Giancoli Oliveira e Chamlian Advogados Associados. Quando a decisão é favorável ao paciente, três tipos de indenizações são deferidas: por danos materiais, para ressarcir o paciente das despesas com o tratamento inadequado e por eventuais perdas, como dias não trabalhados.
A responsabilidade do médico, ao contrário do que ocorre no restante das leis de defesa do consumidor, continua sendo subjetiva. Ou seja, a condenação depende da prova da culpa do médico. Segundo o diretor jurídico e ex-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Desiré Callegari, isso pode ser anulado caso exista a comprovação de propaganda irregular dos serviços do profissional e convencimento do médico para a realização da cirurgia. “Muitos juízes entendem que mesmo que tenha o termo de consentimento assinado pelo paciente de nada adianta se ficar provado que houve o convencimento do médico”, afirma.
Relatório que permite emancipação de Mojuí dos Campos é entregue ao presidente Arlindo Chinaglia

Os integrantes da Comissão Especial que trata da regulamentação dos municípios ameaçados de extinção, entregaram ontem ao presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, o substitutivo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 495/06. A entrega contou com a participação do deputado federal Afonso Hamm (PP-RS), que é vice-presidente da Comissão, do relator do substitutivo do deputado Manoel Junior (PSB-PB) e do deputado Lira Maia(DEM-PA), membro titular da Comissão.
O relatório obteve aprovação unânime da Comissão Especial, no dia 11 de novembro. O substitutivo regulariza a situação de 62 municípios brasileiros que correm o risco de ser extintos.
O deputado Lira Maia ressaltou a situação dos cinco Municípios criados e não instalados e que, mediante emenda de sua autoria. "A Comissão teve o cuidado para não cometer nenhuma injustiça com os municípios que foram criados dentro da Lei e que não foram instalados para não serem considerados irregulares, dentre eles, o município de Mojuí dos Campos no Pará", ressaltou.
O texto que foi aprovado nesta semana concede às novas localidades prazo até janeiro de 2013 para sua instalação.
O presidente Arlindo Chinaglia parabenizou o trabalho da comissão e garantiu que irá acelerar a tramitação para a inclusão na pauta das votações.
É necessário que o Plenário da Casa Legislativa aprove a proposta em dois turnos com quorum qualificado de 308 votos. Após, a matéria seguirá para votação no Senado e, caso aprovada, será promulgada.
(Foto: Márcia Marinho)
Causa da queda do avião no rio Tapajós ainda não foi esclarecida
Até a presente data a empresa proprietária do avião procurou a família da vítima fatal e nem da passageira Leia Domingues, que sobreviveu ao acidente juntamente com o piloto da aeronave, para tratar de qualquer indenização.
Extra-oficialmente circula a informação que a empresa já recebeu o seguro do avião.
População de Aveiro consome água do rio Tapajós
O parlamentar fez esta semana um apelo à Sespa para que seja construído com urgência um sistema de abastecimento de água tratada naquele município.
Dia 15 tem defeso
O secretário sumiu
Doe sangue
A coleta de material se estende até o meio-dia.
Serviço Florestal promove Dia de Campo para conselheiros de Flonas da BR-163
Além dos conselheiros haverá também representantes de associações comunitárias de Castelo dos Sonhos (PA) e das associações de remanescentes de quilombolas do Rio Trombetas. O objetivo da atividade é qualificar conselheiros das unidades de conservação de uso sustentável da região do Distrito Florestal Sustentável da BR-163.
Eles visitarão áreas de manejo florestal sustentável caracterizadas pela gestão comunitária. Primeiro conhecerão o projeto Ambé -- executado pela Cooperativa Mista Flona Tapajós Verde (Coomflona) e depois irão à comunidade de Pini, também dentro da Flona, para conhecer as Oficinas Caboclas de movelaria a partir de madeira caída.
Esse Dia de Campo é uma iniciativa do Serviço Florestal Brasileiro que visa a capacitar conselheiros, gestores e profissionais afins para as atividades do Distrito Florestal Sustentável da BR-163. Segundo o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Luiz Carlos Joels, é necessário qualificar esse pessoal, principalmente os conselheiros, para contar com eles na gestão das unidades e do DFS da BR-163 de uma modo geral. 'Sem conhecer os critérios do manejo florestal sustentável não é possível alcançar a sustentabilidade', afirma Joels.
Além dos trabalhos de campo, os participantes assistirão a uma exposição sobre temas ligados à organização social em empreendimentos florestais comunitários em unidades de conservação. E também uma palestra sobre as experiências de manejo florestal comunitário na Guatemala e no México. Por fim, haverá um debate sobre a importância da participação social dos Conselhos Consultivos na gestão da unidades de conservação de uso sustentável.
Conselho Consultivo – Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Lei Nº 9.985/00) toda Floresta Nacional tem de dispor “de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e, quando for o caso, das populações tradicionais residentes'. Entre suas atribuições está acompanhar a elaboração e implantação do plano de manejo da unidade, avaliar seu orçamento e manifestar-se sobre atividades causadoras de impacto.
A oficina vai até sexta-feira (14), quando os participantes farão uma avaliação dos trabalhos realizados.
(Fonte: Assessoria de Comunicação do Serviço Florestal Brasileiro)