quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Imagens do Peru

No twitter do Blog do Estado, confira as fotografias do lago Titicaca, cordilheira dos Andes e do bairro de Miraflores, em Lima, capital do Peru.
Clique aqui.

Retrospectiva 2009 - fevereiro

Novas regras dificultam crédito rural na Amazônia

O ESTADO DE S.PAULO

Ficará mais difícil financiar o agronegócio dos grandes produtores e dos agricultores dos assentamentos rurais na região Amazônica. As exigências adicionais para a concessão de crédito rural na Amazônia, para ajudar no combate ao desmatamento desenfreado da floresta, foram criadas ontem pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Segundo o secretário-adjunto de política econômica, Gilson Bittencourt, quando o produtor solicitar o financiamento terá de apresentar: número do cadastro do imóvel no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), documento que comprove a regularidade ambiental - por exemplo, certidão emitida por secretaria do Meio Ambiente ou protocolo de entrega de documentação para regularização ambiental - e ainda assinar um documento que ateste não haver embargo ambiental na região do empreendimento.
Bittencourt disse que a regra tem que ser cumprida por todos os bancos públicos e privados que trabalhem com crédito rural. Caberá aos bancos conferir, no sistema eletrônico do Estado em que é feito o pedido de crédito, a existência do número de inscrição no Incra e verificar se a licença ambiental está correta ou se o protocolo de entrega do pedido de regularização de fato existe.Há, ainda, uma outra regra, que atinge os assentados rurais. Nesse caso, o Incra terá de dar uma declaração de regularidade ambiental. As medidas, segundo Bittencourt, são mais um instrumento para evitar a ampliação do desmatamento na Amazônia. “Estamos criando meios de verificar se a legislação está sendo atendida”, afirmou Bittencourt.
O assessor da Secretaria de Política Econômica (SPE), Aloisio Mello, disse que as medidas são um modo de fazer com que o financiamento agrícola não seja utilizado em áreas irregulares ou com irregularidade.
As medidas valem para as propriedades que estejam em área de floresta - bioma Amazônia. Serão obrigatórias a partir de 1º de julho. Em 1º de maio, as medidas já serão implementadas em caráter facultativo para que os bancos e os produtores se adaptem às novas regras.
Nos Estados de Roraima e Amapá, onde não há sistema eletrônico, os produtores terão de solicitar no órgão estadual a declaração de regularidade dos dados apresentados.As novas regras terão duas exceções. Uma delas é para a agricultura familiar. Nesse caso, o produtor terá apenas de assinar uma declaração de que está em situação regular.
Bittencourt explicou que a menor exigência para a agricultura familiar é porque, inicialmente, o governo quer focar nos grandes produtores. A segunda exceção é para o Pronaf B, em que os produtores podem pegar financiamento de até R$ 1.500,00 por ano e ter renda de até R$ 4 mil por ano. Nesse caso, não haverá exigência alguma, pois não são esses produtores que estão devastando a Amazônia.

------

Marinha não vê necessidade de novas bases de fiscalização

Alessandra Branches
Repórter


Após o naufrágio que aconteceu no início da semana passada com o barco Almirante Monteiro, que saiu do município de Alenquer e colidiu com uma balsa próximo ao município de Itacoatiara (AM), o delegado fluvial de Santarém capitão Evandro Sousa, garante que a navegação da região é segura, e que não há necessidade de ser instalada outra base fixa entre os 21 municípios que ficam sob jurisdição da delegacia local. Para ele, a solução para evitar acidentes é a conscientização.
Questionado quanto á falta de fiscalização nos municípios que ficam a subordinados a delegacia de Santarém, o delegado foi enfático e disse que existe sim fiscalização móvel. Contudo, não é constante, uma vez que a região é grande e não tem como colocar um militar para cada embarcação.
Todavia, Evandro reclama e diz que é necessário ressaltar que o acidente foi fruto de falha humana e não de fiscalização. "Apesar de não terem sido fiscalizados no porto em Alenquer, a embarcação com toda certeza seria fiscalizada pela delegacia em Itacoatiara. Ela não ficaria sem cobertura", contou dizendo que não há necessidade da instalação de outra base fixa na região. "Mesmo sabendo que alguns municípios já possuem linhas diretas para as capitais, como Monte Alegre/Macapá, Óbidos/ Manaus, e não passam pela fiscalização em Santarém, tenho plena convicção que não é preciso fixar outra base. Existe fiscalização na região. Em algum ponto eles serão fiscalizados" garantiu explicando que a Marinha possui cinco pontos de fiscalização entre delegacias e agências estando elas em Manaus, Macapá, Belém, Itacoatiara, Parintins e Santarém. Nos trajetos que ligam os municípios, a fiscalização é móvel, segundo o delegado.
Inconformado com algumas críticas feitas a Marinha do Brasil, o capitão disparou contando que assim como a ANAC, Infraero, Policia Rodoviária e demais órgãos fiscalizadores do trânsito de pessoas, a delegacia fluvial de Santarém, faz a sua parte, realizando cursos para comandantes de embarcações, explicando quais os procedimentos seguros que deve realizar para evitar acidentes. "Antes de entrar no rio o comandante sabe direitinho o que deve fazer, estudou para isso. É como se fosse uma pessoa que para dirigir, necessita de uma carteira de habilitação", compara lembrando que ninguém que é dever de cada um zelar para vida do outro, independentemente de fiscalização ou não.
A Delegacia Fluvial de Santarém registra o embarque de mais de 35 mil pessoas por mês nos portos do município. Para o capitão Evandro estes dados revelam que se a navegação estivesse em crise e não oferecesse segurança para a população, o número seria pequeno, diante do que é registrado. "Repito, a navegação fluvial é segura. Os próprios dados revelam", garante.

----------

Motorista de veículo pesado terá de fazer exame de sono

Motoristas que quiserem tirar ou renovar Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C (para dirigir caminhões), D (para ônibus) e E (para carretas) terão de passar por avaliação médica para verificar se sofrem de distúrbios do sono. A resolução que torna obrigatório o exame foi publicada ontem pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e já está em vigor. A avaliação é feita junto com os demais testes clínicos, pelo mesmo médico, não acarretando custo adicional, informa o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Segundo o departamento, a resolução foi criada por recomendação de uma câmara interna do Contran, que consultou diversas instituições públicas e privadas a respeito das doenças do sono, baseando-se também em estudos sobre o problema.
Especificamente, os médicos avaliarão se os motoristas sofrem da Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono (Saos), que causar sonolência durante o dia. Após o exame clínico, caso haja sinais de que o motorista sofre do distúrbio, terá de fazer outro exame - a polissonografia, feita por meio de sensores colados à pele com adesivos, durante o sono - para investigar mais profundamente o problema. Constatada a doença, a carteira não poderá ser renovada até que a deficiência seja sanada com tratamento adequado.
De acordo com o Denatran, é possível fazer a polissonografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
(Agência Estado)

-------

A Vale...vale mesmo a pena?

Paulo Cal
Articulista de O Estado do Tapajós

Sucessivas décadas de negligência do Brasil como Nação, em relação ao Estado do Pará, talvez possa explicar o acirramento de nossa visão dualística em relação às políticas e projetos que nos são impostos, de cima, goela abaixo, pela Companhia Vale do Rio Doce, hoje simplesmente Vale, tendo sempre o respaldo do Governo Federal. Desta forma, além da díade de perspectivas, primeiro a da cultura e depois do meio ambiente, podemos hoje, seguramente, agregar o enfoque das manifestações específicas do amor humano pelo lugar onde nascemos.
Não é nenhum paraensismo bobo, é a consciência coletiva de um povo que agora é capaz de dizer: chega, basta ... nós queremos conhecer o outro lado da moeda! Nós queremos que sejam sinceros e honestos para com o povo do Pará! Chega de mentiras! Nós queremos que paguem pelo menos o que, de direito, nos devem - os justos impostos!
Nós sabemos como esta empresa surgiu e como ela cresceu e se desenvolveu, pois esta empresa era nossa, dos contribuintes anônimos desta Nação. Ela não foi construída pelas famílias dos senhores Benjamim Steinbuch ou do Roger Agnelli (só para citar os últimos), mas com o sangue e o suor dos cidadãos comuns deste país. Lembram! Era uma empresa pública! Sabemos que hoje ela é uma empresa privada. Até discutimos, ainda hoje, a forma, o preço (pouco mais de 2,20% do capital hoje declarado - U$3,2 bilhões o preço pago e, U$140 bilhões o valor do controle acionário) - assim como a origem da soma de capitais reunidos no lance de sua privatização no vergonhoso governo FHC. Para nós, paraenses, tudo ainda constitui matéria escusa, nunca esclarecida, nunca explicada para nós contribuintes.
Segundo o Jornal Pessoal (Nº411): "Quando a mina de Carajás começou a produzir, em 1984, o rico minério de Carajás valia 15 dólares a tonelada". "Hoje, o rico minério de Carajás embarca no porto da Ponta da Madeira, em São Luís do Maranhão, a 50 dólares, mas chega à China (nosso maior comprador) por 140. O frete marítimo de 90 dólares é quase o dobro do valor de produção do minério e do frete terrestre, para transportá-lo pelos quase 900 quilômetros da ferrovia Carajás". Nem ICMS a Vale paga, pois foi poupada pela famigerada Lei Kandir que desonera os exportadores de matérias primas e produtos semi-elaborados. Em 2006 a Vale comprou a canadense Inco por 19 bilhões de dólares - o maior negócio já feito por uma empresa da América do Sul - e está se preparando, em 2008, para comprar por 80 ou 90 bilhões de dólares a empresa anglo - suíça Xstrata, a quinta maior mineradora do mundo, com ativos em cobre, níquel e carvão. O resultado da união Vale e Xstrata alcançaria um valor de mercado próximo de 200 bilhões de dólares, tornando-se a maior mineradora do mundo.
Os jornais desta semana (terça-feira) anunciaram feito inédito, o reajuste de 65% no preço do minério fechado entre a Vale e um grupo de siderúrgicas - sendo de até 71% de reajuste diferenciado para o minério fino de Carajás - o que deve garantir à empresa, segundo analistas, um maior poder de fogo nas negociações para a compra da anglo - suíça Xstrata.
Agora, neste momento, a Vale diz que vai investir numa Siderúrgica no Estado do Pará. Para tanto exige contrapartida oficial na conclusão das Eclusas de Tucuruí concretizando a hidrovia Araguaia-Tocantins e, imagine, a construção do Porto do Espadarte na ilha de Romana em Curuçá, e 140 km de Belém com calado de 25 metros, o maior da América Latina, em que navios com mais de 300 mil toneladas poderão atracar. Isto tudo sem contar estradas, pontes e outras infra-estruturas necessárias. Assim, também, até a vovó investiria em qualquer coisa ... Uma nova mentira para enganar os trouxas paraenses!
Para nós paraenses o que poderia ser uma fonte de riqueza o que se percebe é que, a cada dia, é somente uma forma de pobreza. A cada dia que passa, a política da Vale é clara em relação ao Estado do Pará: levam o minério e deixam aqui um buraco e, banana, muita banana para os macacos burros e incultos! O resto é só mentira.
O pior é que tem "gente" que acredita na Vale!
Pobre gente!

---------

Processos baseados na Lei de Imprensa estão suspensos

Marcos Sergio Silva

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Ayres Britto suspendeu em parte a Lei 5.250/67, a Lei de Imprensa. A liminar foi concedida em favor do PDT, que havia ajuizado o pedido na última terça-feira.Entre os artigos derrubados (saiba quais são) pelo ministro estão os que proibiam a propriedade de empresas jornalísticas por estrangeiros (artigos 3, 4, 5 e 6 da lei), os que definiam os crimes de calúnia, injúria e difamação (20, 21, 22 e 23) e da responsabilidade da empresa jornalística sobre a publicação de material que configure tal prática (artigos 51 e 52) e os que limitavam a entrada de publicações estrangeiras no país (61, 62, 63, 64 e 65).
Britto também decidiu pela suspensão de normas que versavam sobre a censura de espetáculos e diversões públicas.De acordo com a liminar, o andamento de processos e os efeitos de decisões judiciais está suspenso até o julgamento final da ação pelo plenário do STF.
Em sua decisão, o ministro afirmou que a atual lei não é adequada à Constituição Federal assinada em 1988. "Bem ao contrário, cuida-se de modelo prescritivo que o próprio Supremo Tribunal Federal tem visto como tracejado por uma ordem constitucional (a de 1967/1969) que praticamente nada tem a ver com a atual."Em sua argumentação, o PDT pedia a revogação total da lei.
Leia mais:
Decisão libera estrangeiro em empresa jornalística
Leia íntegra da decisão

------

Comerciante conserva o direito de vender bebida alcoólica em Santarém

O juiz federal Francisco de Assis Garcês Castro Júnior, da Subseção de Santarém, região oeste do Pará, concedeu liminar em mandado de segurança proibindo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de autuar um estabelecimento que comercializa bebidas alcoólicas, situado em rua da cidade que faz esquina com a Rodovia Santarém-Cuiabá.
Se desrespeitar a decisão, o titular da Inspetoria da PRF no município de Santarém sujeita-se ao pagamento de multa diária de R$ 1 mil, a vigorar a partir do momento em que for intimado da decisão proferida pela Justiça Federal.
O mandado de segurança foi impetrado por Publius Lentulus Guimarães da Silva, dono de uma casa comercial( Celeiro Beer) localizada na Rua São Sebastião, esquina como a Santarém-Cuiabá. Ele suspendeu a venda de bebidas alcoólicas desde que entrou em vigor medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 21 de janeiro passado, estipulando em R$ 1.500,00 a multa para o estabelecimento situado à margem ou na faixa de domínio de rodovias federais que desrespeitar a proibição de comercializar o produto.
O magistrado ressalta que a situação em que o impetrante se encontra acarreta-lhe o risco de dano irreparável, uma vez que não pode desenvolver normalmente suas atividades, especificamente em relação à venda de bebidas alcoólicas.
Garcês considera que, no caso específico do mandado de segurança em apreciação, a medida provisória não se revela razoável. Ressalta o magistrado que, a pouco mais de um quarteirão da casa de comércio do autor do mandado de segurança, “situa-se uma filial do estabelecimento de supermercado de mediano porte e que comercializa bebidas alcoólicas” sem sofrer as sanções previstas na medida provisória.

--------

Dinheiro chega atrasado e rodovias federais viram atoleiros

Paulo Leandro Leal
Repórter


As duas grandes estradas federais que cortam o oeste do Pará, a BR-230 (Transamazônica) e a BR-163 (Santarém-Cuiabá), estão nesta época do ano na mesma situação dos anos anteriores: tomadas por atoleiros, buracos e muita lama. O governo federal liberou recursos para a manutenção da estrada, mas o dinheiro chegou atrasado e está sendo gasto somente agora, no inverno, sendo transformado literalmente em barro.
Neste final de semana, a reportagem de O Estado do Tapajós percorreu alguns trechos da rodovia, de carro. Homens e máquinas estão trabalhando para tentar manter a trafegabilidade, mas por causa das chuvas, logo os atoleiros se formam novamente. Na Santarém-Cuiabá, entre as cidades de Santarém e Rurópolis, o trabalho está sendo feito pelo 8° batalhão de Engenharia e Construção (BEC). Na Transamazônica, por empreiteiras contratadas pelo governo.
Como era de se esperar, as obras na Transamazônica são melhores que as feitas pelo BEC na BR-163. Entre as cidades de Rurópolis e Placas, por exemplo, o trabalho feito por uma empreiteira garante o fluxo rápido de veículos, sem atoleiros. Mas isso não quer dizer que não há desperdício de dinheiro público. Entre Placas e Uruará, um trecho de apenas 60 quilômetros, a reportagem flagrou como o dinheiro investido na época errada pode literalmente virar lama.
Neste trecho se formaram vários atoleiros devido às chuvas. Há algumas semanas, uma construtora começou a trabalhar para recuperar a trafegabilidade. Na semana passada, aproveitando alguns dias de Sol, a empresa fez um serviço para aterrar os buracos e atoleiros, mas na sexta-feira uma forte chuva caiu naquela região. O resultado foi que a terra jogada na estrada virou um barro liso que impediu o tráfego de veículos. Novos atoleiros se formaram e os caminhões ficaram parados na beira da estrada, esperando uma melhora no tempo.
Na Santarém-Cuiabá, o dinheiro público também se transforma em lama e atoleiros. Depois de deixar o trecho entre as cidades de Santarém e Rurópolis (de 220 km) sem manutenção no verão, o governo liberou recursos durante o inverno, quando é impossível fazer outra coisa a não ser puxar carros em atoleiros. O trabalho deve torrar durante o inverno cerca de R$ 2 milhões para não deixar que a estrada fique totalmente intrafegável.
Pelo calendário amazônico, as obras de recuperação ou conservação de estradas sem asfalto só podem ser realizadas de junho a dezembro. É o período quando chove menos na região. De janeiro a maio, as chuvas não deixam que o trabalho seja feito e, sem as obras de conservação, as estradas ganham atoleiros quilométricos. Além dos atoleiros, as pontes velhas de madeira oferecem risco aos motoristas.
Além disso, o trabalho de recuperação feito pelo 8° BEC é apenas um paliativo, que não suposta dois dias de chuva. Na quinta-feira, dia 14, quando a reportagem passou pelo trecho entre as duas cidades, não havia grandes buracos que poderiam se tornar atoleiros. Mas no sábado, novos atoleiros já começaram a se formar em alguns trechos. Como não há condições de trabalho no inverno, a tendência é que todo o dinheiro gasto seja utilizado neste período em trabalhos de reparo e que, no próximo verão, não haja recursos para a conservação.

------

Sete mortos no naufrágio

Dez pessoas morreram após o naufrágio do barco Almirante Monteiro, na madrugada desta quinta-feira (21), em Itacoatiara (AM), segundo informações da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental. Noventa e duas pessoas foram resgatadas com vida. Equipes da capitania e dos bombeiros continuam realizando buscas no local.
De acordo com informações do coronel Antonio Dias dos Santos, comandante do Corpo de Bombeiros do Amazonas, as vítimas ainda não foram identificadas. 'A única confirmação que temos é de que duas delas são crianças e pelo menos outras duas são adultas. Não temos dados sobre os outros corpos.'
A Capitania dos Portos de Manaus conseguiu encontrar o comandante da embarcação naufragada. Ele teria dito que o barco saiu de Alenquer (PA) com 70 passageiros e 12 tripulantes. Ao longo do percurso, houve embarques e desembarques. A estimativa é de que, no momento do acidente, cerca de 110 pessoas estavam no Almirante Monteiro.
Segundo o coronel Antonio Dias, entre os mortos estão duas crianças e um adulto. 'Noventa e duas pessoas já foram resgatadas com vida. Cerca de 20 vítimas ainda não foram localizadas. O corpos serão levados para o IML de Manaus.'
( Portal G1)

----

O setor mineral para Santarém

Olavo das Neves
Empresário

É cada vez maior a influência dos projetos de mineração na economia regional. Santarém mesmo sem sediar nenhum projeto foi contemplada, apenas em 2007, com cerca de R$ 45.000.000,00 em aquisições diretas realizadas pelas mineradoras lotadas na região.
Tal marca foi considerada uma vitória para a Associação Comercial e Empresarial de Santarém que tem buscado incessantemente ampliar o nível de participação da região e, em especial, de Santarém, no movimento gerado pelo setor mineral.
Aqui vale o nosso reconhecimento a Mineração Rio do Norte e Alcoa, que tem demonstrado muita consciência quanto ao papel social que desenvolvem nesta região, atuando com muita transparência e seriedade na condução de seus projetos.
Outro justo reconhecimento que temos o dever de fazer é quanto ao esforço das empresas santarenas em buscar o aperfeiçoamento e a melhoria contínua da qualidade, sendo de vital importância para efetivação de negócios num mercado cada vez mais exigente.
Para o ano que inicia a perspectiva para o setor mineral é muito interessante, pois além da expansão dos investimentos de empresas já lotadas na região, temos a possibilidade real de implantação de mais um grande empreendimento através da Mineradora Rio Tinto, outra gigante do setor.
Seguramente o que estamos vivendo não se trata de mais um ciclo, mas de uma realidade que perenemente aqui se instala.

-------

Lamaçal...

Jubal Cabral Filho

O rio Tapajós torna-se um lodaçal.
Lixo doméstico, lixo público, esgôto público, entre outras são o uso comum do leito do rio Tapajós.
De todas as cidades que estão às suas margens.
De todos os garimpos que estão em seus afluentes e no leito principal.
De todos os barcos que trafegam em sua via úmida e lacrimejante.
E ninguém se movimenta para coibir estas ações.
Onde está o Ministério Público? A Defensoria Pública? As Procuradorias Jurídicas dos Municípios?
Apesar de ser competência federal iremos deixar que matem o nosso belo rio?
Ele nos dá a água que bebemos e a água que nos lavamos.
É a nossa vida que está em jôgo.
Vamos criar um Comitê para preservar o rio Tapajós!

-----

Santarém desacelera seu crescimento

Da lavra dos tucanos Aldo Queiroz e Alexandre Von sobre a desaceleração do crescimento de Santarém:

"Com base na série de PIB publicada - (2002-2005) - constata-se que Santarém vem se mantendo na sétima posição desde 2002. Esta informação sozinha nos levaria a conclusão que a economia no município de Santarém está travada por todo este período. A verdade é que numa análise mais detalhada das informações podemos constatar que, o crescimento foi significativo em 2003 com uma taxa de 26,9% em relação a 2002. No ano de 2004 o crescimento ainda foi significativo, 23,9% em relação a 2003. O que nos chama atenção é que em 2005 o crescimento foi de apenas 5,1% em relação a 2004. O recuo no crescimento da economia de Santarém foi de 18,8% em apenas um ano. Este recuo no crescimento do PIB e a constatação que entre os 143 municípios do Pará, Santarém caiu da 27ª para a 31ª posição no ranking do PIB per capta já são suficientes para afirmar que em 2005 foi iniciado em Santarém um acentuado processo de desaceleração das atividades produtivas locais."

-------

Decretada prisão preventiva de empresário acusado de molestar enteadas

Sobre a reportagem publicada ontem em O Estado do Tapajós, com o título "Foge empresário acusado de molestar duas enteadas em Óbidos", o promotor de justiça Reginaldo César Lima Álvares, que responde pela comarca daquele município, esclarece que não procede a informação de que não teria tomado providências ao receber a denúncia de abuso sexual contra duas menores, ocorrido no município, cujo acusado, J.E.A., padrasto das vítimas, teve a prisão preventiva decretada a seu pedido.
Ao receber a denúncia do Conselho Tutelar, o Ministério Público (MP) requisitou a abertura de inquérito policial, através do ofício nº 18/2008/ MP/PJO, recebido na delegacia no dia 23/1/2008. Nesta mesma data, as vítimas e a mãe das mesmas foram ouvidas na sala da Promotoria de Justiça de Óbidos, na presença do promotor Reginaldo César, e dos conselheiros tutelares Etelvino Almeida de Paiva, Maria Valdeci dos Santos e Francélia Soares de Andrade.
Diante da narrativa apresentada pelas vítimas, que confirmaram as declarações prestadas no Conselho Tutelar, o MP, através de Reginaldo César, no dia 24/1/2008, requereu a prisão preventiva do agressor J.E.A., a qual foi decretada pelo juiz da Comarca no dia 25/1/2008.
Paralelamente, o delegado de Polícia Civil de Óbidos requereu, no dia 28/1/2008, mandado de busca e apreensão, o qual foi cumprido no dia seguinte, onde foram encontrados DVDs, livros e fita cassete pornográficos. O MP requereu ainda a inclusão das vítimas no Projeto Sentinela, para tratamento psicológico e as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha, as quais foram todas deferidas pelo Juízo de Óbidos.
O agressor encontra-se foragido da cidade de Óbidos, podendo ser preso a qualquer momento e em qualquer lugar do país. O MP vem acompanhando o cumprimento das diligências da Polícia Civil quanto ao mandado de prisão preventiva.

------

Simone centenária

Lúcio Flávio Pinto
Articulista de O Estado do Tapajós

Se viva fosse, Simone de Beauvoir teria completado um século no mês passado. Minha geração conheceu a companheira de Jean-Paul Sartre como símbolo do feminismo então engatinhante. No entanto, sua imagem nos era apresentada com o degradável perfil de uma matrona, uma mulher desapegada da vaidade feminina e resignada a ser a partner decorativa do grande filósofo.
Seus romances consolidavam essa idéia. Mas quando começamos a ler seus diários e suas descrições da vida com Sartre, descobrimos sua sutileza, sensibilidade, inteligência e acuidade. Se não era mais profunda, era mais agradável do que o "pai" do existencialismo (na verdade, tio). Poucos escritores deram aos detalhes o encanto que têm nos escritos de madame Beauvoir. Podemos seguir horas pelo seu texto sem nos preocupar da relevância do que ela diz. Fica-se encantado pelo modo como diz, pela capacidade de ver de maneira inteiramente pessoal - e nova - o que nos passaria despercebido. Só uns anos atrás pudemos dar valor também à beleza física de Simone, quando revelada uma maravilhosa foto que dela foi feita secretamente, quando visitava Nelson Algren, seu amante americano em Nova York.
Uma das fotografias mais sensuais e, ao mesmo tempo, mais respeitosas de um corpo nu que já vi. Quem mereceu esse tratamento excepcional merece nossa admiração eterna, realçada neste primeiro centenário de uma escritora com tutano suficiente para durar muito mais tempo.

------

O SUS DE MARIA DO CARMO

Sebastião Imbiriba
Articulista de O Etado do Tapajós

O título deste artigo poderia ser "O SUS do Emmanuel" se o objetivo fosse particularizar a responsabilidade local ou "O SUS do Lula" se buscássemos o responsável geral. Neste caso, falaríamos ao vazio sem atingir o ouvido desejado, no outro, minhas boas intenções poderiam ser mal recebidas por um amigo a quem respeito e estimo. Considero amigos Dr. Emanuel Silva e sua esposa, Dra. Francimeire, mas por Maria tenho particular simpatia e afeição; considero recíprocos tais sentimentos. Por isto mesmo, o título acima.
Já tive dor de dente em Nova Iorque e minha mulher foi hospitalizada em Miami. Fomos muito bem cuidados, porem as contas foram enormes. Já em Copenhague, recorri ao "médico de família" do bairro Orsteboro. Mesmo sendo estrangeiro, não houve qualquer empecilho, agendei consulta por telefone e fui atendido, com hora marcada, por um médico atencioso e gentil, tudo falado em inglês, numa consulta de mais de trinta minutos, com anamnese extensa e cuidadosa, tudo por conta da Comuna, como por lá eles chamam o município.
No Recife, precisei restaurar uma obturação, marquei consulta (pessoalmente) no Posto de Saúde da Prefeitura em Boa Viagem e fui atendido no dia seguinte. D'outra feita, no mesmo Posto, fui recebido por uma Dermatologista no mesmo dia em que solicitei a consulta.
Alguns dizem que no Rio Grande do Norte é melhor porque este estado tem sido governado por mulheres. Faz tempo que não vou lá, não posso afirmar. Os pernambucanos consideram péssimo o serviço do SUS. O serviço do SUS é péssimo no país todo e sabemos todos disto, mas em alguns lugares é muito pior do que em outros. Incluo Santarém neste caso e o que digo aqui o faço na esperança de que, algum dia, venha a ser como nos países nórdicos. Já debocharam desta minha aspiração. Dizem que as coisas no Brasil são assim mesmo e que não tem conserto. Não acredito neste fatalismo derrotista. Por isso mesmo, não me conformo.
Não me conformo em esperar desconfortavelmente por mais cinco horas para ser atendido por um médico que me despacha em menos de três minutos. Não somente a mim, que me considero em boa forma, mas a tantos idosos e pessoas muito doentes, padecendo e penando.
Nem falo do horror do Pronto Socorro. Se você, leitor, for ao Posto de Saúde Santa Clara às sete da manhã, não encontrará mais pacientes nem médico. O horário foi antecipado sem divulgação, apesar do importante dispêndio da
Prefeitura em publicidade. O médico começa a atender às seis da manhã. Às sei e quarenta vai embora tendo despachado dezesseis pacientes, média de dois minutos e meio por consulta. Não sei se alguém pode chamar isto de medicina. Para mim é ofensa ao cidadão. Não há necessidade de conhecimento específico, basta um pouco de estatística para saber que a probabilidade de erro de diagnóstico é enorme.
Se nos esforçarmos um pouquinho só, entenderemos que muito pode ser melhorado começando, é claro, pelo início: marcação de consultas. Consultas deveriam ser agendadas, pelos já cadastrados no SUS, via Internet ou telefone. Se o paciente já passou por avaliação do Clínico Geral e foi encaminhado a um especialista, novas consultas não deveriam depender de novo encaminhamento. Se alguém sofre de glaucoma e deve consultar o oftalmologista a cada seis meses, porque não ir direto ao seu médico e agendar a consulta? Porque percorrer todo um caminho inútil e demorado?
As coisas podem e deveriam ser claras, há necessidade de um roteiro para o paciente se encontrar e saber a onde se dirigir. Tal roteiro deveria estar no portal da Prefeitura, de onde poderia ser impresso, assim como em avisos nos postos de saúde. Ao contrário, o que encontramos nas paredes são arrogantes e ofensivos avisos de que não se pode desacatar funcionários, ou seja, o cidadão tem que ser submisso e não pode reclamar de maus tratos, sob as penas da Lei.
A informatização do serviço certamente tornaria tudo muito mais simples e mais eficiente, liberando pessoal para outras tarefas mais importantes.
Na inauguração do Mirante, conversei com Dr. Everaldo sobre o Centro de Convenções de que Santarém necessita. Everaldo me surpreendeu apontando algumas opções viáveis, revelando estar atento e antecipando os problemas.
Talvez, nesta questão de informatização dos serviços médicos, Everaldo disponha de algumas soluções igualmente inteligentes. Faço votos que sim. A informatização aumenta a eficiência, a ordem, a rapidez do atendimento.
Talvez nem Maria e sua família, nem Lula, nem Emmanuel precisam recorrer ao SUS em pé de igualdade com os demais cidadãos. Talvez eu não precise recorrer ao SUS. Mas este não é o problema. A questão é que todos, sem exceção, tem direito a atendimento de qualidade pelo SUS. Alem disto, tanto Lula, quanto Maria e Emmanuel deveriam recorrer ao SUS, de vez em quando, para saber como é humilhante, degradante, penoso e deficiente o serviço médico que propiciam ao povo.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Morre Joaquim da Costa Pereira, diretor-presidente da Tv Tapajós

Do Espaço Aberto:

Santarém perdeu nesta quarta-feira um de seus maiores empresários.Morreu vítima de uma parada cardiorespiratória, por volta das 4h da madrugada, no Hospital Porto Dias, em Belém, onde estava internado desde o dia 27 de dezembro passado, o empresário Joaquim da Costa Pereira (na foto, do site NoTapajós).
Tinha 80 anos.Notabilizou-se com um dos maiores comerciantes da região oeste do Pará, mas seus negócios se concentravam em Santarém.
Era diretor-presidente da TV Tapajós, que retransmite a Globo em Santarém.
O corpo chega a Santarém na tarde desta quarta-feira e será velado durante todo o dia. O sepultamento deve ocorrer na manhã de quinta-feira (7).
Joaquim Pereira deixa seis filhos – Joaquim Cardoso, Vera, Nivaldo, Vânia, Joaquim Filho e Donaldo -, aos quais o blog transmite, bem como aos demais familiares, as suas mais profundas e sinceras condolências.

Abaixo, um pouco da vida do empresário, que você pode ler aqui.

-------------------------------------------

Uma história de luta e vitóriasJoaquim da Costa Pereira nasceu em Santarém, no dia 30 de outubro de 1929. Ele era o filho mais novo de uma família de 8 filhos. Sua vida de trabalho começou cedo. Aos 12 anos ele já ajudava ao pai ferreiro mecânico nos serviços leves da oficina. Aos 15 anos, percebeu sua vocação para o comércio e investiu em um pequeno negócio de couro. No ano de 1946 montou sua primeira empresa varejista, a Costa Pereira e Cia, que comercializava estivas em geral.Suas relações comerciais evoluíram culminando com a criação das firmas J. Costa Pereira e Bar e Fábrica de Gelo São Joaquim, ambas as empresas visavam o abastecimento dos moradores das áreas ribeirinhas de Santarém. A garra e o espírito empreendedor tornaram-se marcas registradas de Joaquim Pereira, que com o passar dos anos investiu nos mais diversos setores do comércio e no ramo das comunicações. Ele chegou a presidir um grupo de 15 empresas compostas de concessionárias de veículos, locadoras de carros, lojas de ferragens, material elétrico e construção, material de garimpo, gráfica, construtora, presentes finos, jornal, rádio e televisão.Boa parte da juventude de Joaquim Pereira foi dedicada ao trabalho. Para o empresário os melhores anos e produção de um homem são quando existe entusiasmo e saúde. Em diversos momentos trocou o lazer pelo ofício. Aproveitou um dos ciclos mais importantes da economia da região, o do ouro, para formar um patrimônio que lhe permitisse tranqüilidade no futuro. “Aprendi desde cedo que a lei da prosperidade é ganhar muito e gastar apenas o necessário. Sempre pratiquei essa filosofia”, dizia.O primeiro jornal impresso em Santarém ‘O Tapajós’ que funcionou de 1986 a 1994 também foi fundado por Joaquim Pereira.Dentre seus investimentos destaca-se o Sistema Tapajós de Comunicação, composto pela TV Tapajós, emissora geradora afiliada a Rede Globo, a Rádio Tapajós/ 94 FM e o Portal Notapajos.com, afiliado a Globo.com. Nos negócios contou com o apoio dos filhos e principalmente de sua esposa Dona Vera Pereira.

Retrospectiva 2009 - Janeiro


Belém não será sede da copa de 2014, diz Juca Kfoury

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, passará por São Paulo neste meio de semana, será recebido por José Serra e, provavelmente, anunciará o óbvio:
São Paulo será a sede da partida inaugural da Copa de 2014 e Manaus será a sede amazônica da Copa, deixando Belém de fora.
Tudo porque Manaus é a capital amazônica mais conhecida no mundo e porque São Paulo, apesar das pretensões de Brasília e Belo Horizonte, é a cidade economicamente mais importante do país.
Pesa, ainda, o favoritismo de Serra nas próximas eleições presidenciais.
Sempre é bom agradar aquele que poderá estar no cargo durante a Copa.

-----

Greenpeace distorce dados sobre efeitos de grãos

Miguel Oliveira
Repórter


A Organização Não Governamental Greenpeace lançou uma campanha anti-produção de grãos em Santarém. O mapa comunitário da soja lançado sexta-feira(16) a bordo do navio Artic Sunrise expõe os supostos impactos da produção de soja na região, mas trata-se, na verdade, de um conjunto de falsas informações que não encontram amparo na realidade.
Dois locais apontados pelo Greenpeace como exemplos de ocorrência de êxodo rural por causa da produção de soja no planalto - Poço Branco e Paca - tiveram redução temporária de população por falta de infra-estrutura rural. Em uma delas, em Poço Branco, tão logo a rede de energia elétrica foi instalada, há 2 anos, a população voltou às antigas posses. No igarapé do Paca, a população deixou o local por causa da falta de estradas, água e energia.
Outra informação que desmente parcialmente o mapa do Greenpeace é o número de alunos matriculados em escolas do planalto santareno. Em 2000 havia 185 estudantes matriculados nas escolas da localidade de Tabocal e esse número hoje ultrapassa a 1.500. O mesmo ocorre em Boa Esperança, Mojuí dos Campos e Jacamim.
Segundo o site Ecoamazônia , além de desmatamento, o Greenpeace diz que foram mapeados vários outros problemas associados à soja, como igarapés assoreados ou contaminados por agrotóxicos, acessos tradicionais bloqueados pelas plantações e desaparecimento de comunidades tradicionais. Mas segundo dados do IBGE, a população rural de Santarém vem aumentando desde o início da produção de soja em Santarém e região.
A partir de 2000, com o início da produção de grãos em larga escala, a população rural de Santarém voltou a crescer, chegando, no ano passado, ao mesmo número de 28 anos atrás.
O estudo "Informações Municipais 2008", da Secretaria de Planejamento do município de Santarém, mostra que em 1980 a zona rural de Santarém possuía 80.293 moradores, de acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na década de 80, houve um pequeno aumento do número de moradores, chegando a 85 mil em 1990. A década de 90 foi marcada por uma verdadeira fuga do campo, ocasionada principalmente pelo abandono das terras pelos agricultores, que partiram em busca de ouro nos garimpos da região. A significativa redução da população rural fez com que em 2000 o número de moradores fosse de 76.242.
Foi no início desta década que foram dados os primeiros passos para a lavoura de grãos em Santarém, marcando também o início de uma curva ascendente do número de moradores no campo. De 2000 até o ano passado, segundo os dados do IBGE, houve um aumento gradual e contínuo da população rural, chegando, no ano passado, a 80.765 moradores. Em números absolutos, um pouco mais do que em 1980, mas naquela época, Santarém possuía um território maior, vindo a perder depois o que hoje são os municípios de Placas e Belterra, que juntos têm mais de 30 mil habitantes.
Se os dois municípios que conseguiram a emancipação política em 1994 ainda fossem território de Santarém, a população rural do município seria superior a 100 mil habitantes, quase a de da população total de hoje. Segundo o IBGE, no ano passado a população total do município de Santarém chegou a 278.118 moradores, sendo que 197.353 moram na zona urbana, o que corresponde a 69% da população total. A população rural aumentou não somente em números absolutos, como também em termos percentuais. Em 2005 correspondia a 29% da população, chegando a quase 32% em 2007.
A secretaria de Planejamento de Santarém reconhece que a retomada da produção agrícola tem influência no aumento da população da zona rural nos últimos sete anos, e acrescenta a isso as políticas públicas voltadas para as famílias que moram no campo. A partir de 2003 houve um aumento da força de políticas federais como o Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), que financia a produção agrícola familiar e aumentou o aporte de recursos para a região. Outra política que têm forte influência nesta questão é o programa Luz Para Todos, que tem levado energia a dezenas de comunidades rurais santarenas nos últimos anos.
Algumas comunidades deixaram de existir em virtude da migração dos moradores e escolas pararam de funcionar por falta de alunos. Mas estas famílias continuam morando na zona rural, em outras localidades.

--------

A poluição tecnobrega

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal


Já houve criação humana mais horrorosa em matéria de música do que o tecnobrega? Eu não conheço. A rigor, esse gênero nem pode ser enquadrado na condição de música. Não tem harmonia nem melodia. O ritmo é tão pobre quanto o de um bate-estaca. Uma voz esganiçada geme como se tivesse dado uma topada. Uma voz eletrônica interrompe o – digamos assim – cantante para anunciar qualquer coisa. Ao fundo, um ruído eletrônico remete o ouvinte à cacofonia do inferno. Quem submete seu ouvido a essa monocórdia repetição de um cantochão primal jamais virá a saber o que é música.
Servir de cenário para o surgimento dessa monstruosidade antimusical não consagra de vez o Pará como a terra do barulho e Belém como a sua lídima capital? De fato, o paraense tem uma propensão natural para ouvir música, cantar e dançar. A vertente verdadeiramente musical dessa tradição fecundou compositores, músicos e cantores em atividade como Nilson Chaves, Vital Lima, Alcyr Guimarães, Sebastião Tapajós, Nego Nelson, Fafá de Belém, Leila Pinheiro, Jane Duboc, Andréa Pinheiro e muitos outros.
Mas outra vertente foi progressivamente empobrecendo uma matriz que já era limitada. A música paraense de raiz é monótona, repetitiva, dominada pela marcação do ritmo, que cada vez mais sufoca as outras partes (mais relevantes) da composição. Ouve-se com deleite três números de carimbó. A partir daí, a exaustão vem rápido. Um disco inteiro de carimbó demarca na audição a exigência de quem ouve. Uma festa só de brega é passaporte para o rebaixamento do gosto. Uma única música de tecnnobrega é tortura auditiva. Com o som estourando o registro dos decibéis, é poluição humana certa.
A cidade é tomada todos os dias e inundada nos fins de semana por essa agressão de barulho, que também dá sua contribuição à violência geral. Contando, para a consumação do crime, com o disfarce da cultura popular. A tolerância geral para esse tipo de maneirismo não minimiza a gravidade da agressão. Só a torna menos perceptível. E, justamente por isso, mais letal. Corrói aos poucos, aniquila a sensibilidade, deforma o gosto.

------

Usina colonial: é Belo Monte

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal e articulista de O Estado do Tapajós


Talvez a projetada hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, se torne única na história da energia em todo mundo: o custo da geração irá superar o da transmissão. Jorge Palmeira, presidente da Eletronorte, diz que a obra da usina sairá por valor “superior” (não diz em quanto) a seis bilhões de reais. Já a linha de transmissão custará R$ 7 bilhões. Em geral, a hidrelétrica é muito mais cara do que a sua linha. Por que a diferença?
Belo Monte foi concebida para gerar energia para consumidores que estão a grande distância e não para atender demanda local. Suas linhas de transmissão poderão chegar a três mil quilômetros de extensão para que ela atinja os mercados mais eletrointensivos do país. Como o pacote completo do projeto, superando R$ 13 bilhões, dificilmente atrairia interessado e ainda exporia o seu custo a críticas, a obra foi dividida em duas partes e assim será licitada (ainda neste semestre, na expectativa da estatal).
Como se trata de um projeto colonial, de transferência de energia bruta para transformação em outro local, o que acontecerá é que essa linha de transmissão será quase só de mão única. No período úmido, quando chover bastante no vale do rio Xingu, ela remeterá para o sul uma enorme quantidade de energia, que a Eletronorte continua a dizer que chegará a 11 mil megawatts (um terço a mais do que a potência máxima de Tucuruí).
No período seco, quando não haverá água suficiente, em algum momento sequer para movimentar uma só das 20 máquinas da casa de força da usina, não virá por esse linhão a energia do sul, que estará em período hidrológico favorável, através do sistema integrado nacional. Por quê? Porque não haverá demanda significativa em torno de Belo Monte, típico projeto de enclave e não de desenvolvimento, para absorver a carga justificável para transferência em alta tensão por essa distância.
Se o que a Eletronorte diz for verdadeiro, mesmo em certos momentos do verão no Xingu, quando poderá estar gerando de 800 a até mil MW, Belo Monte continuará a ser um sangradouro de energia do Pará se não surgir empreendimentos produtivos associados à oferta abundante de energia. Por enquanto, essa relação não foi estabelecida. O que existe são conjecturas e especulações. Ou, quando muito, intenções não consolidadas.
Se Belo Monte sair, o Pará se tornará o maior exportador de energia bruta do Brasil (é o 3º no momento). Talvez do mundo. Não é um título que nos honre, muito pelo contrário. Estará mandando para outros lugares um dos principais insumos do desenvolvimento para se subdesenvolver cada vez mais.

-------

Remo humilhado dentro do Baenão pelo São Rainundo

Do Amazônia:

Um jogo para ser esquecido pelo torcedor do Remo. Em uma tarde desastrosa, o time azulino tomou uma goleada histórica e sucumbiu em casa, diante de um Baenão atônito, por 5 a 1, diante do São Raimundo. Hélcio (2), João Pedro (2) e Michel anotaram no confronto de ontem e colocaram o time santareno na liderança do Campeonato Estadual, com três pontos. O zagueiro Filho, contra, fez o único do Leão, que inicia a competição estadual na lanterna da tabela de classificação, com saldo negativo de quatro gols. A humilhação só não foi maior devido às defesas do goleiro Adriano.
Esta foi a maior goleada sofrida pelo Remo em casa diante de uma equipe de porte mediano. A última vez que o Remo foi derrotado por um placar tão elástico foi em 1984, justamente contra outra equipe interiorana, o Izabelense, quando levou 4 a 1, no Baenão. Esta também foi a maior goleada na história aplicada pelo São Raimundo em um Paraense.
Depois da partida, o volante Beto arriscou alguma resposta sobre o resultado catastrófico em casa, que lançou a equipe em uma crise logo no início da temporada: 'A defesa se desconsertou de uma maneira que eu não sei o que aconteceu, mas posso prometer para o torcedor que isso não vai mais acontece', lamentou. De cabeça cheia com a goleada, o Remo tenta esquecer o fiasco no Baenão na primeira rodada. Na quarta-feira, o Leão Azul volta a campo contra o Time Negra, de novo no Baenão. No mesmo dia, o São Raimundo enfrenta o vice-líder Águia, em Parauapebas.
O jogo - A partida começou com um lance de perigo do atacante Hélcio logo aos dois minutos. Michel recebeu lançamento na direita e ergueu a bola na área. Ela passou por todo mundo e saiu pela linha de fundo. O lance foi apenas um dos muitos que viriam pela frente. O Remo até tentou ir para cima do São Raimundo, mas estava com dificuldades de criar as jogadas. Com isso, era uma questão de tempo para que time visitante assinalasse o primeiro gol. Aos quatro minutos, o ex-azulino João Pedro aproveitou falha grotesca do trio de zaga remista e cruzou para a entrada de Hélcio, que só teve o trabalho de tocar de pé direito para estufar a rede: 1 a 0.
O Remo, mesmo sem nenhuma organização ou força ofensiva, ainda teve a chance de igualar o placar. Aos 13, Levy cobrou falta na área e Bruno Sá cabeceou para o gol. Mas o árbitro anulou o lance ao marcar impedimento do zagueiro. Aos 17, o Leão tomou um novo golpe. Michel puxou rápido contra-ataque pela direita, tabelou com João Pedro, e bateu na saída de Adriano: 2 a 0.
Após levar o segundo gol, o Remo sofreu a primeira mudança. Flávio Campos desarmou o 3-5-2, sacando o inseguro zagueiro Bruno Oliveira e mandando a campo o baixinho Gegê. A tentativa de ir para cima do adversário, no entanto, ficou só na vontade. Antes do encerramento da etapa inicial, o Remo ainda sofreu o terceiro gol, aos 44 minutos. Hélcio recebeu sozinho na área, esperou a saída de Adriano e tocou por cima: 3 a 0.
Pensando na reação, o técnico Flávio Campos tratou de mexer no time logo no começo do segundo tempo. Ele colocou a equipe mais para frente com as saídas do meia Franklin e do atacante Bruno Andrade para as entradas, respectivamente, do meia-atacante Ramon e do atacante Marcelo Marciel. Mas, apesar das mudanças, o que se viu no Baenão foi uma avalanche alvinegra. Aos três e aos cinco minutos, Michel apareceu com muito perigo na área azulina, mas pecou nas finalizações. Aos nove, porém, não houve salvação: após jogada de Hélcio pela esquerda, João Pedro apareceu sozinho e bateu certeiro: 4 a 0.
O segundo tempo só não foi um fiasco total para o Remo pois o time conseguiu marcar o seu gol de honra e ainda ameaçar o gol de Labilá em duas outras oportunidades. E ainda assim o gol azulino só saiu com a ajuda da defesa adversária. Aos 12, Gegê levantou bola na área e o zagueiro Filho, de cabeça, acabou marcando contra. 4 a 1.
Depois de marcar seu único gol, o Remo até se animou para tentar diminuir um pouco mais o vexame, mas o São Raimundo tratou de consolidar o chocolate para cima do Leão. Aos 27, João Pedro cobrou falta no canto direito de Adriano: 5 a 1.
O Remo, abalado por este último golpe, sumiu em campo. Já o time visitante, bem posicionado na defesa, saia sempre em perigosos contragolpes. Em um deles, aos 38, Hélcio, que voltou a aparecer livre na área, quase marcou o sexto. Para seu azar, a bola bateu na trave direita e Adriano afastou para escanteio, evitando uma maior humilhação.

------

Inadimplência dos consumidores cresce 8% em 2008, diz Serasa

Da Folha News:

A inadimplência dos consumidores apresentou crescimento de 8% em 2008 sobre o ano anterior, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência de Pessoa Física. É o crescimento mais alto desde 2006, quando ficou em 10,3%. Em 2007, a alta foi de apenas 1,7%. Em dezembro, a inadimplência apresentou crescimento de 2,5% sobre novembro e de 12,8% sobre o mesmo mês de 2007.
Segundo os técnicos da empresa de análise de crédito, a alta refletiu "a diminuição da renda disponível dos consumidores, que foi afetada pela inflação nos itens básicos, pelo crescente endividamento por parte da população em prazos mais longos, pela elevação dos juros desde abril e pela piora das condições de crédito no último trimestre do ano.

------

Lula afirma que imprensa faz mal ao seu fígado, diz revista

Da FolhaNews:

Alvo de críticas diárias da imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admite, em entrevista veiculada na edição de janeiro da revista "Piauí", que sua relação com jornalistas não é das melhores. Na entrevista, o presidente afirma que a imprensa lhe faz mal ao fígado, mas reconhece que a liberdade dos meios de comunicação foi um dos responsáveis pela sua ascensão à presidência.
Lula conta que evita ler notícias em jornais, sites e revistas. "Porque eu tenho problema de azia", afirma o presidente na entrevista.
De acordo com a revista, o presidente diz que se informa diariamente pela manhã em conversas com o ministro Franklin Martins (Comunicação Social). "Quando sai alguma coisa importante, a Clara [Ant, assessora especial do presidente] ou o Franklin me trazem o artigo, ou mesmo o vídeo de uma reportagem de televisão", diz Lula.
A distância das notícias também é mantida por Lula nos fins de semana, quando ele, segundo a entrevista, também mantém os políticos longe e prefere pescar, jogar cartas e conversar com filhos e amigos. "Recomendaria a qualquer presidente que se afaste dos políticos e da imprensa no fim de semana", afirma o presidente na revista.
A proximidade da imprensa e de políticos foi justamente um dos motivos que levou Lula a antecipar sua saída de Fernando de Noronha (PE), onde passou a virada de ano e descansava com a família.
Em busca de mais privacidade, o presidente preferiu continuar suas férias em uma área exclusiva da Marinha em Salvador (BA).

----

Tapajós preside nova mesa da Câmara de Santarém

Acaba de ser divulgado o resultado da eleição para a mesa da Câmara de Santarém:
Presidente: José Maria Tapajós(PMDB)
Vice-presidente: Nélio aguiar(PMN)
1º secretário: Emir Aguiar(PR)
2º secretário: Bruno Pará(PDT)
3º secretário: Carlos Jaime(PT)
4º secretário: Gerlande Castro(PP)
Os vereadores Henderson Pinto, Erasmo Maia, Chico da Ciframa, do Democratas, e Jaílson(PSDB) votaram em branco.

Reginaldo Lobo, do PP, é o novo presidente da Câmara de Vereadores de Belterra.
Regis, como é conhecido, foi eleito graças a uma manobra do PMDB que, apesar de contar com 4 dos 9 vereadores, retirou-se da disputa pela presidência e descarregou seus votos no vereador pepista.
O prefeito Geraldo Pastana fez uma inusitada coligação com o Democratas e tentou emplacar a vereadora Malú, que acabou derrotada por Regis pelo escore de 5x4.

Retrospectiva 2009

A partir de hoje, até o dia 20 de janeiro, enquanto durarem as férias do pessoal da redação do Blog do Estado e do jornal O Estado do Tapajós[que volta com sua circulação normal a partir do dia 23], este site fará uma retrospectiva mensal das principais notícias publicadas aqui neste espaço relativas ao ano de 2009.

Caso seja possível, os comentários serão atualizados.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Aclep quer disciplinar acesso da imprensa a jogos oficiais

O jornalista Ferreira da Costa, presidente da Associação de Cronistas e Locutores Esportivos do Pará(ACLEP) tem reunião marcada para hoje, em Santarem, com dirigentes sindicais e diretores de veículos de comunicação que têm interesse no credenciamento de profissionais que pretendem fazer a cobertura de jogos oficiais que serão realizados este ano no estádio Barbalhão.

A reunião será realizada no auditório da Secretaria Municipal de Turismo a partir de 17 horas desta terça-feira.

Lista de passagens emitidas pelos gabinetes dos deputados federais

Confira a lista de bilhetes de passagens internacionais emitidas através de cotas a que têm direito os deputados federais.

Clique aqui para ver a lista revelada pelo Congresso em Foco.

Taxas do Detran aumentam

No AMAZÔNIA:

Os custos para emissão da primeira habilitação estão 4,21% mais caros a partir de hoje. O reajuste das taxas de serviços do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), que acompanham o percentual de aumento da taxa da Unidade Padrão Fiscal (UPF) para o ano de 2010, também implicarão em aumento na renovação de habilitação, emplacamento e licenciamento de veículos.
O valor das novas tarifas foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial do Estado e está disponível para consultas na página da autarquia na internet. O endereço é www.detran.pa.gov.br.
Foram reajustados todos os serviços prestados pelo Detran cujos valores são calculados a partir da UPF. O aumento de 4,21 % estava previsto desde dezembro, quando a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) anunciou que o valor da UPF subiria de R$ 1,9608 para R$ 2,0435.
Primeiro emplacamento, licenciamento anual e transferência de propriedade que até 31 de dezembro de 2009 custavam R$ 117,64 passam a custar R$122, 61. Os exames prático ou teórico agora custam R$ 102,18; exame médico, R$59,26; psicotécnico, R$ 79,7; e de junta médica, R$ 102,18.
Adoniram Henrique Mesquita, presidente do Sindicato das Autoescolas do Estado do Pará, afirma que o valor dos pacotes de primeira habilitação oferecidos pelas autoescolas, em que estão inclusos o valor das provas no Detran, acompanharão o aumento de 4,21 % das tarifas. 'Pode ser que nos primeiros meses esse aumento não seja sentido pelos clientes. É preciso fazer uma avaliação de quanto aumentará efetivamente o custo dos serviços no Detran, mas não deve ser muito. Hoje, o valor médio cobrado pela primeira habilitação é de R$ 750, e é possível encontrar pacotes ainda mais baratos, por conta da concorrência entre os centros de formação de condutores'.
Adoniram afirma que o aumento de pouco mais de R$ 30 pode até passar despercebido nos primeiros meses do ano, por conta dos pacotes promocionais oferecidos pelas autoescolas para captar clientes.
Quem procurou o Detran ontem, encontrou o órgão fechado. O atendimento ao público foi suspenso na segunda-feira para que o sistema de emissão de documentos e registro de veículos fosse ajustado às novas tarifas. Hoje, as unidades do Detran em todo o Estado voltam a funcionar normalmente.

O tempo da moral, a moral do tempo

Lúcio Flávio Pinto:

As cenas de corrupção explícita do mensalão do partido Democratas de Brasília, ameaçando espraiar-se por outros partidos e outros Estados, é um dos mais traumáticos acontecimentos da vida republicana brasileira. Está certo que o autor das gravações tem o perfil de um canalha, seu objetivo é espúrio, não está afastada a hipótese de manipulação nas gravações e várias outras circunstâncias desabonadoras. Mas uma conseqüência concreta e drástica devia ter acontecido. E, findo 2009, não aconteceu.

Se o país tivesse realmente a saúde moral e ética que exibe nas traduções quantitativas da sua condição de afluência material, cabeças teriam rolado, haveria choro convulsivo e o ranger de dentes seria ouvido em todos os quadrantes do território nacional. A repercussão, porém, guardou uma distância patológica do fato escandaloso. Até agora, a montanha pariu um rato (embora que rato!).

O presidente Lula foi quem deu a senha para que o impacto fosse amortecido e dissipado ao dizer que uma imagem não é suficiente para formar juízos. Uma imagem qualquer, certamente não. Mas aquelas cenas sórdidas de homens públicos recebendo pacotes de dinheiro e os ocultando em suas roupas testemunham tal degradação de hábitos e costumes que se os personagens nada fizeram, alguma autoridade tinha que de imediato suprir suas sem-vergonhices e infâmias através de um ato corretivo qualquer. Era daquele tipo de imagem com mais força do que um milhão de palavras.

A condescendência do homem público nº 1, que tem o maior índice de aprovação de todos os tempos já alcançado por um presidente da república, perpetuou a vilania e caiou de róseo o negrume que cobre a vida pública brasileira, em contraste com a riqueza material do país.

Este Jornal Pessoal se consolidou quando, depois de provocar um grande impacto sobre a opinião pública com a revelação da trama para assassinar o ex-deputado estadual Paulo Fonteles de Lima, na primeira quinzena de setembro de 1987, dedicou a segunda edição a desnudar um rombo praticado no caixa do Banco da Amazônia, O desfalque foi praticado por uma quadrilha que tinha à sua frente nada menos que o diretor e presidente interino da instituição. Ao compulsar dezenas de operações creditícias irregulares ou fraudulentas autorizadas pelo diretor para pessoas subordinadas ao seu filho, e somar os valores desses desvios, constatei que o alcance era equivalente a 30 milhões de dólares, valor da época de dólar de alta cotação.

Oito meses antes o secretário de finanças da Pensilvânia, Budd Dwyer, chocara o mundo ao se suicidar diante das câmeras de televisão. Ele convocara a imprensa para apresentar sua resposta às denúncias de que recebera 300 mil dólares de propina para favorecer uma empresa com interesses no governo daquele Estado americano. Quando todos os repórteres estavam postados e as câmeras ligadas, Dwyer meteu a mão num saco de supermercado, tirou um revólver, colocou o cano dentro da sua boca e disparou, depois de dizer que essa era a resposta aos que dava aos seus acusadores. Como o Diário do Pará não estava na cobertura, fomos poupados de ver a fotografia da cabeça estourada do secretário e seus miolos espalhados pelo chão e a parede.

Nunca pude apurar adequadamente se Dwyer tinha culpa ou não no desvio de dinheiro do tesouro da Pensilvânia, mas o saque no caixa do Banco da Amazônia era evidente, provado. No entanto, nenhum órgão da imprensa local tratava do problema. Era tema proibido, embora o rombo fosse 100 vezes maior do que a propina que levara o secretário da Pensilvânia a se suicidar. A razão do silêncio obsequioso? O chefe da quadrilha, o advogado Augusto Barreira Pereira, era também diretor do departamento jurídico do grupo Liberal (e contava com o apoio de Jader Barbalho, dono do outro grupo de comunicação), e um dos seus comparsas era irmão do superintendente de A Província do Pará, o maravilhoso arquiteto e compositor de música popular Billy Blanco. Tutti quanti buonna gente, acima de qualquer suspeita.

O desfalque era de tal magnitude que, apesar da conivência da imprensa local, levou à instauração do primeiro processo pela então recém-editada lei do colarinho branco, que hoje ostenta uma enorme galeria de freqüentadores, raríssimos deles punidos. As diversas formas do jeitinho brasileiro acabam livrando a cara dos acusados e a impunidade subverte o padrão de decência que o país devia seguir ao se deparar com escândalos de qualquer natureza, sobretudo em versão tão chocante como essa do mensalão do DEM brasiliense.

Diz o ditado que em casa de enforcado não se fala de corda e que quem tem rabo de palha evita o fogo. Talvez os ditados ajudem a entender por que, ao invés de dar passagem à indignação do povo brasileiro, o tão popular presidente da república tenha fornecido a senha para que o lixo fosse colocado debaixo do tapete e os esqueletos guardados no armário. Ainda que cabeças venham a rolar e sangue a escorrer, o tempo entre o choque e a sua reverberação dá a medida da moral pública no Brasil. Um país retardado moralmente.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

PT usou Ibama nas eleições municipais, diz ex-gerente do órgão em Santarém

Daniel Cohenca, ex-gerente do Ibama de Santarém, diz que PT usou órgão para vencer eleições municipais no Oeste do Pará.

A denúncia de Cohenca está sendo feita após o encerramento do processo administrativo a que foi submetido e que concluiu pela improdência das denúncias de improbidade administrativa das quais ele era acusado.

Leia a íntegra da nota aqui.

Blog do Estado com conteúdo especial em janeiro

A partir de quarta-feira até o dia 20 de janeiro de 2010 o Blog do Estado não será atualizado diariamente em função das férias coletivas do pessoal da redação do jornal O Estado do Tapajós.

Nesse período, os leitores deste espaço vão conferir os assuntos que foram destaques no ano passado, alternados com textos inéditos da lavra do jornalista Lúcio Flávio Pinto e fotografias de autoria do jornalista Miguel Oliveira.

Mas o twitter ficará ativo. Quem se interessar por acessá-lo é só clicar no endereço www.twitter.com/BlogdoEstado


Os comentários serão moderados oportunamente.

Três titulares do Pantera não vem mais para a temporada 2010

Do time campeão brasileiro da série D, o técnico Lúcio Santarém já sabe que não contará com três jogadores titulares, podendo perder mais um se a diretoria do São Raimundo não conseguir renovar o contrato do capitão Luiz Carlos Trindade.

Preto Marabá, Rafael Oliveira e Élcio já foram descartados pela diretoria do Pantera.

Do grupo de 33 jogadores que fazem pré-temporada em Monte Alegre, Lúcio vai ficar com 28 atletas a sua disposição para começar a temporada de 2010, dia 17, quando o São Raimundo estréia no campeonato paraense diante do Santa Rosa, no estádio Barbalhão.

Curauá entusiasma agricultores no Pará

Do Globo Amazônia,
com informações do Globo Rural


Agricultores do oeste do Pará estão entusiasmados com o resultado da produção da fibra de curauá, uma planta da Amazônia paraense parente do abacaxi. A planta, depois de processada, é usada na indústria de colchões, calçados e carros.

Há três anos, o agricultor Antônio dos Santos Corrêa deixou a roça, que ficava distante de casa, para trabalhar no próprio quintal. No espaço de um hectare (cerca de um campo de futebol), ele cultiva o curauá. “Eu chego a fazer por dia R$100,00”, falou.

O negócio com fibra vegetal cresceu. Foi preciso chamar o sobrinho. Empolgado o ajudante já planeja o próprio negócio. “Esse ano que vem eu estou no projeto. Foi trabalhar com ele, mas para mim”, planeja o trabalhador rural Arlisson Francisco.

Para ter sucesso no cultivo, os agricultores contam com a ajuda de engenheiros agrônomos que ensinam a preparar a terra, como escolher as mudas e as diversas formas de aproveitamento do curauá.

“Seis por cento da biomassa é fibra. Os outros 94% são transformados num resíduo que o produtor pode aproveitar como ração animal e como adubo orgânico”, explica o agrônomo Cristovan Sena.

As folhas passam pelo processo de descorticação, que separa as fibras, vendidas para uma indústria de beneficiamento. Em 2009, uma indústria comprou dos pequenos produtores da região mais de 34 mil quilos de fibra de curauá.

O negócio será ampliado. O produto está sendo introduzido no setor têxtil para a fabricação de tecido em composição com seda e viscose e o de plástico injetável em substituição à fibra de vidro.

Por enquanto, o setor automobilístico é o que mais compra o produto, usado no acabamento interno dos carros.

Assista ao vídeo do Globo Rural.

Infância de pedra

Praia de Ponta de Pedras, rio Tapajós, em Santarém, Amazônia, Brasil.
Foto: Larissa Oliveira(Direitos reservados)
Clique aqui para ampliar imagem.

Troca de tiros na descida de balsas na resex Renascer

Informações extra-oficiais dão conta da ocorrência de um conflito armado, nesta madrugada, entre madeireiros e comunitários da reserva Renascer, em Prainha.

Ao passarem com balsas carregadas de madeira, madeireiros atiraram em comunitários que se encontravam acampados às margens do rio, ferindo duas pessoas.

O Blog do Estado tentou um contato telefônico com a delegacia de polícia de Prainha, sem sucesso.

-------

Atualização às 11h00:

Antônio Batista Pires e Clenildo Gomes Pinheiro são as vítimas dos tiros desferidos por seguranças de uma balsa de madeira que descia o rio Curuá, em Prainha, às 4 horas da manhã de hoje.
Os feridos estão internados no hopsital de Prainha. A PM de Monte Alegre já se deslocou para a área do conflito.

Pesquisa mostra que torcida do Fla aumentou

Passar 17 anos sem conquistar um Campeonato Brasileiro não fez o Flamengo perder o posto de dono da maior torcida do país. Ganhar o título em 2009, no entanto, já causou um aumento da massa rubro-negra. De acordo com pesquisa feita pelo Datafolha, o clube carioca tem 2% a mais de torcedores do que em relação à última medição. A pesquisa foi promovida dias depois da confirmação do título brasileiro do Flamengo. Segundo os dados colhidos, 19% dos brasileiros com mais de 16 anos são flamenguistas. De acordo com o último levantamento, feito em novembro de 2008, tal índice era menor: 17%. O trabalho do técnico Andrade e do elenco fez aumentar o número de seguidores.

O Flamengo continua dono da maior torcida do Brasil por conta de seu alto índice de popularidade em todo o país. Na regiões Norte e Centro-oeste, por exemplo, tem cerca de 30% do número total de torcedores. No Nordeste, o número é um pouco menor, mais ainda assim significativo: 25% da torcida. Entre os jovens, o predomínio é alto: 23% das pessoas entre 16 e 24 anos são flamenguistas.

O Corinthians segue como segundo time de torcida mais populosa, com 13%. Como a margem de erro da pesquisa é de 2% para mais ou menos, os rubro-negros têm maioria garantida, segundo os dados colhidos. A terceira colocação fica com o São Paulo, com 8%, seguido pelo Palmeiras, com 7%. O Vasco é o quinto, com 5%. No restante dos cariocas, o Botafogo é o 11° (2%) e o Fluminense, 12° (1%). (Da ESPN)

Santarém entra 2010 com falta de água

Grande parte dos consumidores de Santarém passou as festas de Natal e Ano Novo em secuta total.

A direção regional da Cosanpa lavou literamente as mãos diante das panes no sistema de abastecimento de água na cidade, provocadas por queima de bombas dos poços tubulares profundos.

A Cosanpa, como vem acontecendo rotineiramente, não dispõe de bombas de reserva para substituir imediatamente os equipamentos em pane, precisando esperar que a direção da companhia em Belém resolva o problema, mesmo que isso demore muito tempo.

São Raimundo faz pré-temporada em Monte Alegre

A diretoria do São Raimundo apresentou no último sábado 25 dos 32 jogadores que formarão a equipe do Pantera para as disputas do campeonato paraense, Copa do Brasil e campeonato brasileiro da série C.

Desde domingo, os jogadores do São Raimundo já se encontram em Monte Alegre para os preparativos físicos e táticos, ao comando do técnico Lúcio Santarém.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Alter do Chão: Zorra Total


Praia do Cajueiro - 02/01/10

Do Blog do Paju

Quem resolveu passar o final de ano e fim de semana prolongado em Alter do Chão saiu de lá frustado e além disso, assustado. A grande decepção não ficou só com a ausência do sol que insistiu em não aparecer, só dando o ar de sua graça no domingo.
O que mais assustou foi a bagunça generalizada na praia eleita a mais bonita do Brasil (até quando?).
Os playboys com seu carros e sons possantes disputando quem colocava o brega mais alto para tocar, infernizando a vida daqueles que procuravam um pouco de sossego no final de semana, querendo unicamente ouvir o barulho do pipocar dos fogos que anuciavam o novo ano.
Quando não estavam na orla os playboys estavam com suas picapes traçadas ocupando as praias que deveriam ser dos banhistas. Antes eles até procuravam praias um pouco mais distantes como o Muretá. Agora "chutaram o balde" e na maior cara de pau estavam lá na ponta da praia do Cajueiro pra quem quisesse ver e desafiando as autoridades que quase nada fazem. Aliás, para não dizer que nada fizeram a SMT (Secretaria Municipal de Transporte) mandou um policial de trânsito ficar onde costumam descer as lanchas, na praia do Jacundá, a poucos metros da casa de praia da prefeita. O policial estava a bordo de um possante Fiat Uno, muito "próprio e eficaz" para andar atrás das picapes traçadas na areia fofa do lugar.
Banheiros químicos nas praias nem pensar. Todo mundo ali tomando banho na merda (ja que o até presidente Lula falou também podemos falar).
Quem queria comer fora de casa ou hotel outro problema. Poucas opções e de qualidade duvidosa. Nem pão para se tomar café na vila tinha.
A praça em frente à igreja virou o reflexo da bagunça: muitas barracas de gosto duvidoso (a maioria vazias, sem vender nada) e um barracão horrível ocupando boa parte da praça. Além disso uma população de hippies invadiu definitivamente a vila.
Enfim, um lugar sem a mínima infra-estrutura para atender o turista. Uma zorra total. Um lugar horrível
Bonito mesmo só o que Deus e a natureza nos deram: as praias.
Definitivamente ninguém (nem poder público ou privado) está aí para a praia mais bonita do Brasil. Ninguém está nem aí para o turismo.
O turista que veio provavelmente nunca mais volta.

Ponta de Pedras emoldurada

Praia de Ponta de Pedras, rio Tapajós, Santarém, Pará, Brasil.
Foto: Miguel Oliveira(Direitos reservados).
Click aqui para ampliar a imagem.

Curtíssimas de domingo

É um perigo a falta de sinalização horizontal e vertical na maioria dos trechos da rodovia Santarém-Alter do Chão. Viajar à noite requer atenção redobrada.

******

O deputado estadual Antônio Rocha já sabe que terá que dividir o palanque do PMDB no oeste do Pará apenas com a deputada Josefina do Carmo. O ex-prefeito de Juruti, que ensaiava uma candidatura à Assembléia está inelegível e será impugnado.

******

A demora na conclusão das obras dos mercados Modelo e Municipal é a prova mais eloquente da incompetência de Osmando Figueiredo na Secretaria de Agricultura(Semab). Também o dito cujo não sabe distinguir uma alface de um pé de couve.

******

Telefonia celular em Santarém entrou em colapso no final do ano em Santarém. Tanto faz como tanto fez, nenhuma operadora funcionou direito no período do réveillon.

******

Populares que foram à orla de Santarém para participar do "réveillon da gente" sairiam frustrados com a queima de fogos. O espetáculo durou apens 30 segundos.

******

Não passa de 2 centímetros a espessura da camada de asfalto aplicada pela Saneng em uma das pistas da avenida Rui Barbosa, na área central da cidade.

******

A prefeitura acertou em cheio em não permitir a instalação da barraca que todos os anos impedia o trafego de veículos na orla de Alter do Chçao, em frente à praça Nossa Senhora da Saúde.

*****

Pousadas e hotéis não têm o que reclamar do movimento de hóspedes em Alter do Chão neste final do ano, apesar do período chuvoso.

*****

É grave o estado de saúde do empresário Joaquim da Costa Pereira, diretor-presidente da Tv Tapajós. Seu Joaquim está internado na UTI do Hospital Porto Dias, em Belém.

*****

O Bloco da Pulga homenageia com seu enredo neste carnaval o artista plástico Laurimar Leal.

****

Bom domingo a todos.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Tacacá em Alter do Chão

Cena tradicional na praça de N. Sa. da Saúde, em Alter do Chão.
Moças e moços, quando a noite chega, apreciam o apetitoso tacacá após um intenso dia de praia.
Foto:Larissa Oliveira(02/012010)
Clique aqui para ampliar imagem.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Suspenso recapeamento da Av. Rui Barbosa

Não se sabe bem o porquê, mas a prefeitura de Santarém liberou as duas pistas da avenida Rui Barbosa para o tráfego de veículos, no trecho entre a Turiano Meira e Travessa dos Mártires, suspendendo o atabalhoado serviço de recapeamento asfáltico inciado à véspera do Natal.

Desde o dia 29 os veículos já podem trafegar livremente por uma das pistas ou ter acesso às vias que cruzam aquela avenida.

Fala-se que faltou asfalto, que a chuva atrapalhou o serviço ou é bem provável que a PMS resolveu se redimir da trapalhada causada ao trânsito da área central da cidade em período de grande fluxo de veículos e pessoas.

Ana Júlia diz querer PMDB em chapa majoritária, mas não oferece vaga de vice

Na noite da última segunda-feira, a governadora Ana Júlia concedeu entrevista exclusiva de duas horas à jornalista Ana Célia Pinheiro, do site Perereca da Vizinha.


Falou sobre tudo: Belo Monte, a relação do Pará com a Vale, os projetos de verticalização das riquezas paraenses, a ameaça de divisão do estado, as relações com o PMDB.


Fez, em suma, um longo balanço destes três anos de Governo.


Disse que recebeu o Pará sucateado, por 12 anos de uma política tucana voltada para o Estado mínimo.


A situação da segurança pública era tão dramática, afirma a petista, que os policiais da Seccional do Comércio tinham de “disputar no palitinho” para ver quem usaria o único colete à prova de balas.


Defendeu-se das críticas à gestão da saúde pública, lembrando, por exemplo, que encontrou um acelerador linear do hospital Ofir Loyola “nos porões da Sespa”, onde estaria metido desde 2004.


Atribuiu aos senadores paraenses parte da responsabilidade pelo drama da saúde pública, em todo o país, por terem votado contra a CPMF.


Mas também reconheceu que a saúde paraense ainda se encontra na UTI, embora que em vias de “receber alta”.


Defendeu reserva de mercado para os paraenses, nos empregos gerados por projetos de empresas como a Vale.

Falou sobre os kits escolares e rebateu as acusações de nepotismo, por ter no secretariado o ex-marido e o ex-cunhado.

E garantiu: o PT está "destravando" o Pará, ao transformar em realidade projetos que, na época dos tucanos, eram tão somente propaganda.

Leia íntegra da entrevisa aqui.

Detran fechará na segunda-feira (4) para ajuste do sistema

Diferente dos anos anteriores, quando o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) entrava de recesso por quase uma semana, no início de 2010, o órgão fechará apenas na segunda-feira (4), voltando a normalidade das suas atividades no dia 5 (terça-feira). Nesta quinta-feira (31), o órgão não deixará de abrir ao público. Funcionará das 8h às 12h.

A suspensão no atendimento da próxima segunda-feira será para ajuste do sistema, em função do aumento no valor da taxa da Unidade Padrão Fiscal (UPF), conforme portaria publicada pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e também para a inserção do novo calendário do licenciamento 2010.

De acordo com a portaria número 0170 da Sefa, o valor da UPF é de R$ 2,0435 e passa a valer a partir do dia 01º de janeiro. Com o ajuste da UPF, as taxas dos serviços de veículo e de habilitação oferecidos pelo Detran sofrerão alterações, também. No dia 5 de janeiro de 2010, quando o Detran reabrir, serviços como licenciamento, instalação de lacre, permissão para dirigir, entre outros, estarão com novos valores.

Todas as taxas e também o novo calendário de licenciamento poderão ser conferidos pelos proprietários e condutores a partir da terça-feira (5), no site do órgão www.detran.pa.gov.br

(Fonte: Rose Barbosa)

Alunos salesianos

Lúcio Flávio Pinto

Belém- Padre Belchior Ataíde, um dos mais marcantes diretores que o Colégio Salesiano Nossa Senhora do Carmo já teve, comandou uma excursão de alunos que foi a Recife e Fortaleza em outubro de 1955, com a assistência do professor (de matemática) Manoel Leite Carneiro, ainda na ativa, dirigindo o grupo educacional Ideal. Na comitiva de 22 alunos, nomes conhecidos, como os dos irmãos Geraldo e Rezália Tuma, Paulo e Afonso Chermont, Francisco e Antônio Porpino Peres, José Antônio Maués e o santareno Carlos Meschede. O Carmo sempre era um dos eixos de Belém e da Cidade Velha.